O valor gasto por suas excelências seria suficiente para comprar 2.856 cestas básicas, considerando o valor da cesta em São Paulo, a mais cara do Brasil, que custava, em julho, R$ 395,83.
Lúcio Big, como é conhecido o ativista, detalhou os gastos mensais. Em março, suas excelências bateram o recorde do ano até o momento, gastando R$ 234,1 mil. O menor valor foi em julho, no recesso: R$ 94,08 mil.
A principal surpresa acontece em janeiro, quando não há expediente no Congresso. No mês, os deputados federais gastaram R$ 95,6 mil em restaurantes. Tudo isso ressarcido com dinheiro do contribuinte. Em 2014, no primeiro mês do ano, R$ 71,6 mil voltaram para o bolso dos parlamentares.
Pelo desenrolar dos fatos, os parlamentares fecharão 2015 com o maior gasto com alimentação em cinco anos. Em média, neste ano, foram desembolsados R$ 161,5 mil por mês. Faltando cinco meses para encerrar 2015, os deputados torrarão algo em torno de R$ 2 milhões até dezembro, levando-se em consideração o ritmo atual.
Numa comparação com anos anteriores, em 2011, foram desembolsados R$ 1,76 milhão. Em 2012, 1,53 milhão. Em 2013, a Câmara pagou R$ 1,72 milhão com alimentação. O menor gasto aconteceu no ano passado: R$ 1,44 milhão.
Quem mais gastou com alimentação, no semestre passado, foi Rogério Peninha Mendonça (PMDB-SC). Sozinho, ele pediu o ressarcimento de R$ 19,92 mil com despesas com comida.
Na segunda posição, aparece o deputado Paulão (PT-AL), com R$ 16,11 mil. Roberto Freire (PPS-SP) solicitou a devolução de R$ 15,70 mil. Francisco Floriano (PR-RJ) e Zeca Dirceu (PT-PR) encerram a lista dos cinco mais gastões, com R$ 13,66 mil e R$ 12,67 mil, respectivamente.
A Câmara permite a utilização do Cotão para despesas alimentares. No entanto, elas precisam “custear gastos exclusivamente vinculados ao exercício da atividade parlamentar”, conforme determina o ato da Mesa Diretora que disciplina o uso de dinheiro público para tais despesas.
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