O pastor e líder da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Silas Malafaia, voltou a falar da “ingratidão” do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) em relação ao senador Magno Malta (PR-ES).
“Magno Malta foi o primeiro camarada a acreditar em Bolsonaro e viajou o Brasil inteiro para ajudá-lo. Magno foi um guerreiro. Ele que me convenceu a apoiar Bolsonaro. Sou um apoiador intransigente de Bolsonaro, mas não sou subalterno. Também não sou obrigado a concordar com tudo o que ele fala”, declarou ao jornalista Mario Sérgio Conti, na Globo News no fim da noite desta quinta-feira (29).
A primeira manifestação do pastor sobre o assunto foi na última quarta-feira, à Folha. Ele disse que, para ajudar o então presidenciável do PSL, Malta "esqueceu a campanha dele e tomou ferro".
Sobre a negação do convite para a vice-presidência, o pastor justifica a escolha do aliado a partir de negociações partidárias. “O presidente do PR fez um acordo com Centrão. O Magno não é líder do PR. Valdemar da Costa Neto, que estava acordado com o Centrão, falou que não ia fazer acordo com Bolsonaro. Magno em momento nenhum esnobou o Bolsonaro”, afirmou.
O pastor discorda de que há uma ala evangélica disputando o poder no governo Bolsonaro. “Eu acredito mais que tem os militares, os filhos e a área econômica [na disputa]. Na equipe dele tem esses três grupos, mas não tem os evangélicos”, argumentou.
Durante a entrevista, Malafaia também compartilhou sua opinião sobre a ditadura: “Teve ditadura sim. A ditadura foi um remédio ruim para um mal pior. Havia gente querendo implantar o comunismo no Brasil. Mas dizer que não houve ditadura, com a imprensa cerceada, é querer que eu acredite em papai noel”.
No entanto, defendeu Bolsonaro sobre seu elogio ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra no Congresso Nacional, durante a votação do impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff. “Quando o Bolsonaro fez um elogio ao coronel Ustra, outro deputado [Glauber Braga (PSOL-RJ)] tinha elogiado Marighella, que foi um assassino. (...) Para mim, assassino do Estado e assassino que quer tomar o poder é a mesma coisa”, respondeu contrariando Conti, que apontou a gravidade de um agente público torturar e matar nas dependências do Estado.
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