Grandes geleiras na Groenlândia e na Antártica derreteram quando as temperaturas estavam ao redor ou um pouco acima do que estão hoje em degelos antigos nos últimos três milhões de anos, escreveu uma equipe liderada pelos Estados Unidos no periódico científico Science.
E o mundo pode estar se encaminhando para uma repetição disso mesmo se governos conseguirem cortar as emissões de gases do efeito estufa para limitar o aquecimento global, cuja meta estabelecida pela Organização das Nações Unidas é de até 2ºC acima do período pré-industrial.
"Metas atuais de temperatura podem comprometer a Terra a pelo menos seis metros de alta no nível do mar", disseram os autores, do Past Global Changes. Alguns gases do efeito estufa podem durar por séculos na atmosfera.
Isso pode ameaçar cidades de Pequim a Londres, e até mesmo engolir pequenas ilhas-Estado tropicais.
Andrea Dutton, da Universidade da Flórida e autora-líder do artigo, disse que pode levar muitos séculos para um aumento de seis metros no nível do mar, apesar de algumas evidências antigas de que há possibilidade de mudanças mais rápidas.
"Esta é uma projeção de longo prazo. Não vai acontecer depois de amanhã", disse ela à Reuters.
Um painel da ONU com cientistas climáticos disse em 2013 que o aquecimento global pode elevar os níveis do mar em 26 a 82 centímetros até o fim do século 21, acumulado a um ganho de 19 centímetros desde 1900.
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