sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Sou apoiador intransigente, mas não subalterno, diz Malafaia de Bolsonaro

O pastor e líder da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Silas Malafaia, voltou a falar da “ingratidão” do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) em relação ao senador Magno Malta (PR-ES).
Imagem relacionada“Magno Malta foi o primeiro camarada a acreditar em Bolsonaro e viajou o Brasil inteiro para ajudá-lo. Magno foi um guerreiro. Ele que me convenceu a apoiar Bolsonaro. Sou um apoiador intransigente de Bolsonaro, mas não sou subalterno. Também não sou obrigado a concordar com tudo o que ele fala”, declarou ao jornalista Mario Sérgio Conti, na Globo News no fim da noite desta quinta-feira (29).
A primeira manifestação do pastor sobre o assunto foi na última quarta-feira, à Folha. Ele disse que, para ajudar o então presidenciável do PSL, Malta "esqueceu a campanha dele e tomou ferro".
Sobre a negação do convite para a vice-presidência, o pastor justifica a escolha do aliado a partir de negociações partidárias. “O presidente do PR fez um acordo com Centrão. O Magno não é líder do PR. Valdemar da Costa Neto, que estava acordado com o Centrão, falou que não ia fazer acordo com Bolsonaro. Magno em momento nenhum esnobou o Bolsonaro”, afirmou.
O pastor discorda de que há uma ala evangélica disputando o poder no governo Bolsonaro. “Eu acredito mais que tem os militares, os filhos e a área econômica [na disputa]. Na equipe dele tem esses três grupos, mas não tem os evangélicos”, argumentou.
Durante a entrevista, Malafaia também compartilhou sua opinião sobre a ditadura: “Teve ditadura sim. A ditadura foi um remédio ruim para um mal pior. Havia gente querendo implantar o comunismo no Brasil. Mas dizer que não houve ditadura, com a imprensa cerceada, é querer que eu acredite em papai noel”.
No entanto, defendeu Bolsonaro sobre seu elogio ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra no Congresso Nacional, durante a votação do impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff. “Quando o Bolsonaro fez um elogio ao coronel Ustra, outro deputado [Glauber Braga (PSOL-RJ)] tinha elogiado Marighella, que foi um assassino. (...) Para mim, assassino do Estado e assassino que quer tomar o poder é a mesma coisa”, respondeu contrariando Conti, que apontou a gravidade de um agente público torturar e matar nas dependências do Estado.

Pastor da igreja de Marco Feliciano se suicida

Resultado de imagem para pastor comete suiçidioO suicídio de pastores não é coisa rara. Suicídios são geralmente abafados pelas famílias e amigos. Imaginem por essas organizações milionárias que são essas igrejas pentecostais e neo pentecostais, principalmente. 

Um pastor da igreja do pastor e deputado Marco Feliciano se suicidou essa semana. 

O suicídio mata 01 pessoa no Brasil a cada 45 minutos, de acordo com o site JM Notícias, ligado à Igreja Batista. O alerta vem da Convenção Batista do Planalto Central (CBPC) depois que o pastor Djalma da Silva Maranhão, 62 anos, se suicidou na terça-feira (04/09/18).

Veja abaixo o comentário de Sergio Viula sobre o caso do pastor da Igreja Assembleia de Deus Catedral do Avivamento (igreja de Feliciano):

