Rosetta, a nave espacial europeia que orbita e explora o cometa, também detectou fragmentos estranhos de materiais orgânicos que parecem partículas virais. Infelizmente, Rosetta e Philae não estão equipados para procurar evidências diretas de vida, após uma proposta para incluir a habilidade na missão ser vetada por um tribunal.
Os astrônomos vão apresentar as descobertas do cometa 67P na Assembleia Nacional de Astronomia da Royal Astronomical Society, em Llandudno, País de Gales.
O cometa, descrito como parecendo um “pato de borracha”, encontra-se a 284.4 milhões de quilômetros da Terra e viaja a mais de 117,482 km/h.
O cometa tem uma crosta negra cobrindo gelo de hidrocarboneto e crateras de fundo chato contendo “lagos” de águas congeladas com detritos orgânicos. “O material escuro está sendo constantemente reabastecido ao ferver por conta do calor do sol. Alguma coisa deve estar fazendo isso em um ritmo bastante prolífico”, revelou Wickramasinghe.
Os mecanismos biológicos foram a explicação provável para as grandes quantidades de gases orgânicos que tinham sido observados em torno de cometas, juntamente com a água que ele continha.
Uma descoberta tentadora foi a de que 'grupos de partículas' orgânicos nos gases que cercam o cometa são semelhantes a partículas virais coletadas da atmosfera superior da Terra. "Elas podem ser partículas virais", disse o professor Wickramasinghe.
Como o cometa atinge o seu ponto mais próximo do Sol a uma distância de 195 milhões de km, é provável que seus microrganismos tornem-se mais ativos, disseram os cientistas.
Missões futuras no 67P e outros cometas devem incluir instrumentos de busca de vida, disse ele. Mas as agências espaciais parecem relutantes em se envolver em uma busca séria por vida, por conter “um paradigma estabelecido há muito tempo”.
“Rosetta já mostrou que o cometa não pode ser visto como um corpo inativo ultracongelado, suportando processos geológicos, podendo ser mais hospitaleiro para a micro-vida do que nossas regiões árticas e antárticas”,finalizou Wallis.
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