sábado, 3 de março de 2018

Sérgio Cabral é condenado a 13 anos por lavagem de dinheiro; soma das penas chega a 100 anos



Foto de arquivo mostra ex-governador do RJ Sergio Cabral sendo levado para exame de corpo de delito no IML em Curitiba (PR), onde está preso. (Foto: Rodolfo Buhrer/FotoArena/Estadão Conteúdo)O ex-governador do RJ Sérgio Cabral foi condenado a 13 anos e 4 meses de prisão pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, por lavagem de dinheiro. Também foi condenada a ex-primeira-dama do RJ Adriana Ancelo e mais duas pessoas.
É o 5º processo que resulta em condenação de Cabral na Justiça Federal. Nas quatro processos anteriores, Cabral já havia sido condenado a 87 anos de prisão.
Somadas, as penas agora chegam a 100 anos de prisão em cinco processos: quatro com Bretas, no Rio, e um com o juiz Sérgio Moro, no Paraná (veja abaixo as condenações de Cabral).
De acordo com o juiz Marcelo Bretas, a culpa de Sérgio Cabral "se mostra bastante acentuada". Para o magistrado, o ex-governador do RJ é o principal idealizador do esquema de lavagem de dinheiro revelado a partir da operação Calicute, deflagrada em novembro de 2016, quando Cabral foi preso.
"A magnitude de tal esquema impressiona, sobretudo pela quantidade de dinheiro movimentado. Especificamente no caso dos autos, foram "lavados" mais de R$ 4 milhões em apenas 5 operações de compra de joias. Não bastasse isso, a lavagem de dinheiro que tem como crime antecedente a corrupção reveste-se de maior gravidade, por motivos óbvios, merecendo o seu mentor intelectual juízo de reprovação mais severo", escreveu Marcelo Bretas em sua decisão.
Foram condenados nesta sexta-feira (2):
  • Sérgio Cabral, ex-governador do RJ: 13 anos e 4 meses de prisão
  • Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador: 10 anos e 8 meses de prisão
  • Carlos Miranda, operador de Sérgio Cabral: 8 anos e 10 meses de prisão
  • Luiz Carlos Bezerra, chamado de "homem de mala" do ex-governador: 4 anos de prisão
Na avaliação do juiz Bretas, Adriana Ancelmo, ex-primeira-dama do RJ, teria sido a "principal beneficiária da lavagem de dinheiro". De acordo com o magistrado, a mulher de Cabral adquiriu uma quantidade de joias que chegam a R$ 4,5 milhões.
As condenações de Cabral:
  • 2.mar.2018: 13 anos e 4 meses de prisão por lavagem de dinheiro
  • 19.dez.2017: 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro na operação Eficiência 2
  • 20.out.2017: 13 anos de prisão por lavagem de dinheiro na operação Mascate
  • 20.set.2017: 45 anos e 2 meses de prisão na Operação Calicutepelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e pertencimento a organização criminosa
  • 13.jun.2017: 14 anos e 2 meses de prisão na operação Lava Jato pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro


sexta-feira, 2 de março de 2018

Pastor Marcos Pereira poderá ser preso novamente!

Ambulante faz 'espetinho' de bem-te-vi para vender em praia e acaba preso

Um ambulante de 59 anos foi detido em flagrante em Ilha Comprida, no litoral de São Paulo, por suspeita de matar aves nativas de uma unidade de conservação ambiental para vendê-las como "espetinho de frango" nas praias da cidade. Ele também foi multado em R$ 10 mil, segundo a informações da Polícia Militar Ambiental (PMA).
Aves nativas da região foram encontradas sendo depenadas por ambulante (Foto: Divulgação/Polícia Militar Ambiental)
O homem foi encontrado nas proximidades da própria casa, no bairro Balneário Di Franco, durante patrulhamento rotineiro de uma equipe da PMA. Na aproximação da viatura, ele se mostrou nervoso e os policiais decidiram por realizar a abordagem. Ao ser questionado, o suspeito admitiu que possuía uma espingarda de pressão.
Fiscais da vigilância sanitária constataram que carne estava estragada em freezer (Foto: Divulgação/Polícia Militar Ambiental)O ambulante permitiu que os policiais entrassem na residência para realizar uma vistoria. Além da arma sem poder de fogo, foram encontradas 10 aves abatidas guardadas em um freezer. Os animais estavam depenados e, por isso, levantou-se a suspeita de que seriam utilizadas nos espetinhos que ele vende na região da orla.Em outro compartimento, mais 240 quilos de carne, sem procedência, também foram encontrados. O homem foi detido e a Vigilância Sanitária da cidade foi acionada. As fiscais do município constataram que todos os produtos ali eram impróprios para consumo e, por isso, acabaram os apreendendo para serem destruídos.
Aves nativas foram encontradas com ambulante que vende espetinhos na praia (Foto: Divulgação/Polícia Militar Ambiental)Entre as aves encontradas, os policiais identificaram as espécies sabiá, bem-te-vi e columbina. O ambulante admitiu que as caçou com a espingarda dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) de Ilha Comprida, mas negou aos policiais que as revenderia. Mesmo assim, teve a licença de trabalho cancelada pela prefeitura.
Os policiais o encaminharam até a Delegacia Sede da cidade, onde acabou enquadrado na lei de crimes ambientais e por comercializar produtos inapropriados para o consumo humano. Já pela Secretaria de Meio Ambiental (SMA) do Estado, o homem foi multado. 