Chefe da polícia condenado por inventar falsas acusações para prender negros

Resultado de imagem para racismoUm antigo chefe de polícia em Biscayne Park, uma pequena localidade da Florida com 3 mil habitantes, foi condenado a três anos de cadeia por ter instituído um sistema em que homens inocentes, invariavelmente negros, eram acusados da prática de crimes que não tinham cometido.
Raimundo Atesiano, de 53 anos, já tinha tido problemas noutra força policial por comportamento impróprio. Em Biscayne Park decidiu mostrar serviço. Para poder apresentar uma taxa perfeita de resolução de crimes, ordenava aos seus subordinados que apanhassem na rua negros - de preferência os que já tivessem tido questões, ainda que menores, com a lei - e arranjassem maneira de os incriminar, por exemplo com testemunhos fabricados.
As fraudes começaram em 2013, e durante algum tempos os resultados pareciam milagrosos. Em três dezenas de roubos e assaltos, por exemplo, só um ficou por resolver - mas 11 das acusações eram falsas. Um dos inocentes condenados tinha 16 anos, outro era um haitiano que acabou por ser deportado. O incómodo entre os agentes fez com que começasse a haver denúncias, tanto anónimas como assinadas, e em 2014 Atesiano demitiu-se.
"Se houver assaltos que permanecem como casos abertos e virem encontrarem algum negro na rua que tenha um mínimo de cadastro, prendam-nos para lhes podermos atribuir os assaltos", era a instrução dada por Atesiano, segundo um dos seus subordinados. Além disso, os agentes também usavam por vezes força excessiva.
Por esses vários crimes, três deles já tinham sido recentemente condenados um a 27 meses e outros dois a 12 meses cada um. Agora foi a vez do responsável máximo. No seu julgamento, Atesiano tentou convencer o tribunal de que lhe haviam entregue um cargo para o qual não tinha a preparação necessária e que lamentava muito.

O juiz não se deixou convencer. Ainda assim, ao condená-lo, deu-lhe algumas semanas de liberdade para ele poder tomar conta da sua mãe, que está a morrer de leucemia. As autoridades locais garantem que a polícia foi reformada e que atos tão feios como os que Atesiano promoveu jamais voltarão a acontecer.

Pastor é preso e vira réu por prometer cura a adolescentes que fizessem sexo com ele e seu 'anjo'

Um pastor evangélico de 31 anos foi preso e se tornou réu no processo no qual é acusado de estuprar quatro adolescentes que frequentavam a sua igreja na Zona Leste de São Paulo. Segundo a acusação feita pelo Ministério Público (MP), o religioso enganava os fiéis, oferecendo suposta "cura física e espiritual" àqueles que fizessem sexo com ele e o "anjo" que dizia incorporar.
Garoto atualmente com 17 anos conta que foi abusado pelo pastor dos 14 aos 16  — Foto: Reprodução/Arquivo pessoalPreso há mais de um mês, Pedro Jorge dos Santos Teixeira, fundador da Igreja Apostólica dos Mistérios de Deus, em São Mateus, nega a acusação e alega ser inocente .
Segundo a denúncia da Promotoria, feita a partir da investigação da Polícia Civil, os abusos foram cometidos entre 2014 até agosto deste ano, quando os adolescentes tinham entre 14 a 17 anos. O 49º Distrito Policial (DP), onde o caso foi registrado, apura se há mais vítimas.
Uma nova congregação evangélica, pintada de verde e amarelo, ocupa o lugar da antiga igreja usada pelo pastor que está preso — Foto: Kleber Tomaz/G1Duas meninas e dois meninos acusam Pedro de inventar a história do "anjo" e ainda ameaçá-los de morte para que mantivessem relações sexuais com ele. Contaram que o pastor fingia receber o anjo Camael e prometia uma troca: dizia que a entidade daria crescimento e realizações pessoais a eles se transassem com o apóstolo.

“Ingênuo, fui com total confiança naquele homem e acabei caindo nessa enganação, nessa mentira dele. E os abusos aconteceram durante dois anos, dos meus 14 aos meus 16 anos”, continua o menor, que foi autorizado por sua responsável, a avó, a conversar com a reportagem. A condição era a de que o nome e rosto dele não fossem divulgados, respeitando o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça (TJ), a juíza Tatiane Moreira Lima, do SANCTVS (Setor de Violência Contra Infante, Idoso, Pessoa com Deficiência e Tráfico Interno de Pessoa), aceitou recentemente a denúncia do MP contra o pastor. A magistrada ainda converteu sua prisão temporária em preventiva para que ele fique detido até seu eventual julgamento.
O pastor está por estupro, estupro de vulnerável e violação sexual mediante fraude. Atualmente ele está detido no Centro de Detenção Provisária (CDP) de Guarulhos, na Grande São Paulo.

