sexta-feira, 2 de março de 2018

Ambulante faz 'espetinho' de bem-te-vi para vender em praia e acaba preso

Um ambulante de 59 anos foi detido em flagrante em Ilha Comprida, no litoral de São Paulo, por suspeita de matar aves nativas de uma unidade de conservação ambiental para vendê-las como "espetinho de frango" nas praias da cidade. Ele também foi multado em R$ 10 mil, segundo a informações da Polícia Militar Ambiental (PMA).
Aves nativas da região foram encontradas sendo depenadas por ambulante (Foto: Divulgação/Polícia Militar Ambiental)
O homem foi encontrado nas proximidades da própria casa, no bairro Balneário Di Franco, durante patrulhamento rotineiro de uma equipe da PMA. Na aproximação da viatura, ele se mostrou nervoso e os policiais decidiram por realizar a abordagem. Ao ser questionado, o suspeito admitiu que possuía uma espingarda de pressão.
Fiscais da vigilância sanitária constataram que carne estava estragada em freezer (Foto: Divulgação/Polícia Militar Ambiental)O ambulante permitiu que os policiais entrassem na residência para realizar uma vistoria. Além da arma sem poder de fogo, foram encontradas 10 aves abatidas guardadas em um freezer. Os animais estavam depenados e, por isso, levantou-se a suspeita de que seriam utilizadas nos espetinhos que ele vende na região da orla.Em outro compartimento, mais 240 quilos de carne, sem procedência, também foram encontrados. O homem foi detido e a Vigilância Sanitária da cidade foi acionada. As fiscais do município constataram que todos os produtos ali eram impróprios para consumo e, por isso, acabaram os apreendendo para serem destruídos.
Aves nativas foram encontradas com ambulante que vende espetinhos na praia (Foto: Divulgação/Polícia Militar Ambiental)Entre as aves encontradas, os policiais identificaram as espécies sabiá, bem-te-vi e columbina. O ambulante admitiu que as caçou com a espingarda dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) de Ilha Comprida, mas negou aos policiais que as revenderia. Mesmo assim, teve a licença de trabalho cancelada pela prefeitura.
Os policiais o encaminharam até a Delegacia Sede da cidade, onde acabou enquadrado na lei de crimes ambientais e por comercializar produtos inapropriados para o consumo humano. Já pela Secretaria de Meio Ambiental (SMA) do Estado, o homem foi multado. 

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