sexta-feira, 30 de julho de 2021

Após espalhar mentiras, Bolsonaro é chamado de "moleque" por ministro do STF. Judiciário prepara resposta contundente

 As declarações de Jair Bolsonaro durante a live de ontem (29), em que o chefe de governo espalhou uma série de mentiras sobre as urnas eletrônicas e defendeu o voto impresso, foram recebidas da pior maneira possível no Supremo Tribunal Federal (STF).Segundo a jornalista Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo, o chefe de governo foi chamado de "moleque" por um ministro da Corte, e teve o apoio de outros colegas. 

O clima no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é tão grave quanto no STF. 

Magistrados da corte eleitoral defendem uma resposta contundente à ameaça golpista, com medidas concretas que resultem em punição pelos sucessivos ataques ao presidente do tribunal, Luís Roberto Barroso, e ao sistema de votação brasileiro. Os ministros avaliam ser necessário punir Bolsonaro, "inclusive no âmbito eleitoral", diz a jornalista. 

"É preciso atuar agora", afirma um dos ministros, para que o país possa realizar as eleições de 2022 dentro da normalidade.

Até mesmo o presidente do STF, Luiz Fux, que vem tentando dialogar com Bolsonaro, assumiu uma postura mais rígida. O Estadão informa que Fux deve usar o discurso de retomada dos trabalhos do Judiciário, na segunda-feira (2), para "dar uma resposta" às ameaças anti-democráticas de Bolsonaro e do ministro da Defesa, Walter Braga Netto

segunda-feira, 12 de julho de 2021

PF abre inquérito para investigar Bolsonaro no escândalo da Covaxin

 A Polícia Federal abriu inquérito para investigar suspeita de prevaricação de Jair Bolsonaro nas negociações do governo federal para a compra da vacina indiana Covaxin. O inquérito será conduzido pelo Sinq (Serviço de Inquérito) da Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado, setor que cuida de apurações que envolvem pessoas com foro. A informação foi publicada pela coluna Painel

A apuração vem após declarações do deputado federal Luís Miranda (DEM-DF), que disse ter avisado Bolsonaro sobre irregularidades nas tratativas para a importação do imunizante. 

A prevaricação é um tipo criminal em que o agente público deixa de agir ou retarda a ação em favor de interesses pessoais.

A Procuradoria-Geral da República pediu a investigação após a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber cobrar manifestação da PGR sobre a notícia-crime apresentada ao Supremo por três senadores.

A compra do imunizante foi a única para a qual houve um intermediário e sem vínculo com a indústria de vacina, a empresa Precisa. O preço da compra foi 1.000% maior do que, seis meses antes, era anunciado pela fabricante. Barros negou ter participado das negociações.