Em depoimentos ao 49º DP, as duas garotas e o outro garoto contaram como teriam sido abusados e porque decidiram se reunir e denunciar o pastor.
Os quatro adolescentes se conheceram na igreja criada por Pedro. E após conversas em grupo, desconfiaram que o tal anjo Camael que o pastor dizia incorporar era apenas um pretexto para que o religioso pudesse abusar sexualmente deles.
Uma menina de 15 anos contou à polícia, por exemplo, que estava querendo namorar o filho adotivo de Pedro, um adolescente de aproximadamente 17 anos. Ela falou que foi pedir consentimento ao pastor, mas ele só autorizou se a adolescente perdesse a virgindade com o anjo.
“Primeiro transou com o pastor para tentar namorar o filho [adotivo]”, informa trecho da declaração da adolescente no boletim de ocorrência sobre o caso.
A garota ainda relatou que foi ameaçada por Pedro quando desistiu de namorar o filho dele e quis por fim aos encontros sexuais com o pastor.
Depois quando não quis mais namorar e conheceu outro rapaz, a menor conta no documento da polícia que passou a transar com o pastor porque este a ameaçou de morte.“Chamou a adolescente para conhecer o anjo Camel [Camael] na casa dele. Ela namorava”, consta no depoimento de uma garota de 16 anos à polícia. “Ordenou que ela se tornasse a mulher do apóstolo no mundo espiritual”.
Um adolescente de 16 anos contou em seus depoimento que Pedro pediu que ele fosse a casa do pastor e ficasse nu na cama dele e se tocasse.
"Pedro pediu para que o declarante se deitasse na cama, fechasse os olhos e imaginasse uma mulher que tinha desejo, e que iniciasse uma masturbação", diz o menino.
o advogado Nelson Bernardo da Costa, que defende o pastor, negou as acusações de estupro contra seu cliente. Segundo a defesa, Pedro confirmou que manteve relacionamento apenas com a garota mais nova do grupo, de 15 anos, mesmo assim alegou que os encontros entre os dois tinham o consentimento dela.
“Ele [Pedro] fala que foi vítima de armação por parte de uma moça”, rebate Nelson, que não confirmou se o pastor e a menor mantiveram relações sexuais. “Meu cliente diz que foi relacionamento consensual. Não sei se transaram, mas ele começou a se afastar pela posição dele e idade dela, que é menor”.
Pastor Pedro Teixeira gravou vídeo e o colocou nas redes sociais para se defender das acusações. Ele nega os crimes. — Foto: Reprodução/Redes sociaisSegundo o advogado, após querer por fim ao relacionamento com a adolescente, Pedro passou a ser ameaçado pela menor.

De acordo com Nelson, após os adolescentes acusarem o pastor pelos supostos abusos, Pedro passou a sofrer ameaças dentro da comunidade e, por esse motivo, se viu obrigado a deixar a região do Jardim Iguatemi. “Meu cliente fugiu porque foi ameaçado de morte”.

“O pastor falava que incorporava o anjo e que ia conseguir melhorar a vida deles se tivessem relações sexuais com esse anjo”, fala Denis a respeito dos menores. “Quando passaram a não acreditar mais no pastor, aconteceram ameaças contra eles.”

A repercussão do caso de estupro envolvendo o religioso dividiu a opinião de moradores do bairro onde Pedro tinha a igreja. Com a prisão do pastor, outra congregação evangélica funciona no local.
“Eu fiquei até surpreso por saber desse caso aí”, conta um homem que se identificou como amigo do pastor, mas pediu para não ter o nome e imagem divulgados. “Mas eu creio que isso tudo deve ser uma mentira”.
No lugar onde funcionava a Igreja Apostólica dos Mistérios de Deus, de Pedro, funciona atualmente a Igreja Pentecostal Templo de Santificação, da pastora Zuleica Maria Bezerra Santos, 56.
“Não achava que ele era capaz de praticar esses atos”, lamenta a pastora Zuleica, que diz conhecer Pedro. "Isso tem de ser apurado para saber quem está falando a verdade e quem não está".


quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Bancada evangélica abre guerra contra Bolsonaro

