Logo após a série de ataques que deixou dezenas de mortos em Bruxelas, na Bélgica, o presidente da França, François Hollande, realizou uma reunião de emergência com o primeiro-ministro belga, Manuel Valls, e o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, nesta terça-feira (22). Em pronunciamento, o líder francês afirmou que os as ações terroristas "atingiram toda a Europa".
Expressando "a sua total solidariedade com o povo belga", o presidente francês afirmou que seu governo mantém "contato constante" com as autoridades do país vizinho para "fornecer todo o apoio possível nestas dramáticas circunstâncias".
Hollande ainda destacou que a França "continuará, de modo implacável, a luta contra o terrorismo, seja no plano internacional ou interno". "Nestas circunstâncias, o governo francês decidiu reforçar ainda mais seus dispositivos de segurança, a polícia de fronteira, as infraestruturas básicas e os transportes", destacou o presidente.
No ano passado, Paris foi o principal alvo de ataques terroristas na Europa: um em janeiro, contra o jornal "Charlie Hebdo", que deixou 12 mortos, e outro em novembro, em um série de seis ações pela capital francesa que deixaram 130 vítimas e mais de 350 feridos.As explosões na Bélgica, que mataram pelo menos 34 pessoas, ocorreram dias depois de Salah Abdeslam, que teria tido um papel crucial na logística dos ataques terroristas lançados em Paris em novembro do ano passado, ter sido capturado vivo em Bruxelas.
A reunião em Paris, confirmada por um assessor presidencial, veio após alertas de autoridades francesas e belgas de que a captura de Abdeslam não diminuiu a ameaça terrorista na França e Bélgica. O alerta de terror em território francês continua em nível máximo.
Na Itália, o ministro do Interior, Angelino Alfano, informou em sua página no Twitter que também convocou uma reunião de segurança para mais tarde. "Os ataques em Bruxelas também atingem nosso coração".
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