Pelo menos 40 pessoas morreram e outras 70 ficaram feridas ontemem três explosões de carros-bomba ao mesmo tempo na cidade de Qubbah, no leste da Líbia.
Em entrevista ao canal saudita Al Arabiya, o presidente do Parlamento local, Aguila Saleh, informou que os veículos foram colocados ao lado do prédio das forças de segurança na cidade, atingindo também um prédio do governo local.
Segundo as autoridades, a maior parte dos mortos estava na fila do posto de gasolina, que estava cheio devido à escassez de combustível na cidade. Nenhum grupo reivindicou a autoria do atentado.
A cidade de Qubbah, que fica a 248 km de Benghazi, é controlada por forças leais ao general Khalifa Haftar e ao Parlamento reconhecido pela comunidade internacional, mas fica ao lado de bastiões de milícias radicais islâmicas.
Para Saleh, as bombas parecem ser uma retaliação aos ataques aéreos do Egito a Derna, perto de Qubbah, contra membros de uma célula do Estado Islâmico que, no fim de semana, anunciaram a morte de 21 cristãos coptas.
A Líbia está em caos, com dois governos e Parlamentos competindo por legitimidade e território, quatro anos após o ditador Muammar Gaddafi ser derrubado do poder.
SOMÁLIA
Uma reunião das autoridades da Somália foi o principal alvo de um duplo atentado suicida ontem em um hotel da capital Mogadício, em que pelo menos 11 pessoas morreram e 20 ficaram feridas.
Segundo as autoridades locais, um carro-bomba foi detonado na entrada do hotel, que fica a cerca de 200 metros do palácio presidencial. Em seguida, outros militantes trocaram tiros com os guarda-costas das autoridades.
Dentre os mortos, estão o vice-prefeito da cidade, Mohammed Aden, e o deputado Omar Ali Nor. O vice-primeiro-ministro do país, Mohammed Omar Arte, ficou gravemente ferido, assim como outras autoridades ainda não identificadas.
A ação foi reivindicada pelo grupo radical islâmico Al Shabaab, vinculado à rede terrorista Al Qaeda. Em comunicado enviado à imprensa local, a milícia disse que o objetivo do atentado era eliminar "todos os funcionários do governo".
O atentado aconteceu na hora da oração da manhã de ontem, dia sagrado para os muçulmanos, por isso que a área estava repleta de gente que se dirigia à mesquita para o culto.
No dia 22 de janeiro a Al Shabab promoveu um atentado com carro-bomba contra outro hotel da cidade, onde estava hospedada uma delegação turca que preparava a visita do presidente desse país, e causou pelo menos quatro mortes.
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