A indicação de Osmar Terra para o Ministério da Cidadania irritou a bancada evangélica, que ameaça se rebelar caso não tenha cargos na Esplanada. Formado por 180 deputados, o grupo foi consultado por Jair Bolsonaro sobre nomes para a nova pasta, mas acabou surpreendido com a escolha. “Quem é Osmar Terra comparado ao Magno Malta?”, questiona o pastor Silas Malafaia, que diz manter o apoio “intransigente” a Bolsonaro, porém com liberdade para críticas. Este já é o segundo nocaute no colegiado. O primeiro foi quando Bolsonaro indicou Ricardo Vélez Rodríguez para a Educação sem aguardar a sugestão dos evangélicos.
Banco de reserva. A lista de “abandonados” inclui, além de Magno Malta, os deputados Fernando Francischini, Alberto Fraga (ambos da bancada da bala) e Pauderney Avelino. Os amigos brincam que eles entrarão na segunda fase.
Batata quente. O pecuarista Nabhan Garcia não chegou a ficar de fora do time, mas sobrou com um cargo de segundo escalão. Ninguém quer a missão de contar para ele que não terá status de ministro.
O choro é livre. Magno Malta jogou a toalha na noite de segunda-feira, quando deixou Brasília dizendo-se “magoado e machucado” para se isolar num sítio. Reclamava de estar entre os últimos a serem convocados. “Vou receber a marmita?” Até agora nem isso.
Os culpados. Malta acusa os filhos de Bolsonaro e o general Hamilton Mourão pelo veto ao seu nome.
Mega-Sena. Com a nomeação de Osmar Terra para o Ministério da Cidadania, Bolsonaro ressuscita Darcísio Perondi (MDB-RS), aliado de Michel Temer e principal defensor da reforma da Previdência. Ele ficou na suplência.
Recepção calorosa. O clima não é dos melhores para o futuro chanceler Ernesto Araújo. Em grupos de WhatsApp de diplomatas, é chamado de “pastor das Relações Exteriores” e acusado de conhecer o povo brasileiro por meio da TV.
Novos tempos. Aécio Neves voltou a participar das atividades do PSDB. Em discurso ontem, contou ter sido presidente da Câmara em cenário de bancada enxuta e que, à época, fizeram a melhor legislatura. Recebeu aplausos.
Famoso quem. Reunidos em Brasília, reitores de universidades públicas concluíram que o futuro ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, é desconhecido do grupo. Decidiram pedir uma audiência para levantar bandeira branca e dizer que ninguém é contra Bolsonaro.
Lar doce lar. Para garantir a segurança de Antonio Palocci, a defesa não diz para qual endereço ele irá quando for para a prisão domiciliar. À Justiça, no entanto, tem informado que mora em São Paulo, no famoso apartamento de R$ 6 milhões pivô da sua queda.
CLICK. Em campanha para Presidência da Câmara, Rodrigo Maia (DEM) e Fábio Ramalho (MDB) foram à inauguração de painel de fotos na liderança do PSB.
Na conta. O Ministério da Educação liberou R$ 4,6 milhões para equipar o centro cirúrgico do novo hospital da Unifesp que será inaugurado em dezembro na cidade de São Paulo. A capacidade será de 60 mil procedimentos entre consultas e atendimentos por mês.
Posso ajudar? Após fazer um aceno para a direita, o presidente do Supremo, Dias Toffoli, começou a abrir sua agenda para a esquerda. Nesta semana, ele recebeu o PSOL. Toffoli quer atuar como uma ponte. Para isso, precisa de interlocutores dos dois lados.

