O acordo foi assinado ontem à tarde entre Ministérios Públicos estadual e federal, governo do estado e Judiciário. A secretaria de Educação vai poder usar o dinheiro para obras e reformas de infraestrutura. O projeto terá que ser aprovado pelo juiz da Lava-Jato no Rio, Marcelo Bretas. Os procuradores disseram que o uso do dinheiro terá um conrole rígido.
— Houve um critério objetivo para a identificação das escolas que precisam das reformas. Houve metolodia para transferência dos recursos. Foi estabelecido um órgão externo para acompanhamento dos projetos e prestação de contas. A escolha da destinação foi feita pelo estado — disse o procurador da República Sérgio Pinel.
Ontem, um dos operadores do esquema de Cabral, Carlos Miranda, foi ouvido em depoimento pelo juiz Marcelo Bretas. Ele disse que também havia esquema de propina na Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), além do Detran e das secretarias de Educação e de Saúde. Ele afirmou ainda que o próprio Cabral se assustou ao saber que mais de R$ 300 milhões da organização criminosa já foram devolvidos.
Cabral também foi interrogado ontem por Bretas por videconferência. No entanto, não quis responder às perguntas, alegando “direito de defesa prejudicado”.
“Tenho respondido a todas questões trazidas pelo senhor, pelo Ministério Público Federal. Mas nesse caso o meu direito de defesa está prejudicado. Estou há mais de 30 dias em Curitiba, não tive oportunidade de estar com meu advogado”, disse o ex-governador.
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