Prefeito é amarrado e humilhado pela população por não cumprir promessas

Moradores de San Buenaventura, município ao norte de La Paz, na Bolívia decidiram, por conta própria, aplicar um castigo ao prefeito da localidade por supostamente não ter cumprido compromissos que assumiu. Javier Delgado ficou preso pela perna em um cepo para imobilizar animais por uma hora, de acordo com o jornal “El Deber”.
O diário "Los Tiempos" informa que a penalidade foi aplicada porque pessoas da comunidade de San José de Uchupiamonas reclamaram não tiveram pedidos atendidos pelo prefeito.
A Constituição boliviana de 2009 reconhece o conceito de Justiça comunitária para os indígenas, mas não prevê punições físicas, apenas sanções menores como multas ou trabalhos comunitários.
A lei prevê que os moradores “julguem” apenas delitos menores como roubo de gado ou invasão de terras. Os crimes mais graves devem ser encaminhados à Justiça comum. Porém, moradores da área rural costumam ir além e chegam a tomar atitudes extremas, como linchar ladrões.
"O povo o recebeu e a condição era que o puséssemos no cepo. Ele não cumpriu distintos compromissos que contraiu com a população de San José e o mais complicado é que a gente de San José, as autoridades da comunidade se queixaram de que quando eles vão [até o prefeito], não os atende com prioridade", disse o morador Daniel Salvador.
Para o prefeito, houve “uma total confusão, uma tergiversação [distorção] da informação” motivada por pessoas que buscam revogar o seu mandato. Segundo ele, no protesto havia pessoas defendendo interesses pessoais e políticos.
Uma foto divulgada pelo jornal mostra o prefeito sentado no chão com a perna presa à estrutura de madeira conhecida como cepo.
Ele já tinha sido submetido a essa punição em 2015 e 2016 no povoado de Tumupasa, um assentamento da etnia Tacana. O jornal "El Dia" afirma que nas duas primeiras ocasiões ele foi acusado de não cumprir suas funções e mentir para seus eleitores.

'Castigo moral'

Delgado afirmou que não pode se defender porque estava “praticamente decidido o castigo” ainda que depois ele tenha conseguido esclarecer a situação.
“Tenho o vídeo em que eles me pedem desculpas em público. Trata-se de uma intransigência por má informação, por desinformação intencionada”, declarou.
Delgado declarou ter ficado profundamente triste com o ocorrido. “[Foi um castigo] mais que físico, moral”.

Polícia apreende carro e bens de família que arrecadou dinheiro com campanha para ajudar bebê em SC



Menino Jonatas sofre de Atrofia Muscular Espinhal (Foto: Reprodução/NSC TV)A Polícia Civil apreendeu na manhã desta quinta-feira (1º) um carro avaliado R$ 140 mil, celulares, alianças no valor de R$ 7 mil, relógios e outros objetos na casa da família do menino Jonatas, que sofre de uma doença degenerativa rara, em Joinville, no Norte catarinense.
Os pais são investigados por suspeita de terem usado parte das doações arrecadadas pela campanha "AME Jonatas" para pagar luxos. 
A campanha arrecadou quase R$ 4 milhões. Jonatas, de 1 ano e 8 meses, tem atrofia muscular espinhal (AME) e as doações foram pedidas para pagar a primeira parte do tratamento da criança. Ele continua em tratamento domiciliar.
O mandado de busca e apreensão foi cumprido pelos policiais civis por volta das 6h. A delegada responsável pelo caso, Geórgia Bastos, disse à NSC TV que a ação policial faz parte do inquérito e que na sexta-feira (2) a Polícia Civil vai informar o andamento da investigação.