Filho de Bolsonaro adverte pelo Twitter que morte do pai interessa “aos que estão muito perto”

O vereador da cidade do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, postou na noite desta quarta-feira (29), em sua conta do Twitter, mensagem onde manifesta preocupação com um suposto assassinato do seu pai, o presidente eleito, Jair Bolsonaro.
De acordo com o vereador, a sua preocupação se estende aos aliados e não só aos inimigos: “a morte de Jair Bolsonaro não interessa somente aos inimigos declarados, mas também aos que estão muito perto”.
“A morte de Jair Bolsonaro não interessa somente aos inimigos declarados, mas também aos que estão muito perto. Principalmente após de sua posse! É fácil mapear uma pessoa transparente e voluntariosa. Sempre fiz minha parte exaustivamente. Pensem e entendam todo o enredo diário!”
Momentos depois, Carlos Bolsonaro voltou a tocar no assunto, ainda pelo Twitter.
“A pergunta que não pode calar e que muitos que se dizem “jornas” fazem questão de “esquecer”: quem mandou matar Jair Bolsonaro? Será que se fazem de idiotas por que foi um ex-membro do PSOL e simpatizante do PT? (SIC)”.
Carlos Bolsonaro foi o responsável pelas redes sociais do pai durante a campanha. Ele chegou a ser cogitado para ser secretário de Comunicações, mas foi descartado. Após este episódio, ele se afastou a tuitou que não tinha mais “qualquer ascensão às redes sociais de Jair Bolsonaro”.

TSE determina prosseguimento de ação que pede cassação da chapa de Bolsonaro

Imagem relacionadaO corregedor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Jorge Mussi, determinou o prosseguimento da ação que pede que a chapa do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) e seu vive, general Hamilton Mourão (PRTB), seja cassada. Segundo Mussi, embora a defesa tenha pedido o arquivamento da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije), existem “fundamentos fáticos” que justificam a continuidade da ação que apura o ataque contra a página do grupo Mulheres Unidas Contra Bolsonaro no Facebook durante o período da campanha eleitoral.
No pedido de abertura do processo, o PSOL – autor da ação – afirma que os ataques cibernéticos contra o grupo no Facebook teriam sido realizados por supostos eleitores e apoiadores da candidatura presidencial de Bolsonaro. Por estas razões, segundo o PSOL, ele deveria responder por abuso de poder econômico e dos meios de comunicação.
Em seu despacho, datado de 20 de novembro, Mussi pede que a Secretara de Segurança Pública da Bahia realize diligências e compartilhe as informações sobre a investigação aberta após uma das administradoras da página registrar um boletim de ocorrência. As investigações em andamento estão sendo feitas pela Polícia Civil da Bahia, por meio do Grupo Especializado de Repressão aos Crimes por Meios Eletrônicos. Mussi pediu, ainda, que o Facebook forneça informações sobre os autores do ataque.

Processo de Caetano Veloso contra Marco Feliciano chega à PGR

A Coluna de Lauro Jardim no Globo informa que o ministro Luis Roberto Barroso enviou para manifestação da PGR a queixa-crime que Caetano Veloso apresentou no STF contra Marco Feliciano.
De acordo com a publicação, o deputado e pastor perdeu o prazo dado por Barroso para se defender.
Caetano processa Feliciano  por calúnia e difamação por causa de uma entrevista do dada por ele à rádio Jovem Pan, em março. Ao “Pânico”, Feliciano voltou a sugerir que Caetano estuprou a sua mulher, Paula Lavigne, quando ela estava com 13 anos, completa o Jornal O Globo.

Traído, Magno Malta deve ser trocado por Feliciano no governo do irmão Bolsonaro.

