quinta-feira, 14 de abril de 2016

Suspeito dos atentados de Bruxelas diz que não faria mal a uma mosca.

O belga de origem marroquina Mohamed Abrini, identificado como o terceiro suspeito do atentado no aeroporto de Bruxelas, assegurou aos investigadores que nunca pensou em se explodir e “não faria mal a uma mosca”. A informação foi divulgada pelo canal francês BFMTV, que teve acesso às declarações de Abrini ante a polícia federal belga.
O suspeito admitiu ser o homem de chapéu que aparece em vídeo no dia dos ataques, mas negou compartilhar as mesmas ideias dos suicidas que detonaram seus explosivos no aeroporto. Ele disse ainda que decidiu fugir e abandonar seu chapéu e casaco em uma lata de lixo.
Abrini argumentou que estava no aeroporto junto com Ibrahim el-Bakraaoui e Najim Laachraoui para escapar da polícia, que o perseguia desde os atentados de Paris. Abrini os descreveu como os organizadores dos atentados de Bruxelas e negou ter se radicalizado e viajado à Síria.
O “terrorista do chapéu” foi acusado de participação em um grupo terrorista e assassinatos em razão dos ataques de 13 de novembro na capital francesa, informou a procuradoria belga no último sábado. Segundo ele, o objetivo da célula terrorista belga era realizar um ataque na França durante a Eurocopa, mas a prisão de Salah Abdeslam os fez mudar de planos.
Abrini era perseguido desde que foi visto com Abdeslam logo após os atentados de Paris, que deixaram ao menos 130 mortos.
Ele figurava há cinco meses numa lista de vigilância europeia, descrito como “perigoso e provavelmente armado”. O suspeito cresceu no bairro de Molenbeek, em Bruxelas, assim como Abdeslam, seu amigo de infância. Seus antecedentes criminais incluíam roubo e posse de drogas.

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