segunda-feira, 3 de maio de 2021

“Estou sendo apedrejada na cadeia”, diz mãe de Henry, que acusa Jairinho de farsa

Em nova carta divulgada pelo programa Fantástico, da TV Globo, neste domingo (2), Monique Mendeiros, presa acusada de matar o filho Henry Borel juntamente com o vereador Jairo Souza Santos, o doutor Jairinho, diz que está “sendo apedrejada na cadeia” porque as detentas acreditam que ela permitia que o menino fosse agredido.

“Eu estou sendo apedrejada na cadeia! Todos os dias elas gritam dizendo que vou morrer e que irão me matar, pois acreditam que eu deixava o Jairinho bater no Henry”, diz trecho da carta.

No texto, a mãe de Henry relata uma nova versão – diferente de seu depoimento à polícia – e acusa seu primeiro advogado de de ter montado uma farsa para proteger Jairinho.

Na carta, Monique diz que o primeiro advogado só aceitaria o caso se eles se unissem e combinassem uma versão inventada. A defesa do casal custaria R$ 2 milhões.

“O Dr. André (Barreto, advogado) se apresentou, disse que era casado, que tinha 4 filhos, que estudou para ser padre, que era religioso e que não pegava casos de homicídios se não acreditasse na inocência dos seus clientes e nos separou. Fez uma entrevista particular comigo (…). E depois, fez a mesma coisa com Jairinho separado. No dia seguinte, o Dr. André foi até a casa do pai do Jairinho para conversarmos, mas que só aceitaria o caso se nos uníssemos e combinássemos uma versão inventada (…). Na mesma hora eu questionei por que eu não poderia dizer o que realmente tinha acontecido, já que tinha sido um ‘acidente doméstico’ (…). Eu ainda não estava satisfeita e disse que falaria a verdade, que eu não via problema algum (…). Foi quando a família dele disse que aquela seria a única versão! Que o Dr. André era um excelente criminalista, que ele teria cobrado 2 milhões de reais pelo casal (mas que só depois percebi que a defesa era apenas do Jairinho)”, diz ela, na carta.

Monique ainda afirma que recebeu as informações sobre o laudo do Instituto Médico Legal (IML), que apontam sinais de espancamento e tortura, de Leniel Borel, pai de Henry.

“Leniel me ligou dizendo que havia alguma coisa errada com o exame do Henry. Que estava constando: laceração hepática, por uma ação contundente e hemorragia interna”.

Leniel confirmou ao Fantástico que indagou a esposa sobre o laudo do IML.

“E aí eu mostrei pra ela e falei: olha só, Monique. Tá vendo aqui. Isso aqui não é natural. O policial tava próximo e eu falei: isso é natural? Não. Isso é uma agressão. Ela não falou nada, Carlos. Nada ela falou naquele momento. Ficou quieta. Depois foi pra fora do IML ali e ficou chorando com o irmão mas não falou nada”, disse Leniel. 

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