Militantes do Estado Islâmico destruíram milhares de manuscritos, documentos e livros raros após invadirem a Biblioteca Pública de Mosul, no norte do Iraque, de acordo com relatos do diretor da instituição, informou o jornal britânico "The Independent".
A estimativa é que pelo menos 8.000 exemplares tenham sido destruídos, muitos deles registrados na lista de raridades da Unesco.
Ghanim al-Ta'an , diretor da biblioteca, disse que os militantes demoliram parte do edifício com explosivos.
"As pessoas tentaram impedir que os 'elementos' queimassem a biblioteca, mas não conseguiram", disse uma fonte local ao raqiNews.com.
Testemunhas disseram que os extremistas fizeram uma grande fogueira com pilhas de livros científicos e culturais. Segundo relatos citados pela Associated Press, moradores viram ainda milhares de livros serem carregados em seis caminhões.
Entre os itens destruídos estariam uma coleção de jornais iraquianos do começo do século 20, mapas, livros e coleções do período Otomano.
De acordo com um professor de história da Universidade de Mosul, a destruição da biblioteca começou no início do mês. Também foram alvo dos extremistas a Biblioteca Sunita, a biblioteca do Mosteiro dos Frades Dominicanos, com 265 anos de idade, e a Biblioteca do Museu de Mosul, que continha manuscritos datados de 5000 a.C.
Em 2003, durante a invasão americana, parte da biblioteca já havia sido destruída.
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