quarta-feira, 11 de março de 2020

Luciano Hang é um dos empresários que pagam para impulsionar postagens contra o STF

Apoiadores do governo federal e do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por todo o Brasil estão pagando anúncios no Facebook e no Instagram para divulgar mensagens convocando a população a participar dos atos pró-Bolsonaro e que inicialmente atacavam o Congresso e o STF (Supremo Tribunal Federal), marcados para o próximo domingo (15). A legislação brasileira não proíbe a prática.
De acordo com a Biblioteca de Anúncios do Facebook, há desde postagens levantando a bandeira da prisão em segunda instância e sobre o controle do Orçamento da União até aquelas que atacam o Congresso e o STF, flertando com o fechamento dessas instituições e uma intervenção militar.
Desde o começo do mês, diversas páginas de apoio a Bolsonaro no Facebook começaram a impulsionar essas postagens. O UOL listou 10 páginas de apoio ao governo no Facebook que aderiram aos anúncios pagos nas duas redes sociais para ajudar a atrair simpatizantes para o ato do dia 15 em diversas cidades do país.
A rede social possui uma plataforma que permite a quem tenha uma página impulsionar postagens por meio de anúncios pagos. É possível fazer o “micro targeting” — que é a capacidade de selecionar o público que receberá o anúncio em sua linha do tempo por localização geográfica, profissão, gênero e interesses. Não há limite mínimo ou máximo para o investimento nos impulsionamentos.
A página mais famosa a participar deste movimento, com 4,4 milhões de seguidores, é a oficial do empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan. Desde fevereiro, Hang já impulsionou pelo menos 10 postagens no Facebook e no Instagram convocando para os protestos.

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