Jair Bolsonaro está sendo um Judas para o irmão Magno Malta.
A bancada evangélica tenta emplacar um novo ministro. Lideranças levaram três nomes e nenhum é o do senador derrotado em 2018.
São eles Ronaldo Nogueira (PTB-RS), Gilberto Nascimento (PSC-SP) e o insofismável Marco Feliciano (PODE-SP).
Querem morder a pasta da Cidadania, que englobará tudo que não coube da devastação.
“Vai envolver tudo isso aí: mulher, igualdade racial, está certo?”, definiu Jair, como de hábito elegante e preciso.
Como ninguém quer se responsabilizar por Malta, jogaram o sujeito no colo do chefe.
“Entendemos que ele tem méritos próprios, fez por merecer. Se o presidente não escolher ele depois de tudo o que fez na campanha, será ingratidão”, falou um parlamentar ao Broadcast Político. 
O governo está na mão dos fundamentalistas.
A reação dessa gente fez com que Mozart Ramos fosse barrado no MEC para entrar em seu lugar Ricardo Vélez Rodríguez, colombiano defensor da palhaçada da Escola Sem Partido.
Feliciano é o mais cotado. O perfil ajuda: famoso, batalhador do obscurantismo, reconhecido por sua falta de inteligência e a desonestidade intelectual, dono de uma igreja que fatura uma grana.
Em baixa, Malta desapareceu até das redes sociais, nas quais vivia dando recado a Bolsonaro, cobrando-lhe sabe Deus o que lhe foi prometido e em que circunstâncias.
Postou uma foto dos dois tomando café com uma legenda sabuja.
“Ha 6 anos atras quando só existe nos 2 , o cafezinho feito por ele fazia parte desse sonho, o sonho chegou, e continua tudo igual ! Valeu meu presidente”.
Peço perdão por reproduzir sem corrigir o português desgraçado do sujeito.
Apela sempre à mulher Lauriete, cantora gospel, para dar uma força.
“Magno Malta deve sim ser ministro, não por suas convicções religiosas ou amizade com o Presidente, mas pela dedicação às suas bandeiras, às causas que defende com  coragem”, escreveu ela no Twitter, provavelmente com o marido olhando por cima de suas costas.
Malta é queimado mesmo entre as hostes da extrema direta que elegeram JB.
Defende os valores do cidadão de bem e da família, mas sua trajetória nesse campo é, para usar um eufemismo, controversa. O DCM já contou parte dela.
Pendurou-se em todos os presidentes desde Lula, pulando do barco quando a maré mudou.
Criticou o aumento de salário do STF. “Vamos lutar forte e não permitir essa indignidade contra o pais”, escreveu. 
Não apareceu no dia da votação. Sua assessoria alega que estava num check-up.
Não topou ser vice, mas fez campanha para Jair. Orou com ele no dia da vitória — e agora se vê trocado por Feliciano.
“Muitos ficarão escandalizados, trairão e odiarão uns aos outros, e numerosos falsos profetas surgirão e enganarão a muitos”, escreveu Mateus.
Quem mandou não ler a Bíblia?

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

“Deus quer que eu o tenha” diz Pastor que pede 54 milhões de dólares para comprar um jato particular

Jesse Duplantis é um pregador religioso reconhecido por ter criado sua própria congregação religiosa, chamada “Jesse Duplantis Ministries”, onde ele garante que a sua missão é espalhar a palavra de Deus por todo o mundo. E para isso, ele garante que precisa de um jato particular caríssimo.
Atualmente o pregador possui aproximadamente 200 mil fiéis, que seguem os seus ensinamentos e financiam seus pedidos astronômicos. Por meio do seu programa semanal “This week with Jesse”, ele acaba de causar polêmica, depois de fazer um pedido no mínimo exagerado. Ele solicitou a quantia de 54 milhões de dólares para comprar um luxuoso jato privado Falcon 7X, alegando que “Deus quer ele o tenha”. Mas esse não seria o primeiro avião privado de Jesse.

“Eu já tive três jatos em minha vida, e os aproveitei muito bem até que não pude mais, para fazer o trabalho do senhor”, disse o pregador, que garante que o jato é necessário para espalhar seus ensinamentos, e que diz que se Jesus fosse vivo nessa época ele também viveria uma vida luxuosa.  




“Eu acredito que se Jesus estivesse fisicamente conosco na Terra, ele não estaria andando em um burro como nos tempos bíblicos. Pensem um segundo. Ele estaria em um avião, voando o mundo todo e espalhando seu evangelho a todos”, afirmou.


Jesse obviamente foi criticado tanto por fiéis como por pessoas de fora da religião, mas ele não recuou em seu objetivo.

