Renan, que recentemente tem dado claras demonstrações de insatisfação com o governo, disse ainda que a “aliança” com partidos da base encontra “muita dificuldade”.
“Eu acho que, do ponto de vista da aliança, não se resolveu nada”, disse Renan a jornalistas, que, assim como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é alvo de investigação no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposto envolvimento em um esquema bilionário de corrupção na Petrobras.
“A coisa da aliança, ela precisa ter um fundamento, esse governo parece que envelheceu. Mas isso aí é um outro assunto que está sendo tratado por uma outra instância do partido”, afirmou
Renan já vinha elevando o tom de suas críticas ao tratamento dispensado pelo governo ao PMDB e a demais aliados e chegou a classificar a coalizão de Dilma de “capenga”. O peemedebista, assim, como outros parlamentares, também reclamava do papel reservado ao Congresso pelo Executivo na hora de tomar decisões sem discussão prévia.
Na semana passada, em explícita sinalização ao governo, Renan surpreendeu o Executivo e devolveu a medida provisória 669, que tratava de desonerações tributárias para vários setores da economia, argumentando que não cumpria os preceitos constitucionais. A MP fazia parte do ajuste fiscal proposto pela equipe econômica para equilibrar as contas públicas.
Aliança
Nesta semana, diante da possibilidade de sofrer uma derrota no plenário do Congresso Nacional, o governo mudou de atitude e negociou com parlamentares um texto de uma medida provisória para reajustar a tabela do Imposto de Renda de Pessoa Física.
Nesta semana, diante da possibilidade de sofrer uma derrota no plenário do Congresso Nacional, o governo mudou de atitude e negociou com parlamentares um texto de uma medida provisória para reajustar a tabela do Imposto de Renda de Pessoa Física.
A proposta prevê uma correção escalonada da tabela do Imposto de Renda, a partir de sugestão de aliados no Congresso, fazendo o governo abrir mão de mais de R$ 6 bilhões em receitas.
Renan, no entanto, tentou desvincular a mudança da abordagem do Executivo no caso da tabela do IR de uma melhora da relação do governo com a base aliada.
“Eu acho que são duas coisas distintas. Uma coisa é uma negociação no Congresso Nacional, produzindo uma medida provisória como consequência. E outra coisa é a aliança, que tem muita dificuldade”, disse Renan, admitindo que do ponto de vista institucional houve uma mudança.
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