quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Filho de Alberto Fernández responde a provocação de Eduardo Bolsonaro

O filho de Alberto Fernández, presidente eleito da Argentina, Estanislao Fernández, 24, respondeu nesta quarta-feira (30), por meio de uma rede social, a uma postagem provocativa de Eduardo Bolsonaro.
O presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, abraça seu filho Estanislao em festa da vitória em Buenos Aires - Alejandro Pagni/AFP
O deputado federal e filho do presidente brasileiro havia compartilhado uma postagem que mostrava fotos dele, posando com uma arma, e de Estanislao, que faz cosplay e se veste de "drag queen", fantasiado como o protagonista do animê Pokémon. A mensagem dizia: "Filho do presidente da Argentina/Filho do presidente do Brasil". Eduardo Bolsonaro acrescentou: "Obs: Isso não é um meme".
Estanislao respondeu em português: "Irmãos brasileiros, estamos juntos nessa luta. Os amo." Logo depois, postou outra mensagem: "Muita gente do Brasil começou a me seguir, então quero dizer à comunidade LGBTTTIQQA+ mais 'aliades' (usando linguagem inclusiva) do Brasil que estamos juntos nesta luta. Lembrem-se de que o amor sempre vence o ódio e entre nós temos que cuidarmo-nos sempre".

Afinal, quem é a Promotora do caso Marielle?

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Eduardo Bolsonaro é o novo líder do PSL na Câmara

No Japão, Bolsonaro comenta crise no PSL: ‘O bem vencerá o mal’

Jair Bolsonaro desembarca em Tóquio no início de viagem oficial pela Ásia - 21/10/2019O presidente desembarcou em na madrugada desta segunda-feira 21. O chefe de Estado brasileiro terá um dia sem compromissos oficiais e na terça-feira participa de cerimônia de entronização do imperador japonês Naruhito. Ao longo da semana, a comitiva presidencial seguirá na e passará por China, Emirados Árabes Unidos, Catar e Arábia Saudita antes de retornar ao Brasil.
O tour asiático vem sendo planejado desde os primeiros meses deste ano, em uma tentativa de aproximação após declarações polêmicas de Bolsonaro ainda durante a campanha e no início de seu governo, como críticas à China e a decisão –hoje arquivada– de imitar os Estados Unidos e transferir a embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém.
Já em solo japonês, Bolsonaro voltou a comentar a crise de seu partido, o PSL, rachado entre apoiadores do próprio presidente e políticos ligados ao deputado que comanda a sigla, Luciano Bivar (PSL-PE). Em frase repercutida pelo jornal O Estado de S. Paulo, Jair disse que “o bem vencerá o mal” e que o cenário político poderá mudar durante sua ausência do Brasil, que durará dez dias.
“A política, como dizia Ulysses Guimarães, é uma nuvem. A resposta é essa”, disse Bolsonaro, ao ser questionado sobre sua situação no partido. A frase, porém, é originalmente atribuída ao político mineiro Magalhães Pinto.
Nos últimos capítulos da crise do PSL, neste domingo, a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) reagiu aos ataques feitos pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) em transmissão ao vivo pelas redes sociais. Em live no YouTube, Joice afirmou que não tem “nada a ver com cargo” nem com “rachadinha”.
“Olhe, meu amigo, quem gosta de cargo é você, é a turminha aí”, respondeu Joice à crítica de Eduardo Bolsonaro de que ela perdeu 30 cargos na liderança do governo no Congresso.

domingo, 20 de outubro de 2019

Chega de ouvir a MENTIRA que "o PT quebrou o Brasil"

