Na noite de domingo (16), a campanha de Bolsonaro fez circular um vídeo no qual o ex-capitão põe em xeque a lisura do processo eleitoral. Toffoli respondeu que é "lenda" essa história de que as urnas estão sujeitas à fraude. Ele disse que os equipamentos foram colocados à disposição para auditoria e lembrou que o pleito deste ano, inclusive, será acompanhado por observadores internacionais.
"As urnas eletrônicas são totalmente confiáveis. Os sistemas são abertos para auditagens para todos os partidos, Ministério Público e a OAB. Pela primeira vez, vamos ter observadores internacionais, a OEA. Isso é necessário e importante para acabar com determinadas lendas que possam surgir."
O candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, que precisa desidratar a campanha de Bolsonaro se quiser chegar ao segundo turno, aproveitou o ensejo para atacar o adversário. "Ele está querendo justificar a derrota antecipada? Por que fraude? Eu disputei dez eleições, ganhei, perdi. Não teve fraude nenhuma. O Brasil é exemplo para o mundo de avanço na área tecnológica, na área eleitoral", provocou Alckmin.
A PAUTA DE TOFFOLI
Toffoli também disse à imprensa que, no comando do Supremo, não colocará a prisão a partir de condenação em segunda instância, cujas ações estão sob a relatoria de Marco Aurélio Mello, para votação ainda neste ano. Segundo Toffoli, seria "negativo julgar agora a prisão após condenação em segunda instância, porque em 2016 o STF já se manifestou sobre o tema."
Além disso, "em razão das eleições, o Supremo não vai julgar ações polêmicas."
O ministro disse que tem como prioridades acelerar ações envolvendo casos de homicídio, para que condenados por júri passem a cumprir a pena de prisão.
Toffoli afirmou ainda que o STF seguirá apoiando a Lava Jato, mas que está "pronto para coibir abusos" da operação e rever delações se houver "nulidade" cometida pelo delator.
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