domingo, 30 de maio de 2021

Participante de ato bolsonarista em Brasília morre de Covid

 A servidora aposentada do Tribunal de Justiça  de Mato Grosso (TJMT), Jane Toniazzo, morreu vítima de complicações da Covid-19 poucos dias de depois de retornar de Brasília, onde participou das manifestações do Movimento Brasil Verde e Amarelo, no último dia 15 de maio,  em apoio ao presidente da República Jair Bolsonaro. 

Moradora de Campo Novo do Parecis (a 391 km de Cuiabá), ela embarcou para o Distrito Federal no dia 13, junto com os filhos e outros bolsonaristas, em ônibus bancado pelo Sindicato Rural do município, com apoio da Aprosoja e incentivado pelo prefeito Rafael Machado e pelo vice Toninho Brolio, ambos do PSL.

Além de apoiar Bolsonaro, os manifestantes defendiam o voto impresso, independência entre os Poderes e protestavam contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e as medidas restritivas adotadas pelos governadores contra a Covid-19. Os mais radicais são contra até mesmo o uso da máscara facial.

Na internet,  Jane Toniazzo defendia o  tratamento precoce contra a Covid-19 com  medicamentos sem eficácia comprovada  como hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina. Além disso, atacava adversários de Bolsonaro e tinha diversas postagens com “alerta de fake news” aferidos pelo  próprio Facebook.

Jane Toniazzo deixa dois filhos:  Dóris Aline e  filho Patrick Toniazzo.

Além disso, há notícias de participantes do Movimento Brasil Verde e Amarelo de outros municípios infectados pela  Covid-19. Em Sinop,  já há hospitalizações.

terça-feira, 25 de maio de 2021

O jovem cientista que estudava impacto do coronavírus no cérebro e morreu de covid

 O novo coronavírus pode ter interrompido abruptamente a vida do paraense Nilton Barreto dos Santos, morto aos 34 anos na noite do último dia 4, mas não seu propósito de vida: o jovem biomédico de carreira meteórica que, coincidentemente, investigava o impacto do novo coronavírus no sistema nervoso central teve parte dos tecidos do pulmão, do coração e do cérebro coletados após a morte para que a pesquisa desenvolvida por ele e seus colegas continue avançando.

A família de Santos, que autorizou a autópsia, quer ajudar a decifrar os mistérios de um vírus que já matou milhões em todo mundo e deixa sequelas ainda não totalmente entendidas pela ciência.

"Autorizamos a coleta do material tecidual dos pulmões, do coração e cérebro do Nilton para entender melhor essa doença. Por exemplo, por que ela está acometendo jovens sem comorbidades como ele, e evitar que outras famílias passem pelo sofrimento que estamos passando", diz à BBC Brasil a engenheira Sâmia Maracaípe, viúva de Nilton.

"Quero poder continuar o legado dele de alguma forma", acrescenta.

Um legado de amor à pesquisa e à ciência.

Natural de Abaetetuba, no interior do Pará, Nilton mudou-se para os subúrbios da capital, Belém, onde conheceria a futura mulher Sâmia - os dois eram vizinhos e estudavam na mesma escola. Começaram a namorar no Ensino Médio e estavam juntos havia 16 anos.

Na capital paraense, Nilton cursou graduação e mestrado em neurociência e biologia celular pela Universidade Federal do Pará. Em 2012, mudou-se para São Paulo, onde ingressou no ICB (Instituto de Ciências Biomédicas) da USP.

Ali, foi aprovado no doutorado e em dois pós-doutorados. Investigava o processo de inflamação do cérebro, principalmente gerado pelo estresse, e como isso modifica o funcionamento das células, contribuindo para o desenvolvimento de doenças como a depressão.

Bolsa no exterior

O esforço com o qual se dedicava à essa pesquisa foi recompensado no ano passado: Nilton foi aprovado em um intercâmbio no hospital Mount Sinai, um dos mais prestigiados dos Estados Unidos.

