sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Família de Jonas Savimbi processa Activision e quer retirar Black Ops II de circulação

A família do líder guerrilheiro angolano Jonas Savimbi (1966-2002) está processando a Activision em 1 milhão de euros e quer retirar o game " Call of Duty:Black Ops II" de circulação. O motivo da ação judicial é a representação do líder da UNITA em uma das fases do game, onde, segundo a família, Savimbi é mostrado como um "bárbaro que pretende matar todo mundo".
Na versão de 2012 do game, disponível para Xbox 360, PS3 e PC, Savimbi aparece na missão em Cuago Cubango, que se passa no auge da guerra civil angolana, em 1986. Nos documentos da ação legal, os três filhos do líder angolano que estão movendo o processo disseram que a imagem do pai foi retratada de forma pejorativa."Desvirtuaram a imagem dele. O Doutor Savimbi não era assim, um bárbaro. Banalizaram sua forma de ser. Colocaram-no como um homem agressivo, e ele não era assim. Ficamos chocados", afirmou Lusa Kassique Pena, sobrinho do líder guerrilheiro. No processo, a imagem de Savimbi é descrita como um líder político e estrategista.
Jonas Malheiro Savimbi foi líder da UNITA por mais de 30 anos. As forças do guerrilheiro, que teve apoio de governos como Estados Unidos e China, lutaram contra a ocupação colonial portuguesa e pela independência de Angola, momentos que são retratados no game. Savimbi morreu em 2002 durante um combate contra as  Forças Armadas Angolanas.
Etienne Kowalski, editor de "Black Ops II", garante que a imagem de Savimbi foi retratada de forma favorável como um "chefe de guerrilha que combateu a MPLA, partido que esteve no poder de angola em 1975".
O caso será julgado por três juízes na França, local onde a ação está sendo movida, no dia 3 de fevereiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário