Segundo a denúncia, a prefeitura aplicou, sem licitação, R$ 1,6 milhão no evento religioso Marcha Para Jesus, em 2012.
A decisão é da juíza Mirela Erbisti, da 3ª Vara de Fazenda Pública do Rio e foi divulgada na última quinta-feira (24). A magistrada recebeu a acusação feita pelo Ministério Público.
Na decisão, a magistrada aponta que “há indícios suficientes da participação de cada um dos demandados na prática do ato ímprobo”. Paes, segundo ela, “deveria zelar pelo bom uso do dinheiro público”, assim como o ex-secretário da Casa Civil.
Malafaia, diz a juíza na decisão, “teria se locupletado com o evento, eis que era presidente e representante legal da Comerj, esta a beneficiária direta do ato ímprobo”. “Promovendo seu nome pessoal e a associação, concorreu ainda para o gasto aparentemente irregular do município”.
A Marcha Para Jesus é um evento internacional que mistura fiéis de diversas religiões evangélicas, em festa comandada por trios elétricos que reúne centena de milhares de pessoas.
A defesa de Silas Malafaia alega que o pastor evangélico é vítima de “perseguição religiosa”. O próprio Malafaia gravou um vídeo em que ataca a juíza e afirma que ela “não é digna de usar a toga”.
Os nomes dos réus:
• Eduardo Paes, ex-prefeito do Rio;
• Guilherme Schleder, ex-chefe da Casa Civil;
• Município do Rio;
• Conselho dos Ministros Evangélicos do Rio (Comerj);
• Silas Malafaia, presidente do Comerj.
Amigo de Malafaia, o deputado e pastor Marco Feliciano se manifestou sobre o episódio. “Quando um membro do corpo de Cristo é atingido todo corpo sente”, lamentou o parlamentar.
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