‘Os tempos do Brasil sem lei e sem justiça chegaram ao final’, avisa Moro

O ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) disse que ‘os tempos do Brasil sem lei e sem Justiça chegaram ao final’.
“A lei tem que estar acima da impunidade, tem que proteger as pessoas.”
Em sua página no Twitter, Moro escreveu. “Precisamos mandar uma mensagem clara à sociedade. O crime não compensa e não seremos mais um paraíso para a prática de crimes ou para criminoso.”
Moro divulgou o link da campanha publicitária do pacote anticrime, sua grande aposta no enfrentamento à corrupção, ao crime organizado e à violência.
Segundo ele, ‘a campanha foca nas pessoas, nos dramas sofridos pelas vítimas de cada crime e da falta de resposta da lei’.
Moro postou. “Um sonho em construção. Não pode ser feito pelo Governo sozinho.”
O ministro destacou que com o slogan ‘Pacote Anticrime. A lei tem que estar acima da impunidade’, as peças poderão ser vistas em rádio, TV, internet e cinema.
Em outro post, o ministro anotou que até julho o País registrou 7109 assassinatos a menos em comparação ao mesmo período do ano passado, ou uma queda de 22%. “Crimes caem em todo o país. Precisam cair mais.”
Segundo Moro, no projeto de lei anticrime, foi ampliado o rol de condenados sujeitos à extração do perfil genético, ‘o que vai facilitar a solução das investigações de crimes’.

AO SOM DE MARÍLIA MENDONÇA, MAIA FAZ CHURRASCO PARA FROTA E REÚNE PSL ANTI-BOLSONARO

Rodrigo Maia e Alexandre Frota Foto: ReproduçãoEm comemoração aos animados 56 anos de Alexandre Frota ontem, Rodrigo Maia abriu as portas da residência oficial da Presidência da Câmara para um churrasco típico gaúcho. Garçons com costelas e carnes nobres desfilavam entre os convidados, uma seleção que misturou o QG anti-Bolsonaro do PSL com ícones do centrão.
Frota chegou com o amigo Pedro Paulo, deputado do DEM, e logo pegou um suco de morango.
Vinho e coquetéis de fruta eram servidos à vontade aos 60 convidados.
O vice-presidente do PSL, Antonio Rueda, e os deputados Felipe Francischini e Junior Bozzella, eram cumprimentados por estrelas do centrão por liderar o motim contra Bolsonaro no PSL. Estavam na festa Baleia Rossi, Aguinaldo Ribeiro e Marcos Pereira.
Ninguém do PSL pró-Bolsonaro foi convidado para a festa.
O vinho já fazia efeito em quase todos — Frota era exceção, por não beber álcool — quando uma deputada puxou o coro e o grupo cantou junto Ciumeira, de Marília Mendonça (“É uma ciumeeeira atrás da outra...”).
Frota estava a mil, e ficou tocado ao ganhar de Maia uma gravata preta.
“Bolsonaro e a milícia digital estão perdidos. Caiu por terra toda a operação de linchamento virtual”, disse Frota, sentenciando em seguida: “Se ele ficar, vai apanhar mais três anos”, disse a um dos convidados.
A festa foi até 1 da madrugada. Só aí os convidados voltaram a mexer no celular com desenvoltura. No churrasco do Frota, celular só no bolso.

DAMARES:"Nem os especialistas estão entendendo nada"

