O consulado do Brasil em Miami declarou que não há brasileiros entre as vítimas do tiroteio numa escola em Parkland, no estado americano da Flórida. Na tarde desta quarta-feira (14), um ex-aluno matou 17 pessoas na escola. Os correspondentes Tiago Eltz e Lucas Louis tiveram nesta quinta-feira (15) na cidade, que já foi considerada a mais segura do estado.
Gabriel voltou nesta quinta, para a escola, que ele nunca mais vai ver como antes.
“Eu gosto muito daqui, do lugar e tudo, mas naquele prédio eu não quero voltar. Eu olho pro corredor, eu só vejo sangue, só vejo cartucho de bala no chão, vidro e mais três pessoas mortas no chão. Eu não vou conseguir entrar pela porta, e não imaginar isso” conta o estudante Gabriel Cruz Carvalho.
Ele estava no primeiro andar do prédio onde tudo começou. Quando entendeu o que estava acontecendo, tentou falar com a mãe.
“A minha primeira reação foi ligar pra ela, porque eu achei que ia morrer. Naquela hora eu sabia que eu ia morrer, e que eu tinha que falar com a minha mãe, então eu liguei pra ela, e ela não respondia. Foi a sensação mais agonizante que eu já tive na minha vida. Tiro, tiro, tiro”, desabafa Gabriel.
“Quando eu vi ele correndo, nossa, eu só conseguia agradecer a Deus. Meu filho tava vivo. Depois do nascimento dele, eu acho que a sensação mais maravilhosa que eu já tive na vida, foi abraçar meu filho depois de tudo isso”, diz Ana Paula Cruz Carvalho, mãe de Gabriel.
Mas 17 famílias, não tiveram a chance de dar um abraço, como o deles, novamente.
O atirador chegou na escola perto do término das aulas. Ele usava uma máscara de gás, carregava um fuzil AR-15 e granadas de fumaça.
Antes de entrar, matou três pessoas. Dentro, acionou o alarme de incêndio.
Os alunos estranharam, porque já tinham passado por um treinamento durante a manhã, mas saíram das salas mesmo assim. E foram surpreendidos pelo atirador.
Antes de entrar, matou três pessoas. Dentro, acionou o alarme de incêndio.
Os alunos estranharam, porque já tinham passado por um treinamento durante a manhã, mas saíram das salas mesmo assim. E foram surpreendidos pelo atirador.
As imagens do lado de dentro mostram momentos de pânico.
Alunos e professores se protegeram como puderam. Alguns se esconderam em armários.
E em cerca de dez minutos, o atirador matou 12 pessoas dentro do prédio. Outras duas foram atendidas, mas morreram no hospital.
Uma das vítimas é o técnico de futebol americano Aaron Feis. Ele usou o corpo como escudo para proteger os alunos.
Enquanto a polícia procurava pelo autor dos disparos, os alunos foram sendo retirados da escola. O assassino se misturou a eles, e também saiu.
Uma hora depois, foi preso pela polícia já em outra cidade.
Nikolas Cruz tem 19 anos. Ele foi expulso do Marjory Stoneman Douglas em 2017.
Alunos e professores se protegeram como puderam. Alguns se esconderam em armários.
E em cerca de dez minutos, o atirador matou 12 pessoas dentro do prédio. Outras duas foram atendidas, mas morreram no hospital.
Uma das vítimas é o técnico de futebol americano Aaron Feis. Ele usou o corpo como escudo para proteger os alunos.
Enquanto a polícia procurava pelo autor dos disparos, os alunos foram sendo retirados da escola. O assassino se misturou a eles, e também saiu.
Uma hora depois, foi preso pela polícia já em outra cidade.
Nikolas Cruz tem 19 anos. Ele foi expulso do Marjory Stoneman Douglas em 2017.
Alunos e professores dizem que ele era quieto, estranho, chegou a perseguir uma das alunas da escola.
Nikolas fazia parte de um grupo de supremacistas brancos e passou até por um treinamento paramilitar.
Nas redes sociais, colocava fotos de armas e munições.
O FBI confirmou que, em setembro de 2017, recebeu um alerta de que um internauta identificado como Nikolas Cruz havia comentado num vídeo na internet: "Vou ser um atirador de escola profissional".
"Investigamos, mas não conseguimos identificar a pessoa que fez os comentários", disse nesta quinta, o policial responsável pelo caso.
