"É tempo de as armas se calarem definitivamente e da comunidade internacional se aplicar ativamente para alcançar uma solução negociada" na Síria, declarou na Praça São Pedro do Vaticano o chefe espiritual de 1,2 bilhão de católicos.
Neste país, onde o regime sírio apoiado pela Rússia acaba de recuperar o controle de Aleppo, "muito sangue foi derramado", ressaltou o pontífice a respeito do conflito que já dura cinco anos. "Sobretudo na cidade de Aleppo, palco nas últimas semanas de uma das batalhas mais atrozes, é mais do que nunca urgente que a ajuda e reconforto sejam garantidas à população civil, no fim de suas forças, em respeito ao direito humanitário".
A comunidade católica de Aleppo celebra neste domingo a primeira missa em cinco anos na Catedral Maronita de Santo Elias, na parte antiga da cidade. Um pequeno grupo de pessoas decidiu limpar o local e instalar um presépio.
"Nós todos temos lembranças desta igreja, aqui celebramos nossas festas e alegrias. Queremos transformar os escombros em algo bonito", disse um dos membros desse grupo, Bachir Badaoui.
Diante de dezenas de milhares de fiéis reunidos na Praça São Pedro, o papa argentino, que acaba de completar 80 anos, disse esperar "a paz" na Terra Santa.
"Que israelenses e palestinos tenham coragem e a determinação de escrever uma nova página da história, onde o ódio e a vingança deem lugar à vontade de construir juntos um futuro de compreensão recíproca e de harmonia", acrescentou.
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