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

PMs combatem inimigo com inscrição ‘favela’ durante treino em SP

Policiais militares de São Paulo ouvem instruções de treinamento enquanto submetralhadoras estão postas em uma bancada logo atrás. O alvo está a cerca de 50 metros, com muros formados por tapumes e a palavra “favela” escrita em um deles. Esse espaço em treinamento da polícia é chamado de “pista”, basicamente, um cenário artificialmente criado para simular uma situação.
2019-10-15 alvo favela rio preto pm
Depois, um PM porta a arma em frente ao muro com a inscrição e vestindo camisa com a sigla Baep (Batalhão de Operações Especiais), um grupamento policial que funciona como uma versão para o interior de São Paulo da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), a tropa mais letal da PM paulista.
As imagens foram postadas na página “Batalhão de Ações Especiais de Polícia – BAEP S.J. do Rio Preto” do Facebook, e retratam um treinamento do 9º Baep, localizado em São José do Rio Preto, no oeste paulista.
Mostramos as imagens para Débora Maria da Silva, fundadora do Movimento Mães de Maio e que luta contra a violência de Estado, e ela afirmou que, embora considere absurdo, não surpreende. “A gente já sabe que na prática é isso aí que acontece. Por isso que temos que lutar para um outro modelo de segurança pública, não essa excludente. Porque eles são treinados para fazer todas as violações de direitos humanos. Essa é a aula de direitos humanos que eles têm”, afirmou à Ponte.
“Eles entram dentro da favela assim mesmo, como se fosse um inimigo. É assim que tratam as periferias. Não é o mesmo tratamento dado aos bairros ricos. Eu já escutei da boca de um comandante de Santos [litoral sul de São Paulo] que quando eles abordam filho de playboy, o filho chega em casa e reclama para o pai, que vai lá cobrar do comando da polícia”, relata Débora.
Samira Bueno, diretora-executiva do FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança Pública), faz análise na mesma direção de Débora: a imagem evidencia uma visão preconceituosa por parte da PM. “Primeiro você criminaliza a pobreza, como se o crime só estivesse em áreas periféricas, o que definitivamente não é verdade. E se começa a institucionalizar uma polícia que se entende vocacionada pra matar, o que é muito diferente de ter o resultado letal como uma possibilidade do trabalho”, explica.
Segundo ela, a foto demonstra uma similaridade de pensamento entre a PM paulista e a do Rio de Janeiro. “Reforça a estética que vem sendo muito empregada no Rio, de a polícia chegar atirando nessas comunidades pobres. A PM de SP está se perdendo e começou a mimetizar a PMERJ no que ela tem de pior”, pontua. 
Tanto a PM paulista como a fluminense têm aumentado a letalidade desde que João Doria (PSDB) e Wilson Witzel (PSC) assumiram o comando dos estados e suas respectivas forças repressivas, nesta ordem. As duas polícias são responsáveis por um a cada 3 homicídios registrados em São Paulo e Rio em 2019. Para o coronel aposentado da PM paulista Adilson Paes de Souza, o local do treinamento feito pelo Baep deveria ter mais exemplos de áreas reais de ação policial. “Quando se põe a palavra favela, se entende que é uma ação contra uma classe social específica. Deveria haver no campo de treinamento estruturas que representassem prédios em outras áreas sociais da cidade”, avalia o coronel aposentado da PM paulista.
No entanto, nem todos especialistas consideram a foto com a palavra favela ao fundo suficiente para criticar os policiais do 9 Baep. Segundo o tenente-coronel Diógenes Lucca, é preciso ver a situação com calma. “É uma foto, não há vídeo sobre a cena, o que torna difícil analisar. É uma foto de mau gosto, não acho que retrata uma posição daqueles policiais. Pode ter sido feito por um desavisado. Vejo mais como uma preocupação deles se prepararem, de treinarem”, explica Lucca.
A expansão dos Baeps, criados por Geraldo Alckmin em 2014, são promessa de campanha de Doria, que lançou seis unidades apenas neste ano. A intenção é aumentar para 22 unidades em todo o estado. “As unidades especializadas foram criadas para combater o crime de maneira mais ostensiva em todo o Estado, já que as equipes atuam de forma semelhante aos padrões do policiamento de Choque”, diz texto no site do governo paulista.
Entre os seis batalhões inaugurados na atual gestão até o momento está o de número 9, localizado em São José do Rio Preto, que matou dez pessoas em duas ações. Em um intervalo de cinco dias, o 9º Baep matou dez pessoas: em 7 de outubro, quatro suspeitos de assaltar uma chácara no bairro Jardim Veneza foram mortos após suposto confronto; e em 12 de outubro, após denúncia anônima, PMs surpreenderam seis homens fortemente armados em uma casa que, também com a mesma versão de confronto, acabaram mortos. O Baep usou 11 integrantes na invasão ao local e um PM se feriu levemente com um disparo que parou em seu colete à prova de balas.
Para Débora Maria da Silva, das Mães de Maio, uma polícia violenta gera uma sociedade violenta. “É a política do ódio, de ter ódio do outro, da pobreza. Está faltando humanidade. E a dita sociedade ‘do bem’ aplaude isso. Se eles ouvissem e dessem oportunidade para a periferia, saberiam que a solução para isso tá na periferia. Na quebrada não tem só quem pratica ato ilícito, muito pelo contrário. Eles acham que o inimigo está ali, mas não está. O inimigo está na falta de acesso, que deixa a juventude sem sonho. A gente tem visto o futuro do brasil dentro do cemitério e dos presídios”, pontua.
A solução, na visão dela, pelo debate sério sobre a desmilitarização da polícia. “O remédio para humanizar esses homens é a desmilitarização e formação em direitos humanos. Desse jeito que está é uma fábrica de moer pessoa pobre. É matar a pobreza”, conclui.
Questionada sobre a foto em que PMs treinam com a inscrição “favela” na parede, a PM, comandada pelo coronel Marcelo Vieira Salles nesta gestão de João Doria (PSDB), explicou como funciona a prática do método Giraldi, que norteia a atuação policial baseado na preservação à vida. Não houve posicionamento oficial sobre a palavra “favela” no local. 
“A Polícia Militar esclarece que o treinamento de Tiro Defensivo na Preservação da Vida – ‘Método Giraldi’, aplicado pela Polícia Militar, ensina ao policial militar quando se deve atirar e quando não. A simulação objetiva justamente mostrar ao aluno que não se atira em quaisquer circunstâncias, mas somente quando há injusta agressão”, diz a corporação. 