Investigação

A Justiça bloqueou em janeiro, de forma liminar, os valores levantados com a campanha, a pedido do Ministério Público de Santa Catarina. O MPSC argumentou que tinha recebido informações de que o dinheiro doado na campanha estaria sendo usado para bancar luxos, como uma viagem para passar o réveillon em Fernando de Noronha e a compra de um carro de R$ 140 mil.
O Ministério Público também justificou o pedido do bloqueio porque o casal não estava cumprindo acordo feito em audiência em outubro de 2017 para que prestasse contas dos recursos arrecadados e despesas.
Em fevereiro, a Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso, a pedido do MPSC. No mesmo mês, a Justiça negou pedido da família para desbloquear os recursos conseguidos com a campanha.

quinta-feira, 1 de março de 2018

Noruega manda matar mais de 1.400 renas

Para conter uma doença cerebral contagiosa, mais de 1.400 renas selvagens foram mortas na Noruega desde novembro. O Ministério do Meio de Ambiente da Noruega comunicou, nesta terça-feira (27), ter concluído o abate, iniciado depois que a doença foi detectada em 17 animais. Ao todo, 38 mil foram examinados.
A doença CWD ataca o sistema nervoso central, mas, segundo especialista, não há registros de transmissão a humanos (Foto: L0nd0ner/Creative Commons)Os testes mostraram que 17 das renas abatidas na região de Nordfjella, entre Oslo e Bergen, apresentavam a perigosa Doença da Debilidade Crônica (CWD, na sigla em inglês). Até agora, a Noruega é o único país da Europa que registrou a doença.
A CWD é uma doença contagiosa, semelhante ao Mal da Vaca Louca (Encefalopatia espongiforme bovina) e a Scrapie (Paraplexia enzoótica dos Ovinos). A CWD ataca o sistema nervoso central e é fatal. Segundo especialistas, não há registros de transmissão de CWD a humanos e animais de estimação.
"É triste que a doença tenha eclodido em nosso país e foi uma decisão difícil de abater todo o rebanho", disse o ministro da Agricultura da Noruega, Jon Georg Dale, que acrescentou que a tarefa foi completada antes da temporada de partos. Ele garantiu a existência de planos de reintroduzir renas selvagens saudáveis na região de Nordfjella.
A CWD foi detectada pela primeira vez em abril de 2016 numa rena que vivia nas montanhas entre Hemsedal e Laerdal, no centro do país. Foi o primeiro caso da doença fora da América do Norte ou da Coreia do Sul.
Caçadores na região receberam um pedido para que enviasse as cabeças de alces e renas mortos para um instituto veterinário. Depois que a doença foi constatada em outras duas renas e dois alces, o Ministério da Agricultura da Noruega decidiu abater o rebanho.
Não está claro como as renas selvagens contraíram a doença degenerativa. Provavelmente o agente patogênico é transmitido por meio de carcaças de animais doentes e fezes. A CWD não é curável, os cervídeos infectados morrem. Por razões de segurança, a carne de cervídeos das áreas afetadas deve ser examinada antes do consumo.

Após 16 dias, bebê ferido em tiroteio na UPA deixa o hospital

O bebê baleado no tiroteio ocorrido no dia 13 de fevereiro, durante tentativa de resgate a um preso na UPA Morada do Ouro, vai voltar para casa nesta quinta-feira (1).

O bebê de seis meses recebeu alta médica após a retirada do projétil que estava alojado na coluna. A cirurgia foi realizada no Hospital Universitário Júlio Müller no último fim de semana.

Ele foi atingido no tórax e na mão, durante tiroteio entre agentes prisionais e criminosos que tentavam fazer o resgate. Na ocosião a mãe do bebê também ficou ferida, mas teve alta logo em seguida.

A exemplo das demais vítimas, ele esteve aos cuidados dos profissionais do Pronto-Socorro de Cuiabá, onde os médicos fizeram uma sutura no ferimento da mão, e, após isso, o encaminharam para a UTI, devido à idade e para tratar de uma pneumonia, motivo pelo qual fora levado à UPA. 

Os demais feridos já receberam alta, dentre eles a mãe do bebê, atingida por um tiro de raspão no braço, a enfermeira de 51 anos, atingida na perna, na altura da coxa, e o agente prisional, 33 anos, também atingido na coxa. Os três também foram atendidos no PS e não tiveram maiores complicações clínicas.

A paciente Dayane da Silva Romão, 33 anos, considerada pela equipe médica como o caso mais grave, também foi atingida no tórax.

Ela passou por um procedimento cirúrgico para drenagens e ficou mantida na UTI para acompanhamento. Alguns dias após receber alta da UTI, foi encaminhada para o Hospital Santa Helena, onde segue com sua recuperação.

O caso

O tiroteio aconteceu quando bandidos tentavam resgatar José Edmilson Bezerra Filho, de 31 anos, que está preso na Penitenciária Central de Cuiabá e reclamou de dores nas costas. Apesar da ação dos comparsas, ele não foi resgatado.