de impeachment, a presidente afastada
Dilma Rousseff citará ex-ministros que hoje
são seus
julgadores para mostrar que todos eles
acompanharam sua gestão no governo.
A ideia é constranger ao menos seis
senadores que integravam o primeiro
escalão e, na
madrugada do dia 10, viraram seus algozes.
A lista dos que foram ministros de Dilma e votaram para transformá-la em ré no processo é
composta por Eduardo Braga (PMDB-AM) – que também ocupou o cargo de líder do
governo
no Senado –, Edison Lobão (PMDB-MA), Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), Garibaldi
Alves Filho (PMDB-RN), Marta Suplicy (PMDB-SP) e Marcelo Crivella (PRB-RJ).
A presidente afastada irá ao plenário do Senado no próximo dia 29 e já começou a se
preparar para a sabatina. No Palácio da Alvorada, ela participará de um treinamento político
para que seja capaz de rebater questionamentos duros, sem sair da linha. A "aula" jurídica
será dada por José Eduardo Cardozo, o advogado responsável por sua defesa.
Em reunião no Alvorada, nessa quinta-feira (18), os senadores Humberto Costa (PE), Paulo
Rocha (PA) e José Pimentel (CE), todos do PT, explicaram a Dilma Rousseff o formato da
sessão de impeachment, a ser comandada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal
(STF), Ricardo Lewandowski.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), adiou para a manhã desta sexta-feira
(19) um encontro com a presidente afastada para discutir os detalhes da participação dela no
julgamento. Renan embarcou na quinta para o Rio com o presidente em exercício Michel
Temer. Foi a primeira vez que os dois viajaram juntos desde 12 maio, quando Dilma foi
afastada do cargo
.
O governo do presidente em exercício Michel Temer foi notificado a dar explicações sobre o
processo de impeachment de Dilma Rousseff à Comissão Interamericana de Direitos
Humanos, que faz parte da Organização dos Estados Americanos (OEA).
A manifestação é uma resposta ao pedido feito pelo Partido dos Trabalhadores na semana
passada para suspender o processo de impeachment que levou ao afastamento da
presidente Dilma Rousseff – e contra a qual ela irá se defender no próximo dia 29 de agosto.
A OEA pede ao governo interino que apresente suas observações sobre o pedido do PT,
explique o que foi feito para manter a legalidade do processo e quais seriam os efeitos do
afastamento definitivo da Dilma da Presidência da República.
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