Mas a pandemia de covid-19 mudaria seus planos. A viagem, que aconteceria em janeiro de 2020, foi remarcada para janeiro do ano que vem.

Diz sua orientadora, Carolina Munhoz, professora do Departamento de Farmacologia do ICB/USP: "O consulado americano suspendeu a emissão dos vistos e, logo depois, as fronteiras foram fechadas. O sonho do Nilton, desde que ele veio para São Paulo, era fazer um estágio no exterior".

"Ele era brilhante e sensacional, uma pessoa com quem adorávamos trabalhar. Ele sempre pensava no coletivo", acrescenta.

Carolina lembra que Nilton havia acabado de publicar um estudo do qual era coautor na aclamada revista científica Nature Neuroscience.

"O que me dói mais nisso tudo é que ele realmente estava no auge da carreira dele e a ponto de colher os frutos de seu trabalho árduo", lamenta ela.

"Ele estava se preparando para poder prestar concurso. Tinha um currículo imbatível, mas até os concursos foram suspensos. Não tinha vaga."

Mas Nilton não esmoreceu. Apesar da frustração diante da mudança forçada de planos, ele passou a se dedicar a pesquisar, com outros colegas, o impacto do coronavírus no sistema nervoso central.

O objetivo era entender se o vírus, que ataca e mata os neurônios, pode aumentar a propensão para o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, como demência, por exemplo.

"Nilton era muito curioso, característica primordial para qualquer cientista. Quando a pandemia chegou ao Brasil e as coisas se agravaram, nossas atividades foram suspensas. E começamos, dentro das nossas limitações, a investigar o assunto", conta Carolina.

"Estávamos tentando correlacionar se a gravidade da infecção no sistema nervoso central correspondia à gravidade da infecção no pulmão, mas não conseguimos comprovar isso pelas amostras que tínhamos", explica.

Infecção e hospitalização

Apesar de o coronavírus ter interrompido temporariamente os planos do casal de passar uma temporada no exterior, Nilton e Sâmia viviam o "melhor momento" de suas vidas, diz ela.

"Quando Nilton veio para São Paulo, em 2012, passamos dois anos à distância. Em 2014, vim para cá. Sou engenheira de formação, mas por necessidade trabalhei em shopping e padaria. Quando o Nilton conseguiu a bolsa e eu passei no mestrado, foi a primeira vez que a gente conseguiu sair do sufoco", conta.

Sâmia não sabe como Nilton foi infectado pela covid. Tampouco por que ele foi o único da família que vive em São Paulo a desenvolver os sintomas mais graves da doença.

"Éramos muito cuidadosos. Nunca deixávamos de usar máscara, evitávamos aglomerações e lavávamos todos os alimentos. Mas Nilton foi o único a agravar. Ele era extremamente saudável e não tinha nenhuma comorbidade", diz.

"Ele teve 90% dos pulmões comprometidos e seu quadro se agravou muito rapidamente."

Nilton ficou internado por dois meses no Hospital Emílio Ribas, em São Paulo, referência para o tratamento de covid, e morreu no último dia 5 de maio.

"Algumas semanas antes da morte dele, pudemos visitá-lo na UTI. Ele estava muito cansado, mas interagindo. Ele se mostrava preocupado com a situação política do Brasil. Sempre fomos muito progressistas. Sempre lutamos pela educação pública de qualidade e ele, pela pesquisa, e esse foi um setor que vem sofrendo seguidos cortes", conta.

"Ele também ficou feliz ao saber que os pais dele finalmente haviam sido vacinados."

Luto e revolta

Sâmia ainda tem dificuldades para enfrentar a dor do luto.

"Nilton é meu esteio. Sempre me apoiou profissionalmente, me engrandeceu, conhecia cada sorriso e cada sentimento que eu tinha, era a pessoa que certamente melhor me conhecia. A gente dormia abraçado todos os dias e para mim está sendo muito difícil. Não sei como vai ser a minha vida daqui para frente, como vou continuar na minha casa rodeada de memórias dele todo o tempo", diz ela.

