domingo, 17 de maio de 2020

Segundo o Intercept Brasil, Deltan suspeitava que Ramagem era um vazador

Esta manhã, o mundo político brasileiro acordou em polvorosa com a revelação do empresário Paulo Marinho para a jornalista Mônica Bergamo.

Segundo ele, a Polícia Federal segurou a Operação Furna da Onça para 8 de novembro com o objetivo de evitar prejudicar a campanha de Jair Bolsonaro.A operação foi responsável por revelar o esquema de “rachadinhas” no gabinete de Flávio Bolsonaro, comandado por Fabrício Queiroz, de Rio das Pedras.
A operação era um desdobramento do depoimento do delator Caio Miranda, que foi fruto da operação Cadeia Velha, a operação que antecedeu Furna da Onça e que tinha quem como delegado encarregado?
Isso mesmo, Alexandre Ramagem!
Ramagem não seguiu na operação Furna da Onça e encerrou seu relatório sobre a operação Cadeia Velha em dezembro de 2017.Uma reportagem do site Intercept Brasil revelou que o procurador Deltan Dallagnol nunca confiou em Ramagem.
Segundo Deltan, Ramagem era um grande amigo do delegado Mario Fanton, que em 2015 havia acusado a operação de manipulação de provas e que acabou sendo denunciado por violação de sigilo funcional.
Dois anos depois, em 2017, a desconfiança de Deltan sob Ramagem aumentou ainda mais quando o procurador Ângelo Goulart Vilela foi preso por suspeita de ter vendido informações sigilosas da operação Greenfield.
O procurador teria dividido casa com Ramagem em Boa Vista e eles ainda trabalharam juntos em Roraima de 2008 a 2011.
Porém não trabalharam juntos na operação Greenfield.

Bebianno deixou celular com todas as conversas com Bolsonaro, revela Paulo Marinho

Bolsonaro é homofóbico, detesta mulheres e é incapaz de agradecer ...Na entrevista em que revelou o favorecimento da Polícia Federal à candidatura de Jair Bolsonaro, concedida a Mônica Bergamo, o empresário Paulo Marinho também conta que Gustavo Bebianno, ex-ministro demitido por Bolsonaro, deixou um celular com revelações interessantes sobre sua relação com o presidente."Gustavo tinha um telefone celular por meio do qual interagiu durante toda a campanha [presidencial de 2018] e a transição de governo com o capitão. Eles se falavam muito por WhatsApp. O capitão adorava mandar mensagens gravadas para ele. O Gustavo tinha esse conteúdo imenso [de mensagens], na mais alta intimidade que você pode imaginar. Eram conversas íntimas que provavelmente deviam ter revelações interessantes", diz ele.
"Um dia, num ato de raiva pela demissão injusta que sofreu, tratado como se tivesse sido um traidor quando foi o que mais fez pelo capitão, ele deletou grande parte desse conteúdo. E deixou esse telefone com uma pessoa nos Estados Unidos. Depois parece que ele resgatou de novo o conteúdo. Ele ficou muito marcado pela demissão, com muito desgosto, melancolia. Ele morreu de decepção, de tristeza mesmo. Mas ele não era homem-bomba. Não tinha nada que pudesse tirar o capitão do governo por algo do passado. Onde está o telefone? Eu não sei onde está, para te dizer a verdade. Está com alguém. Eu não sei com quem", diz ainda o empresário.

