De acordo a publicação, o departamento antiterrorista da Polícia Judicial Federal recebeu no meio daquele ano a ligação de uma pessoa que deu informações "extremamente precisas e circunscritas" sobre os planos de Brahim Abdeslam, que comandou os ataques de 13 de novembro do ano passado em Paris, e Salah Abdeslam, considerado um dos líderes dos atentados e atualmente foragido.
A fonte teria dito aos agentes que "os irmãos Abdeslam, Salah e Brahim, preparavam um atentado" e pediu à corporação para "fazer algo" para evitá-la. Segundo o jornal, o informante tinha "laços diretos" com os irmãos, e acrescentava que a ameaça era "iminente".
A pessoa sustentou ainda que a dupla escondia suas intenções jihadistas em seu círculo familiar, e relatou à Polícia Judicial que eles tinham contatos com Abdelhamid Abaaoud, considerado o coordenador dos atentados de Paris e que morreu na ação policial ao apartamento do bairro de Saint-Denis, na França.
De acordo com o jornal belga, a informação esteve nas mãos da divisão antiterrorista, mas também na de outros subgrupos e investigadores. No total, entre 10 e 13 pessoas conheciam a informação, mas ninguém, insistem atualmente várias fontes policiais, parece ter levado os dados com a seriedade necessária.
Uma investigação foi efetuada em fevereiro de 2015 pela polícia do distrito de Molenbeek, na Bélgica, onde os irmãos moravam, seis meses depois da informação recebida. Conforme revelou a rede de TV pública "RTBF" no domingo, os irmãos Abdeslam foram interrogados.
No entanto um relatório da Polícia Federal sustentou posteriormente que eles não apresentavam perigo, e a Promotoria Federal, seguindo as recomendações da Polícia Judicial, encerrou a investigação em junho de 2015, de acordo com "L'Echo".
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