"Ele foi o meu primeiro namorado, meu marido, o amor da minha vida. Tive a sorte de ter um amor seguro, tranquilo, por 16 anos e só tenho que agradecer a Deus pela oportunidade", acrescenta.

O sentimento é compartilhado pela irmã de Nilton, Neucy, que vive em Belém.

"Ele continua vivo em cada um de nós. Era um irmão maravilhoso, um filho excelente, sempre preocupado com todo mundo", diz.

"Nilton era muito protetor, sempre esteve do meu lado."

Sâmia, com o apoio da família, decidiu autorizar a doação de órgãos de Nilton. Partes do tecido do pulmão, coração e cérebro dele foram coletadas para que a pesquisa desenvolvida por ele continue. O objetivo é tentar entender por que que um paciente sem nenhuma comorbidade evoluiu tão gravemente.

"A saudade nunca vai passar. Mas temos muito orgulho dele. E a sensação de que ele cumpriu o papel dele e continua sua missão. Mesmo depois de sua morte, a pesquisa vai continuar e esperamos que isso possa a salvar outras pessoas", diz Neucy.

Mas não é o só a dor do luto que Sâmia e a família têm que enfrentar, mas também a revolta.

"Estou extremamente revoltada. Nilton morreu de uma doença para a qual já há vacina. Ele foi assassinado por um governo genocida", diz ela, em alusão à gestão do presidente Jair Bolsonaro.

"Temos um governo que não acredita na ciência, que não investe em pesquisa, que odeia professor. É muito cruel", finaliza.

Nilton deixa os pais, Nilton e Maria Nércia, duas irmãs, Nádia e Neucy, e a esposa Sâmia, assim como uma dezena de amigos, muitos cientistas como ele.

quarta-feira, 19 de maio de 2021

Carlos Bolsonaro intervém em compra de sistema de espionagem e expõe crise militar

  A disputa existente entre o alto comando militar brasileiro e o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ficou exposta nesta semana por conta de uma licitação para compra de uma ferramenta de espionagem.


Licitações desse tipo geralmente envolvem órgãos oficiais brasileiros de investigação a serem beneficiados, como o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e a Abin (Agência Brasileira de Informações), mas desta vez eles não aparecem no edital e nas tratativas.


O edital 03/21 do Ministério da Justiça possibilita um gasto de R$ 25,4 milhões, previsto para esta quarta-feira, 19. A intenção é a contratação do programa de espionagem Pegasus, desenvolvido pela empresa israelense NSO Group.

O Pegasus é muito avançado e polêmico, por já ter sido usado para espionar celulares e computadores de jornalistas e críticos de governos em todo o mundo.

Segundo o The New York Times, o software foi usado pelo governo do México, na gestão de Enrique Peña Nieto, para espionar ativistas contrários à sua gestão. O governo chegou a gastar US$ 80 milhões para o uso da ferramenta desde 2011 até 2017.

De acordo com o portal UOL, Carlos Bolsonaro vem tentando diminuir o poder dos militares na área de inteligência e, por isso, articulou com o novo ministro da Justiça, Anderson Torres, excluir o GSI da licitação. O órgão, que é responsável pela Abin, é chefiado pelo general Augusto Heleno e tem muitos militares em seu quadro.

O objetivo do vereador é usar as estruturas do Ministério da Justiça e da Polícia Federal para expandir uma "Abin paralela", onde tenha influência.

Carlos Bolsonaro não se pronunciou sobre o tema. O Ministério da Justiça e Segurança Pública emitiu uma nota dizendo que o processo de licitação visa a "aquisição de ferramenta de busca e consulta de dados em fontes abertas para ser usado, pelo ministério e órgãos de segurança pública, nos trabalhos de enfrentamento ao crime organizado" e que "a referida licitação não tem nenhuma relação com o sistema Pegasus".

quinta-feira, 13 de maio de 2021

Acadêmicos e advogados pedem ao STF afastamento de Bolsonaro por incapacidade mental

 Um grupo de advogados e professores pediu ao Supremo Tribunal Federal, nesta quinta-feira (13/5), que o presidente Jair Bolsonaro seja submetido a exames para avaliar se ele tem condições mentais de exercer as funções de presidente. Se não for o caso, eles pedem que a Corte declare Bolsonaro incapaz e, consequentemente, o afaste da Presidência da República.



