sábado, 8 de agosto de 2015

Soldado ruandês de missão de paz da ONU mata quatro colegas

Um soldado ruandês da missão de paz da ONU na República Centro-Africana matou quatro de seus companheiros e feriu outros oito em um tiroteio registrado neste sábado em Bangui, informaram diversas fontes militares.
"Foi um soldado ruandês que pegou sua arma e atirou contra seus companheiros antes de ser baleado e morto. O tiroteio acabou com cinco mortos e oito feridos. Esta é a primeira vez que isso acontece à Minusca", afirmou à AFP uma fonte próxima à Missão da ONU na República Centro-Africana (Minusca). De acordo com a EFE, no entanto, o soldado teria se suicidado.
Um oficial centro-africano que não quis se identificar confirmou "o tiroteio na base do contingente ruandês, que deixou pelo menos cinco pessoas mortas (incluindo o atirador) e oito soldados feridos". "Ainda não há informações sobre as motivações do atirador", acrescentou.
O incidente ocorreu perto das 6h locais (2h de Brasília) na região ocupada pelos soldados ruandeses no quartel da missão, de acordo com a EFE. O comando ruandês na Minusca não foi encontrado para confirmar e comentar esta informação.
Este é o mais grave incidente na força da ONU desde a sua implantação no país, em setembro de 2014. Em dezembro de 2013 houve uma troca de tiros entre soldados chadianos e do Burundi da força africana da missão de manutenção de paz (Misca), que foi substituída pela Minusca, sem deixar vítimas.
A Minusca, que conta atualmente com 10.800 homens, inclui contingentes do Burundi, Camarões,CongoRepública Democrática do CongoGuiné EquatorialGabãoRuandaMarrocos,SenegalPaquistão e Indonésia, apoiados pela força francesa Sangaris, implantada no final de 2013 para parar os massacres entre as comunidades cristã e muçulmana.
A destituição, em março de 2013, do presidente François Bozizé por uma rebelião predominantemente muçulmana, Seleka, mergulhou a RCA na crise mais grave de sua história desde a independência em 1960.
As autoridades de transição estabelecidas após os rebeldes serem expulsos do poder pela intervenção militar francesa e internacional no início de 2014, lutam para reerguer esse país atingido por anos de agitação e rebeliões.

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