PF favoreceu Bolsonaro na eleição de 2018 ao vazar para Flávio o caso Queiroz

Ex-assessores de Flávio Bolsonaro deram R$ 2 milhões a Queiroz ...Surge, neste domingo, mais uma prova de que as "instituições" brasileiras foram usadas para fraudar o processo eleitoral de 2018, favorecendo Jair Bolsonaro e a ascensão da extrema-direita. Não bastasse a inabilitação forçada do ex-presidente Lula, pelo TSE, e o vazamento da delação de Antonio Palocci, pelo ex-juiz Sergio Moro, descobre-se agora que a Polícia Federal vazou para Flávio Bolsonaro que o esquema da rachadinha estava sendo investigado e que ele deveria demitir seu assessor Fabrício Queiroz, que era uma espécie de tesoureiro da família Bolsonaro.
A revelação foi feita pelo empresário Paulo Marinho, suplente de Flávio, em entrevista à jornalista Mônica Bergamo, publicada na Folha de S. Paulo. Segundo ele, Flávio disse que soube com antecedência que a Operação Furna da Onça, que atingiu Queiroz, seria deflagrada. "Foi avisado da existência dela entre o primeiro e o segundo turnos das eleições, por um delegado da Polícia Federal que era simpatizante da candidatura de Jair Bolsonaro. Mais: os policiais teriam segurado a operação, então sigilosa, para que ela não ocorresse no meio do segundo turno, prejudicando assim a candidatura de Bolsonaro. O delegado-informante teria aconselhado ainda Flávio a demitir Fabrício Queiroz e a filha dele, que trabalhava no gabinete de deputado federal de Jair Bolsonaro em Brasília. Os dois, de fato, foram exonerados naquele período —mais precisamente, no dia 15 de outubro de 2018", aponta a reportagem.
O escândalo estourou logo depois e Queiroz se tornou um "foragido" cujo paradeiro é conhecido, mas que segue blindado pelas mesmas "instituições" que fraudaram o processo eleitoral de 2018, para permitir Jair Bolsonaro e prejudicar Fernando Haddad.

Bomba: PF adiou operação contra Flávio Bolsonaro para não atrapalhar candidatura do pai, diz empresário que coordenou campanha

O empresário Paulo Marinho, 68, suplente de senador de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e um dos mais importantes e próximos apoiadores de Jair Bolsonaro na campanha presidencial de 2018 afirmou, em entrevista à Folha, publicada neste domingo (17), que a Polícia Federal avisou Flávio com antecedência da Operação Furna da Onça.
A operação investigava o esquema de “rachadinha” e desvio de dinheiro público em seu gabinete que atingiu o ex-motorista e assessor Fabrício Queiroz, seria deflagrada.
O filho do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ) foi avisado da existência dela entre o primeiro e o segundo turnos das eleições, por um delegado da Polícia Federal que era simpatizante da candidatura de Jair Bolsonaro.
Pior ainda. Os policiais teriam segurado a operação, então sigilosa, para que ela não ocorresse no meio do segundo turno, prejudicando assim a candidatura de Bolsonaro.
A coisa não para por aí. O delegado-informante teria aconselhado ainda Flávio a demitir Fabrício Queiroz e a filha dele, que trabalhava no gabinete de deputado federal de Jair Bolsonaro em Brasília. O filho do presidente seguiu o conselho e os dois foram exonerados naquele período —mais precisamente, no dia 15 de outubro de 2018.

Bebianno

O empresário diz ainda que Gustavo Bebianno, ex-presidente do PSL durante a campanha e posteriormente ministro da Secretaria Geral da Presidência, “tinha um telefone celular por meio do qual interagiu durante toda a campanha (presidencial de 2018) e a transição de governo com o capitão. Eles se falavam muito por WhatsApp. O capitão adorava mandar mensagens gravadas para ele”.

Bolsonaro é alvo de panelaço mesmo depois de desistir de pronunciamento

 Jair Bolsonaro foi alvo de novos panelaços na noite deste sábado, mesmo depois de desistir do pronunciamento que faria para tentar quebrar o isolamento social no País. Apontado como o pior presidente do mundo "no tocante" ao combate ao coronavírus por especialistas internacionais, Bolsonaro já perdeu dois ministros da Saúde em menos de um mês, enquanto o Brasil supera 15 mil mortes. O novo balanço do Ministério da Saúde também aponta que o Brasil tem 233.142 casos confirmados da doença causada pelo novo coronavírus. Apenas nas últimas 24 horas foram 14.919 casos confirmados. Na sexta-feira (15), o Brasil registrava 218.223 casos e 14.817 mortes causadas pela COVID-19.
O estado mais afetado no Brasil é São Paulo, que neste sábado (16), acumula 61.183 casos da doença e 4.688 óbitos. O estado tem hoje mais mortes registradas por COVID-19 do que a China, o primeiro foco da pandemia.
Covas abertas no Cemitério Parque de Manaus, em 21 de abril de 2020, no bairro tarumã, zona oeste da cidade de Manaus.
No momento da divulgação dos novos dados, o Brasil tornou-se o 4º país do mundo em número de casos confirmados de COVID-19, atrás apenas de Estados Unidos, Espanha e Rússia.
Em número de mortes, o Brasil permanece como o 6º país com mais óbitos causados pela doença, atrás de EUA, Reino Unido, Espanha, Itália e França.
No mundo inteiro, segundo os dados da Universidade Johns Hopkins, 4.626.632 casos da doença foram confirmados, com 311.363 mortes causadas pela COVID-19.