São autores da ação civil os professores de Filosofia Renato Janine Ribeiro (Universidade de São Paulo), que já foi ministro da Educação, e Roberto Romano (Universidade Estadual de Campinas); os professores de Direito Pedro Dallari (USP) e José Geraldo de Sousa Jr. (Universidade de Brasília); e os advogados Alberto Zacharias Toron, Fábio Gaspar e Alfredo Attié, presidente da Academia Paulista de Direito. Eles são representados pelos advogados Mauro de Azevedo Menezes e Roberta de Bragança Freitas Attié.

Na ação, os autores dizem que Bolsonaro não só deixa de tomar medidas para combater a epidemia de Covid-19 como estimula a população a adotar comportamentos que facilitam a contração do coronavírus e recomenda tratamentos ineficazes, como a cloroquina. Além disso, sustentam que o presidente não demonstra empatia nem sentimento de humanidade. Tanto que frequentemente minimiza os danos da epidemia.

Os professores e advogados citam psicólogos e psiquiatras que afirmam que Bolsonaro apresenta indícios de transtorno de personalidade paranoide. Tal condição faz com que a pessoa tenha "um padrão de desconfiança e suspeita difusa dos outros, de modo que suas motivações são interpretadas como malévolas", segundo o Manual Estatístico e Diagnóstico (DSM) da Associação Psiquiátrica Americana.

"No caso de Jair Bolsonaro, a fantasia é a de um complô sempre preparado contra si mesmo, levado a cabo por inimigos imaginários, cujos fundamentos ele busca fundar em apreciações pseudocientíficas da realidade, levadas a efeito por arremedos de pensadores que, em verdade, importam, servilmente, no velho comportamento colonialista brasileiro, doutrinas místicas, sob a capa de saberes filosóficos ou sociológicos. Há, nessa imaginação autodestrutiva — e que deseja destruir a sociedade brasileira, sua riqueza, sua democracia e sua soberania — a fantasia de um 'vírus chinês', que deseja controlar o mundo, um apego e uma entrega ao 'ombro amigo americano'", apontam os autores.

Segundo eles, Bolsonaro não tem os mínimos conhecimentos da realidade brasileira e internacional. Pior: o presidente "possui incapacidade de adquirir esses conhecimentos e incapacidade de escolher como auxiliares quem tenha capacidade de suprir essa incapacidade". "Ele se cerca daqueles em que possa abrigar sua autoimagem, de espelhos com os quais dialoga de modo absurdo, (...) repetindo constantes estereótipos de si e do mundo, cuja complexidade o sufoca".

O chefe de Estado e governo deve ter as funções mentais íntegras, como estabilidade emocional, autocontrole, flexibilidade, ajuizamento adequado da realidade, capacidade de discernir críticas de ataques e clareza de raciocínio, destacam os professores e advogados.

"Considerando a alta probabilidade de Jair Bolsonaro apresentar um transtorno de personalidade paranoide, e considerando os prejuízos que tal diagnóstico traz para as funções mentais mínimas para o exercício da função de tão alta responsabilidade, há mais do que razoável suspeita de que ele não seja apto para ser presidente em função de sua condição mental".

Dessa maneira, eles pedem que Jair Bolsonaro seja submetido a exames para avaliação de sua capacidade de praticar atos relativos à função de presidente da República. Se os resultados apontarem sua inaptidão para o cargo, os autores pedem o afastamento liminar de Bolsonaro. Nesse caso, os professores requerem que, ao final do processo, o Supremo declare a incapacidade do presidente.

terça-feira, 11 de maio de 2021

Após mais de 1 ano e 421 mil mortes, Bia Kicis faz sugestão “excelente” a Queiroga: ampliar a testagem da população

 A deputada bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF), defensora do tratamento precoce e da cloroquina, que não tem eficácia comprovada contra a Covid-19, parece estar tentando rever seus conceitos com relação à pandemia e fez, neste sábado (8), uma sugestão ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

A ideia, classificada como “excelente” pelo ministro, no entanto, chega com um tanto de atraso de mais de 1 ano e após 421 mil mortes em decorrência da doença do coronavírus no país. Ela sugere ampliar a testagem da população, algo que é defendido por especialistas desde os primeiros meses da crise sanitária e que não foi encampado pelo governo que a deputada defende.

