O bispo José María de La Torre (foto), do Estado do oeste mexicano Aguascalientes, disse que, pelo que observa, o passo seguinte à aprovação da união gay será o “casamento de um senhor com um cachorrinho”. “Amanhã, qualquer coisa vai vir uma família.”
Aguascalientes tem cerca de 1,2 milhão de habitantes — cerca de 90% são católicos.
Torre fez as afirmações ao comentar a autorização que dois jovens do mesmo sexo obtiveram da Suprema Corte da Justiça para que se casem.
Não é a primeira vez que o bispo usa termos depreciativos em relação aos homossexuais. Em 15 de setembro, por exemplo, ele disse que os gays são “invertidos”.
Representantes do movimento LGBT denunciaram Torres ao Conapred (Conselho Nacional de Prevenção à Discriminação).
O bispo se defendeu com o argumento de que apenas tem exercido o seu direito de liberdade de expressão. “Eu não ofendi os homossexuais”, afirmou. “[Além disso] dizer que a Igreja Católica não é a favor do casamento dos homossexuais não é faltar com o respeito.”
A CEM (Conferência Episcopal Mexicana), equivalente à brasileira CNBB, não se manifestou sobre a mais recente manifestação polêmica do bispo Torres.
Em 2010, quando o casamento gay foi aprovado na capital do México, a entidade afirmou que a união de pessoas do mesmo sexo é “uma falta de respeito à essência do matrimônio entre uma mulher e um homem”.
Lol Kin Castañeda, ativista pelos direitos das lésbicas, lamentou que a Igreja Católica tenha se excedido nos “limites que tem para exercer a liberdade de expressão, insistindo em gerar violência, exclusão e discriminação contra os homossexuais”.
Com informação do El País e agências e foto de divulgação.
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