“Os americanos não querem que divulguemos as coisas”, justificou Dallagnol, segundo a reportagem, em um bate-papo com um assessor de comunicação em 5 de outubro de 2015. Era a resposta ao aviso de que a “imprensa está em polvorosa com a vinda de agentes/promotores dos eua para cá esta semana”.
O então ministro ficou sabendo da visita após vazamento da informação pela imprensa, o que causou indignação na então presidenta, Dilma Rousseff e um pedido de esclarecimentos por um delegado do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) – divisão do Ministério de Justiça que faz a coordenação de cooperação internacional -, que foi ironizado por Dallagnol.
“Os contatos estão sendo feitos de acordo com as regras nacionais e internacionais. Sugiro que sugira que o DRCI pare de ter ciúmes da relação da SCI/MPF com outros países rs”, ironizou o procurador da Lava Jato, em resposta a Vladimir Aras, procurador responsável pela cooperação internacional na Procuradoria Geral da República.
No encontro, os procuradores da Lava Jato – contrariando a Constituição – entregaram aos representantes do Departamento de Justiça dos EUA informações sobre a Petrobras e articularam à revelia um acordo para repatriar parte da multa bilionária imposta à estatal brasileira pela justiça estadunidense.
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