sábado, 20 de agosto de 2016

Dilma pretende constranger seus ex-ministros durante julgamento do impeachment

Dilma Rousseff irá ao plenário do Senado e já começou a se preparar para a sabatina no julgamento do impeachmentAo fazer sua defesa pessoalmente no processo

de impeachment, a presidente afastada 

Dilma Rousseff citará ex-ministros que hoje 

são seus 

julgadores para mostrar que todos eles 

acompanharam sua gestão no governo. 

A ideia é constranger ao menos seis

 senadores que integravam o primeiro 

escalão e, na 

madrugada do dia 10, viraram seus algozes.


A lista dos que foram ministros de Dilma e votaram para transformá-la em ré no processo é 

composta por Eduardo Braga (PMDB-AM) – que também ocupou o cargo de líder do

 governo 

no Senado –, Edison Lobão (PMDB-MA), Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), Garibaldi 

Alves Filho (PMDB-RN), Marta Suplicy (PMDB-SP) e Marcelo Crivella (PRB-RJ).

A presidente afastada irá ao plenário do Senado no próximo dia 29 e já começou a se 

preparar para a sabatina. No Palácio da Alvorada, ela participará de um treinamento político

 para que seja capaz de rebater questionamentos duros, sem sair da linha. A "aula" jurídica 

será dada por José Eduardo Cardozo, o advogado responsável por sua defesa.


Em reunião no Alvorada, nessa quinta-feira (18), os senadores Humberto Costa (PE), Paulo

 Rocha (PA) e José Pimentel (CE), todos do PT, explicaram a Dilma Rousseff o formato da 

sessão de impeachment, a ser comandada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal 

(STF), Ricardo Lewandowski.



O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), adiou para a manhã desta sexta-feira

 (19) um encontro com a presidente afastada para discutir os detalhes da participação dela no

 julgamento. Renan embarcou na quinta para o Rio com o presidente em exercício Michel 

Temer. Foi a primeira vez que os dois viajaram juntos desde 12 maio, quando Dilma foi

 afastada do cargo
.   

O governo do presidente em exercício Michel Temer foi notificado a dar explicações sobre o

 processo de impeachment de Dilma Rousseff à Comissão Interamericana de Direitos 

Humanos, que faz parte da Organização dos Estados Americanos (OEA).

A manifestação é uma resposta ao pedido feito pelo Partido dos Trabalhadores na semana

 passada para suspender o processo de impeachment que levou ao afastamento da

 presidente Dilma Rousseff – e contra a qual ela irá se defender no próximo dia 29 de agosto.



A OEA pede ao governo interino que apresente suas observações sobre o pedido do PT,

 explique o que foi feito para manter a legalidade do processo e quais seriam os efeitos do 

afastamento definitivo da Dilma da Presidência da República.

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