sábado, 16 de maio de 2020

Weintraub sobre Enem: 'Não é para atender injustiças sociais, é para selecionar os melhores'

O ministro da Educação Abraham Weintraub disse nesta sexta-feira (15) que não vê necessidade de cancelar o Enem. O ministro afirmou que os movimentos que pedem o adiamento da prova são feitos pela oposição “com uma visão política e econômica”. Durante entrevista à CNN Brasil, o ministro ainda afirmou que o Enem “não é feito para atender injustiças sociais e, sim, para selecionar os melhores candidatos.”

" O Enem acontece apenas em novembro e a segunda chamada, em dezembro. Agora, estamos lidando com as inscrições%u201D, reforçou o ministro (Foto: Reprodução/CNN)“A ideia dos grupos de oposição é cancelar do Enem. Não é adiar, é cancelar. É muito cedo para falar sobre isso. O Enem acontece apenas em novembro e a segunda chamada, em dezembro. Agora, estamos lidando com as inscrições”, afirma o ministro. 

Quando questionado sobre a internet, que não é acessível a todos, Weintraub brincou com o fato de as inscrições serem feitas on-line. “Se a pessoa não tem internet nenhuma em casa, ela não consegue se inscrever no Enem”, conta. “A prova não é feita para atender as injustiças sociais e, sim, para selecionar os melhores candidatos”, afirmou.

Acesso à internet
Um em cada quatro pessoas no Brasil não tem acesso à internet, ou seja, cerca de 46 milhões de brasileiros não acessam a rede. Os dados, de 2018, foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em abril.

De acordo com Weintraub, a oposição foi a responsável por implantar esta ideia na cabeça da população. Ele alegou que a “realidade não é como falam” e que seria uma “maldade” suspender a prova.

O ministro da Educação afirmou que a repercussão da pauta veio da falta do que fazer de políticos. “Agora, estão sem o que fazer... sem o que falar”. Weintraub afirmou que o cancelamento Enem tem viés político e econômico. “Existe uma bancada que quer fazer um grande monopólio/oligopólio na educação”, disse.

O ministro ainda fez uma piada com os líderes estudantis. “Daqui a pouco, estou pedindo bênção. Estão mais velhos do que eu”, brincou.

Países que cancelaram
Países como a França, EUA e China cancelaram seus vestibulares depois da pandemia do novo coronavírus. De acordo com Camilo Mussi, presidente substituto do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), não há plano de contingência para a realização do Enem caso a pandemia se prolongue até novembro, mês em que estão marcadas as provas presenciais.

Pondo em vista isso, Weintraub não deixou o cancelamento de lado. O ministro afirmou que, se em agosto a pandêmia não tiver arrefecido, ele deve pensar sobre o assunto, mas reafirmou que não existe razão para isso ser feito agora.

Ídolo no basquete, Oscar se arrepende de ter votado em Bolsonaro: “despreparo danado”

O ex-jogador de basquete Oscar Schimidt é mais um bolsominion arrependido. Em entrevista à jornalista Patrícia Calderón, do Uol, ele disse: “Eu votei no Bolsonaro, tinha um otimismo danado nele, muito mais que a maioria das pessoas. Mas todos os dias o cara dá chance pro azar. Eu achei que seria diferente. Confiei e me arrependi. Ele tem mostrado ser outra pessoa, com um despreparo danado para ocupar um posto tão importante. É muito triste durante uma pandemia a gente ainda ter que se preocupar com política. Esse vírus não tem partido, ele pode matar qualquer um. E pra quem ainda chama isso de gripezinha, isso me deixa louco”.