A investigação apura possível esquema de falsificação de documentos. Funcionários públicos e pessoas do setor privado estariam envolvidos na operação, cujo objetivo seria obter negócios ilegais e benefícios patrimoniais. Uma equipe de investigadores está revirando computadores do Ministério do Interior do Paraguai, responsável pela Direção Geral de Imigração. Outro foco passou a ser o Banco Nacional de Fomento.
Foram abertas três contas correntes em nome de Ronaldinho Gaúcho; de seu irmão, Roberto Assis; e de Wilmondes Sousa Lira, empresário e amigo da dupla. Em cada conta foram depositados US$ 5 mil (cerca de R$ 20 mil) como garantia para iniciar o processo de naturalização paraguaia.
Uma funcionária do banco que teve acesso para operar as contas, o que é proibido, foi processada por violar os regulamentos internos. Os investigadores querem descobrir sua relação com Ronaldinho e, possivelmente, com a organização criminosa. A Subsecretária de Estado da Tributação também está sob suspeita. Um dos advogados de Dalia foi flagrado tentando se passar por funcionário do órgão no aeroporto internacional de Luque, nos arredores de Assunção. Por esse aeroporto, Ronaldinho e o irmão entraram com passaportes falsos no país, na semana passada.
Dois funcionários do alto escalão já deixaram o governo. Alexis Penayo, diretor-geral de Imigração, renunciou ao cargo um dia depois de estourar o escândalo. O ex-chanceler Rubén Melgarejo Lanzoni demitiu-se do cargo de assessor geopolítico e questões internacionais do Ministério do Interior após ser revelado que Dalia havia contratado um escritório de advocacia ligado a ele.
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