Magno Malta - O esquecido

O estudioso de astrologia Olavo de Carvalho só indicou dois nomes para ministros do governo Bolsonaro – e emplacou os dois, um nas Relações Exteriores, o outro na Educação.
O pastor Silas Malafaia, ao que se sabe, só indicou um nome – o do senador não reeleito Magno Malta (PR). Para qual ministério? Para qualquer um, ora!
Magno errou. Recusou-se a ser vice de Bolsonaro convencido de que se reelegeria. Ao invés de ir caçar votos, foi rezar pela saúde de Bolsonaro.
Esperou que os votos viessem por gravidade. Agora suplica ao Senhor para não ser esquecido.

terça-feira, 27 de novembro de 2018

O homem que sobreviveu a contato com tribo isolada que matou o americano John Chau: 'Estava claro que eu não era bem-vindo'

"Fico muito triste pela morte deste rapaz que veio da América. Mas ele cometeu um erro. Teve chance suficiente para se salvar. Mas insistiu e pagou com a vida", diz o antropólogo indiano octogenário T N Pandit, uma das poucas pessoas que já teve contato com a tribo que vive na Ilha Sentinela do Norte, parte do arquipélago indiano de Andaman e Nicobar, no Oceano Índico.
TN Pandit entrega um coco para um membro da tribo sentinela — Foto: TN Pandit/BBCA tragédia envolvendo o americano John Allen Chau, de 27 anos, morto a flechadas pelos aborígenes, chamou a atenção para a tribo - que continua sendo um dos povos mais isolados do mundo.

Os pescadores que levaram Chau ilegalmente para a ilha, em 17 de novembro, disseram ter visto membros da tribo arrastando e enterrando seu corpo na praia. Mas as autoridades indianas estão com dificuldade para resgatá-lo - quando chegaram perto da ilha, avistaram os aborígenes armados com arco e flecha para recebê-los.
Pandit também viveu uma situação de tensão quando visitou a ilha como parte de uma expedição do governo em 1991. Em conversa telefônica com a BBC, ele conta que se lembra claramente do encontro com os aborígenes:

'Os sentinelas são um povo que ama a paz. Eles não buscam atacar as pessoas', diz T N Pandit — Foto: TN Pandit/BBC"Quando eu estava distribuindo cocos, me distanciei um pouco do resto do grupo e comecei a me aproximar da praia. Um garoto sentinela fez uma cara engraçada, pegou uma faca e sinalizou para mim que cortaria minha cabeça. Chamei imediatamente o barco e parti em retirada", se recorda.
 TN Pandit interage com um homem sentinela — Foto: TN Pandit/BBC"O gesto do menino foi significativo. Ele deixou claro que eu não era bem-vindo."

Rostos sombrios

"Levamos panelas e frigideiras de presente, uma grande quantidade de cocos, ferramentas de ferro, como martelos e facas compridas. Também fomos acompanhados de três homens onge (outra tribo local) para nos ajudar a 'interpretar' o discurso e o comportamento dos sentinelas."
Esta é a lembrança de sua primeira visita à tribo, ocorrida em 1973.
"Mas os guerreiros sentinelas nos encararam com rostos irritados e sombrios, totalmente armados com seus longos arcos e flechas, preparados para defender suas terras contra 'intrusos'. Às vezes, eles viravam as costas para nós e se agachavam como se quisessem defecar", contou em um ensaio publicado em 1999.
"O porco vivo amarrado que levamos de presente também foi menosprezado. Foi simplesmente perfurado com a lança e, em seguida, enterrado na areia."
Como se sabe muito pouco sobre eles, não faltam mitos sobre os sentinelas.
Mapa mostra onde fica a Ilha Sentinela do Norte — Foto: Infografia: Rodrigo Cunha/G1Mapa mostra onde fica a Ilha Sentinela do Norte — Foto: Infografia: Rodrigo Cunha/G1
"Nas ilhas e em Port Blair (o porto mais próximo) havia até uma crença popular de que os habitantes da Ilha Sentinela do Norte eram na verdade prisioneiros de Pathan (grupo étnico originário do Afeganistão e do Paquistão) que haviam escapado das prisões britânicas e camuflavam sua altura e pele pálida deixando o cabelo crescer", diz TN Pandit no mesmo artigo.