Planalto suspende indicação de Eduardo Bolsonaro para embaixada nos EUA

Eduardo Bolsonaro Desgaste político e crise no PSL minam nomeação do filho do presidente, que dificilmente passaria no Senado, afirma imprensa. Após derrota de Eduardo para liderança na Câmara, Bolsonaro nega ter desistido de indicação.O Palácio do Planalto decidiu deixar em suspenso a indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, para assumir a embaixada brasileira nos Estados Unidos, em meio a uma crise política envolvendo o chefe de Estado e seu partido, o PSL.
A informação foi antecipada nesta quinta-feira (17/10) por Guilherme Amado, colunista da revista Época, e confirmada por outros veículos da mídia brasileira com fontes próximas ao governo.
Embora o anúncio da intenção da indicação tenha ocorrido há três meses, o início do processo formal no Senado vinha sendo postergado devido aos temores de falta de apoio ao nome de Eduardo entre os parlamentares, que precisam dar o aval para a escolha de Bolsonaro.
Numa sabatina na Casa, o filho do presidente teria de provar que é capaz de exercer o cargo em Washington, embora não tenha qualquer experiência diplomática.
Apesar de realizar um corpo a corpo no Senado para tentar angariar apoio em torno de seu nome, Eduardo não teria conseguido garantir sustentação para sua indicação e corria o risco de se tornar o pivô de uma amarga derrota para o presidente.
Segundo a imprensa brasileira, a suspensão da indicação seria vista pelo Planalto como uma "saída honrosa" para Eduardo. O presidente adotaria um discurso oficial de que desistiu de indicar seu filho para que ele pudesse permanecer na articulação política do governo, e que Eduardo teria a maioria do Senado a seu favor caso seu nome fosse submetido a uma votação.
Mas, segundo apurou o jornal Correio Brasiliense, Eduardo não conseguiria nem a metade dos votos dos 81 senadores.
Nesta sexta-feira, ao deixar o Palácio da Alvorada em Brasília, o presidente foi questionado por jornalistas sobre a indicação de Eduardo e negou que seus planos tenham mudado. "Por enquanto, sem alteração", respondeu Bolsonaro.
Na véspera, o filho do presidente também negou que a decisão de suspender a indicação tenha sido tomada, contradizendo uma declaração que havia dado na quarta-feira, quando disse que a nomeação tinha ficado em segundo plano devido a sua tentativa de assumir a liderança do PSL na Câmara.
"Nem eu nem Jair Bolsonaro falamos nenhum fato novo sobre a embaixada. Parecem estar confundindo as coisas, querendo pôr mais lenha na fogueira", afirmou Eduardo nesta quinta-feira à revista Crusoé.
No mesmo dia, a ala bolsonarista do PSL tentou dar ao deputado o posto de líder do partido na Câmara, em meio ao acirramento da crise entre o presidente e as lideranças da legenda. Contudo, após uma guerra de listas para definir o líder da bancada e a invalidação de assinaturas de parlamentares, os aliados de Bolsonaro acabaram derrotados.
A indicação de Bolsonaro é vista com bons olhos pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Os EUA já haviam formalizado seu aval para a nomeação do filho do presidente para o comando da embaixada brasileira no país. O cargo de embaixador em Washington está vago há quase dez meses.
