O primeiro-ministro sueco, Stefan Löfven, criticou nesta segunda-feira a Turquia por uma lei que, segundo ele, autoriza a prática de relações sexuais com menores de 15 anos, reiterando a denúncia feita no domingo pela ministra de Assuntos Exteriores, Margot Wallström.
Os comentários de Wallström levaram a Turquia a convocar o embaixador sueco no país.
Löfven, entrevistado na Jordânia pela agência de imprensa sueca TT, deu razão à ministra. "Da nossa parte consideramos importante expressar (...) que devemos reforçar os direitos das crianças", disse.
"Não há nenhuma razão para retroceder (...). É importante para nós ter um diálogo, mas devemos falar sobre nossas convicções", acrescentou.
A Corte constitucional turca se pronunciou em julho a favor da retirada de uma disposição penal que caracterizava qualquer ato sexual com menores de 15 anos como "abuso sexual".
O encarregado de negócios austríaco em Ancara também tinha sido convocado, no sábado, pelo mesmo tema.
No domingo, Wallström escreveu no Twitter que "a decisão turca de permitir relações sexuais com crianças menores de 15 anos deve ser retirada. As crianças precisam de mais proteção contra a violência e os abusos sexuais".
Na segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores turco, Mevlut Cavusoglu, qualificou como "escandaloso" que um "ministro de Exteriores envie um tweet dessa índole baseado em informações falsas ou especulações", e lamentou "a calúnia, as mentiras".
O governo turco se diz determinado a combater os abusos sexuais cometidos contra crianças, e a idade legal do consentimento de relações sexuais continua estabelecida em 18 anos.
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