Contato, mas sem comunicação

Pandit e seus colegas começaram a conduzir expedições para estudar e fazer contato com a tribo na década de 1970. Mas só conseguiram algum avanço em 1991.
Ilha Sentinela do Norte — Foto: Survival International/BBCIlha Sentinela do Norte — Foto: Survival International/BBC
"Ficamos intrigados por que eles permitiram."
"Foi decisão deles nos encontrar, e a reunião aconteceu nos termos deles. Nós saltamos do barco e ficamos com água até o pescoço, distribuindo cocos e outros presentes. Mas não nos deixaram pisar na ilha."
Pandit diz que não estava preocupado em ser atacado, mas sempre foi cauteloso quando estava perto deles.
"Durante nossas interações, eles nos ameaçaram, mas nunca chegaram ao ponto de matar ou ferir alguém. Sempre que ficavam agitados, recuávamos."
"Os sentinelas não eram altos nem baixos. Carregavam arcos e flechas. Conversavam entre si, mas não conseguíamos entender seu idioma. Parecia com as línguas faladas por outros grupos tribais da região."
"Tentamos nos comunicar com a linguagem de sinais. Mas eles estavam ocupados coletando os cocos."
Estima-se que existam entre 50 e 150 pessoas da tribo na Ilha Sentinela do Norte.
Seus membros são conhecidos por pescar com arcos e flechas. Se alimentam basicamente de javali, raízes, tubérculos e mel. E não têm fama de navegantes.
As expedições para levar presentes aos sentinelas foram canceladas pelo governo.
O contato com várias tribos do arquipélago, que correm risco de extinção e vivem isoladas do mundo, é proibido com o intuito de protegê-las de doenças e preservar seu estilo de vida.

Ferozmente protetor

Os sentinelas são conhecidos ainda por proteger seu território e atacar intrusos.
Em 2006, dois pescadores que chegaram muito perto da ilha foram mortos pelos aborígenes — Foto: Survival International/BBCEm 2006, dois pescadores que chegaram muito perto da ilha foram mortos pelos aborígenes — Foto: Survival International/BBC
Em 2006, dois pescadores que chegaram muito perto da ilha foram mortos pelos aborígenes — Foto: Survival International/BBC
Em 2006, dois pescadores que chegaram muito perto da ilha foram mortos pela tribo. Quando as autoridades indianas realizaram a vistoria aérea da ilha após o tsunami de 2004, um membro da tribo tentou derrubar o helicóptero com uma flecha.

Passado colonial

As Ilhas Andaman são o lar de quatro tribos "africanas" - os grandes andamanenses, os onge, os jarawas e os sentinelas. Já as Ilhas Nicobar abrigam duas tribos "mongóis" - os shompen e nicobareses.
Os colonizadores britânicos estabeleceram uma colônia penal no arquipélago para abrigar rebeldes que participaram da revolta popular de 1857, descrita por historiadores nacionalistas como a primeira guerra da Independência da Índia. E logo se viram lutando contra as tribos locais.
A primeira guerra entre as tropas do Raj Britânico e os grandes andamanenses ocorreu em 1859. Durante a era colonial, também foram protagonizadas expedições punitivas a áreas tribais habitadas pelos jarawas.
As guerras e a disseminação de doenças levaram a um declínio na população de todos os grupos nativos. Mas os sentinelas, que viviam em uma ilha isolada, escaparam de grande parte dos conflitos coloniais.

Sem violência

Mas sua reputação violenta permanece. Pandit acredita, no entanto, que a fama é injusta.
"Os sentinelas são um povo que ama a paz. Eles não buscam atacar as pessoas. Eles não visitam áreas próximas e causam problemas. Esse foi um incidente raro."
A Marinha Indiana e a Guarda Costeira patrulham rotineiramente a área, mas de vez em quando intrusos conseguem se aproximar da ilha - como o turista americano.
Pandit é favorável à retomada do contato amigável com a tribo sentinela, resgatando as missões para distribuição de presentes na ilha.
"Devemos tentar estabelecer uma comunicação limitada com eles. Mas não podemos perturbá-los. Devemos respeitar o desejo deles de serem deixados em paz", pondera.