Derrotas para Bolsonaro em disputa interna no PSL
Tudo isso ocorre em meio a uma barulhenta briga entre Bolsonaro e o presidente nacional do PSL, o deputado Luciano Bivar (PE), pelo controle do partido. A crise interna eclodiu na semana passada com troca de farpas entre os dois.
Nesta quinta-feira, em meio à disputa pública, Bolsonaro sofreu duras derrotas. Dois filhos do presidente – o deputado Eduardo e o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) – foram destituídos dos comandos dos diretórios da legenda em São Paulo e no Rio de Janeiro, respectivamente.
Outro revés foi com a manutenção do deputado Delegado Waldir (GO) como líder da bancada do PSL na Casa. Na véspera, aliados do governo haviam tentado tirar Waldir do posto para entregá-lo ao deputado Eduardo Bolsonaro.
Segundo as regras da Câmara, a mudança do líder de um partido na Casa é oficializada com um documento direcionado ao presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) e assinado pela maioria absoluta dos parlamentares da legenda. O PSL tem atualmente 53 deputados.
Assim, uma lista com 27 assinaturas foi protocolada na quarta-feira pela ala bolsonarista, pedindo a substituição de Waldir por Eduardo. Segundo a imprensa brasileira, Bolsonaro atuou pessoalmente para influenciar o processo.
Ainda na quarta, o filho do presidente chegou a se pronunciar como novo líder da bancada no Salão Verde da Câmara. Mas não durou muito: aliados de Bivar logo protocolaram outra lista pela manutenção de Waldir, essa com 32 assinaturas.
Como as duas listas somavam 59 assinaturas, e o PSL possui somente 53 deputados, a área técnica da Câmara precisou fazer uma conferência dos documentos. Nesta quinta, após a contagem dos nomes, a Casa validou a lista em apoio ao Delegado Waldir, a única que continha assinaturas válidas de mais da metade dos deputados do PSL.
Racha com líder do PSL na Câmara
Para piorar a crise, foi vazado um áudio de Waldir afirmando que vai implodir o governo de Bolsonaro, em conversa gravada no gabinete do deputado na quarta-feira.
"Vou fazer o seguinte, eu vou implodir o presidente. Aí eu mostro a gravação dele, eu tenho a gravação. Não tem conversa, eu implodo o presidente, acabou, cara. Eu sou o cara mais fiel a esse vagabundo, cara. Eu votei nessa porra, eu andei no sol 246 cidades, no sol gritando o nome desse vagabundo", afirma Waldir no áudio, revelado pelo site R7.
Mais tarde, aos ser questionado sobre o áudio, Waldir recuou, afirmando que a declaração foi dada num "momento de emoção". Ele disse não ter nada contra o presidente e que é possível "pacificar" a bancada do PSL, segundo noticiou o portal G1.
"Nós somos Bolsonaro. Nós somos que nem mulher traída. Apanha, não é? Mas mesmo assim ela volta ao aconchego", afirmou. "Não tem nenhuma ruptura, não tem nenhuma perseguição, não tem nada."
Nesta sexta-feira, Waldir voltou a endurecer e disse que "não retira nada" do que falou na gravação. "Nada do que eu falei [no áudio] é mentira. Se você for traído, como vai se sentir? Eu fui traído. O presidente pessoalmente está interferindo para me tirar da liderança. Isso não é traição, isso não é vagabundagem?", declarou.