sábado, 11 de julho de 2015

Samsung e Google bloqueiam apps LGBT na Coreia do Sul

Enquanto o movimento LGBT comemora recentes vitórias em alguns países, onde empresas apoiam a causa, como a Apple que lhes dedicou uma seção na App Store, na Coreia do Sul os usuários ainda não são capazes de encontrar alguns famosos aplicativos voltados para este público. Segundo o Buzzfeed News, alguns desses apps foram rejeitados tanto na Play Store quanto na loja da Samsung, companhia sediada no país.
A Samsung rejeitou de sua loja da Coréia do Sul em 2013 o aplicativo Hornet, uma rede social para o público gay, citando valores e leis locais que não permitem conteúdo LGBT. O Hornet está disponível nos EUA e em outros países, embora ele permaneça proibido na Argentina, Islândia, Síria e Coréia do Sul, segundo o relatório do Buzzfeed News.A Samsung confirmou que bloqueia aplicativos LGBT em países onde assim é exigido, mas é notável o fato de que Argentina e Islândia legalizaram o casamento entre pessoas do mesmo sexo em 2010, e ainda assim o app é bloqueado.
Muitos usuários de Android obtém seus apps na Google Play Store, e ela disponibiliza vários aplicativos LGBT, como o Hornet, Grindr, entre outros, até mesmo para os sul-coreanos. Porém, outro app popular, Jack'd, não é encontrado na loja da Google no território da Coreia do Sul, pois ele foi deletado pela companhia há alguns anos.
Jack'd, aplicativo que foi excluído pela Google Play na Coreia do Sul
Ainda assim, os usuários sempre encontram um jeito de alterar as configurações de regiãoquando se sentem livres para decidir por si mesmos os aplicativos que devem usar. Por isso, o Jack'd tem mais de 500.000 usuários na Coreia do Sul, e a maioria é de dispositivos Android.
Mas parece que a censura no país não vai recuar. Pelo contrário, em oposição aos avanços de diversos lugares do mundo, o novo ministro da justiça da Coreia do Sul, Kim Hyun-woong, recentemente pediu restrições contra a marcha do orgulho que tem sido realizado nos últimos 16 anos. Ele disse durante suas audiências de confirmação do cargo que a marcha "não vai alterar os valores e normas tradicionais da sociedade" e que deveria haver "restrições contra isso".
A postura mostra as diferenças que as empresas de tecnologia enfrentam em relação à censura em diversos países. A marcha do orgulho em junho na Coreia do Sul aconteceu normalmente, embora tenha enfrentado uma feroz oposição e protestos de grupos cristãos no país.

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