"Várias testemunhas relatam que ela disse que foi Alá que a pediu para fazer isso, que eles eram todos hereges e que ela queria que a Polícia a matasse", disse o procurador de Toulon, Bernard Marchal.
Dominada rapidamente no supermercado Leclerc em La Seyne-sur-Mer, perto de Toulon, a mulher de 24 anos ainda era mantida sob custódia no domingo à noite.
Com "problemas psiquiátricos sérios", a autora dos golpes não tinha registros de radicalização na Polícia.
"Na casa dela encontramos apenas um velho Alcorão e uma bandeira argelina, e o computador foi apreendido", informou o procurador.
A revista policial em seu estúdio em um bairro residencial, a apenas alguns minutos do supermercado, terminou neste domingo à noite.
"Ao contrário do que foi dito no início, ela não usava véu, mas uma túnica preta com calça preta, e óculos escuros", afirmou Marchal.
Eram 10h30, quando um cliente que esperava no caixa do supermercado Leclerc do bairro de Sablettes em La Seyne-sur-Mer foi, de repente, atacado e ferido com um estilete, no tórax e na coxa, por uma mulher que se jogou sobre ele, gritando "Alá é grande". Uma caixa que tentou interceder também foi ferida, segundo várias fontes.
Sébastien, um eletricista de Saint-Mandrier que passava no caixa no momento do ataque, "viu um senhor cair no chão, e uma caixa ser agredida", disse ele à imprensa, na saída da delegacia.
Segundo ele, a autora dos golpes, que tinha uma voz "muito doce", "estava em pânico, ela estava com medo, ela não sabia o que estava acontecendo (...) ela não tinha mais força, mais nada...".
"'Por que você fez isso?', eu perguntei a ela, mas ela não respondeu", acrescentou o eletricista.
"O homem ferido segurava a coxa, estava sangrando e disse que 'ela gritou Alá é grande e me fez isso!'. Ela não negou, ela abaixava a cabeça", completou.
Desde 2015, a França sofreu uma onda de atentados radicais que deixou 246 mortos. O último foi um ataque a faca em 12 de maio passado, no centro de Paris.
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