Sem máscara, Bia Kicis gravou um vídeo afirmando que Queiroga tem “uma boa notícia”, ao que o ministro disse: “Encontrei nossa querida deputada e conversávamos aqui, ela trouxe uma sugestão, uma sugestão excelente, que é ampliar a testagem da população contra a Covid. Hoje temos os testes rápidos que são muito importantes para a gente selecionar aqueles que tem a doença daqueles que não tem com isso promover o retorno rápido da nossa economia. Então, já estamos com esse projeto em andamento”.

Entre os 15 países em todo o mundo que mais foram afetados pela pandemia, o Brasil é atualmente o país que menos realiza a testagem da Covid.

A sugestão atrasada de Bia Kicis propondo ampliar os testes contrasta com seu negacionismo. Em janeiro, por exemplo, a deputada ensinou um “truque maravilhoso” para burlar o uso obrigatório de máscara de proteção em locais públicos.

Em vídeo postado pela DJ e influenciadora Pietra Bertolazzi, que nas redes se define como “antifeminista” e “anticomunista”, Kicis endossa a ideia de andar com uma garrafa d’água nas mãos para poder não usar a proteção contra a Covid-19. O vídeo não está mais disponível no perfil de Pietra, mas o perfil Brazil CovidFest, que vem denunciando situações do tipo, salvou e divulgou as imagens.

“Gente, a Bia tem um truque maravilhoso para quem não quer usar máscara. Ela tá sempre com uma garrafinha de água. Aí quando falam: ‘senhora, a senhora tem que usar máscara’. Ela fala: ‘só estou tomando uma aguinha, já ponho’. Aí ela nunca põe”, afirma a influenciadora no vídeo, ao que a deputada responde: “É o jeito, né, gente. Não dá. Eu quero respirar, eu preciso respirar”.

sexta-feira, 7 de maio de 2021

Pazuello é aconselhado a ir fardado à CPI e teme ser abandonado por Bolsonaro

 O general Eduardo Pazuello receia acabar como um cão sarnento, daqueles que ninguém quer por perto. Com o avanço da CPI da Covid, o ex-ministro da Saúde teme ficar sem o apoio do governo a que serviu e da corporação a que ainda pertence.

Ilustra essa situação a questão em torno de como ele deverá ir trajado ao depoimento adiado para o dia 19, se de farda ou à paisana.

O comando do Exército já sinalizou preferir que o general se apresente à comissão em trajes civis, de modo a não associar o evento à Força. Amigos, no entanto, vêm aconselhando Pazuello a fazer justamente o contrário: aparecer fardado e com as suas três estrelas sobre os ombros.

A ideia é “amarrar” sua imagem à do Exército para, assim, desencorajar “avanços” de parlamentares, cujos ataques poderiam ser lidos como agressões aos militares.

quinta-feira, 6 de maio de 2021

Apresentador do Manhattan Connection pede demissão em solidariedade a Diogo Mainardi

 O jornalista e comentarista Pedro Andrade anunciou sua saída do “Manhattan Connection”. Segundo o site “O Antagonista”, ele tomou essa decisão em solidariedade a Diogo Mainardi, que pediu demissão do programa na última terça-feira.

Lucas Mendes e Caio Blinder, por razões contratuais, ainda estão à disposição do “Manhattan Connection”. Não se sabe, porém, se o formato permanecerá na TV pública.

O desmonte do “Manhattan Connection” é resultado do intenso burburinho do episódio “vai tomar no c*, Kakay”, registrado na edição da semana passada. (…)