Muitos pesquisadores em todo o mundo estavam perseguindo a tinta biológica ideal para tornar este processo possível — afirmou Che Connon, professor na Newscastle que liderou o estudo publicado nesta quarta-feira na revista “Experimental Eye Research”. — Nosso gel mantém as células vivas enquanto produz um material que é duro o suficiente para manter a forma, mas macio o suficiente para ser espremido no bico de uma impressora 3D.
Trata-se apenas da demonstração da tecnologia, sem qualquer teste clínico ou em animais, mas com potencial para a produção indefinida de córneas, solucionando o problema global da falta de doadores. Além das 10 milhões de pessoas em filas de transplantes, existem no mundo cerca de 5 milhões de pessoas cegas por problemas na córnea.
Além da oferta indefinida, a técnica tem a vantagem de permitir a produção de córneas individualizadas, seguindo as medidas exatas dos olhos dos pacientes. Por escaneamento tridimensional, os médicos são capazes de medir de forma exata o tamanho e o formato da córnea a ser impressa.
— Nossas córneas impressas em 3D agora terão que passar por testes e ainda faltam alguns anos antes de estarmos em posição de usá-las para transplantes — disse Connon. — Entretanto, nós demonstramos que é possível imprimir córneas usando coordenadas retiradas dos olhos do paciente e que esta abordagem tem potencial para combater a falta global de doadores.
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