Nikolas Cruz foi levado nesta quinta ao Tribunal, e se manteve em silêncio. Foi acusado por 17 crimes de homicídio premeditado - sem direito à fiança. O que pode levar a pena de morte na Flórida.
Nikolas fazia parte de um grupo de supremacistas brancos e passou até por um treinamento paramilitar.
Nas redes sociais, colocava fotos de armas e munições.
O FBI confirmou que, em setembro de 2017, recebeu um alerta de que um internauta identificado como Nikolas Cruz havia comentado num vídeo na internet: "Vou ser um atirador de escola profissional".
"Investigamos, mas não conseguimos identificar a pessoa que fez os comentários", disse nesta quinta, o policial responsável pelo caso.
Nikolas Cruz foi levado nesta quinta ao Tribunal, e se manteve em silêncio. Foi acusado por 17 crimes de homicídio premeditado - sem direito à fiança. O que pode levar a pena de morte na Flórida.
Centenas de alunos passaram o dia reunidos em um parque próximo a escola, onde a prefeitura montou um posto de atendimento psicológico. Esse tipo de ferida psicológica deve ser uma das mais difíceis de curar.
A Maria tem dois filhos. Um casal que estuda na escola a menos de um ano. Os dois filhos dela escaparam com vida, mas a família está em pedaços.
“É um pavor que eu não desejo pra mais ninguém nesse mundo. Esse pavor, esse medo, desespero. Deus me livre” lamenta Maria das Dores Toledo Carvalho, mãe dos dois alunos.
O ataque em Parkland, na Flórida, foi um dos massacres mais graves em escolas americanas da história. O atirador, de 19 anos, comprou arma legalmente.
É o que mostra a reportagem do correspondente Luís Fernando Silva Pinto.
Donald Trump fez um pronunciamento de seis minutos sobre o ataque na Flórida.
Depois de afirmar que o atirador é uma pessoa com distúrbios, o presidente prometeu trabalhar com autoridades locais em todo o país para melhorar a assistência a casos de saúde mental.
Depois de afirmar que o atirador é uma pessoa com distúrbios, o presidente prometeu trabalhar com autoridades locais em todo o país para melhorar a assistência a casos de saúde mental.
Mas Trump não falou nada sobre o que torna esse tipo de ataque tão letal: as armas de alto poder de fogo.
O atirador tem 19 anos. A lei americana proíbe que ele compre bebidas alcoólicas, por exemplo, mas garante a ele e a qualquer cidadão o direito de ter armas. E ele comprou, legalmente, um fuzil semiautomático.
No passado, o próprio Donald Trump se dizia a favor de um controle mais rígido.
Mas, na campanha presidencial, ele foi o candidato que recebeu mais doações de organizações que defendem o comércio de armas no país.
No Congresso, o presidente da Câmara, Paul Ryan, que é do mesmo partido de Trump, disse que os americanos que respeitam a lei não podem perder seus direitos.
"Se alguém que não deveria ter uma arma, tem uma arma, temos que consertar isso. Uma coisa que sabemos é que há indícios de doença mental. Temos que melhorar o sistema para que essas pessoas não passem despercebidas".
O senador da oposição, o democrata Bill Nelson, da Flórida, acusou os republicanos de impedirem mudanças na venda de armas.
"Para quem diz que essa não é a hora de falar sobre controle de armas porque não devemos politizar uma tragédia, eu pergunto: ‘Quando é a hora certa? Depois do próximo ataque?"
Desde o final de 2012, os Estados Unidos tiveram 239 tiroteios em escolas.
Só em 2018, já foram 18.
Em 1999, dois alunos do ensino médio chocaram o país ao abrir fogo na escola de Columbine, no Colorado. Fizeram 13 vítimas.
O pior massacre deste tipo foi em 2007, quando um atirador matou 32 pessoas na Universidade Virginia Tech.
Em 2012, um ex-aluno invadiu a escola fundamental Sandy Hook, em Connecticut. 26 pessoas morreram - entre elas, 20 crianças, de 6 e 7 anos.
Mas, na campanha presidencial, ele foi o candidato que recebeu mais doações de organizações que defendem o comércio de armas no país.
No Congresso, o presidente da Câmara, Paul Ryan, que é do mesmo partido de Trump, disse que os americanos que respeitam a lei não podem perder seus direitos.
"Se alguém que não deveria ter uma arma, tem uma arma, temos que consertar isso. Uma coisa que sabemos é que há indícios de doença mental. Temos que melhorar o sistema para que essas pessoas não passem despercebidas".
O senador da oposição, o democrata Bill Nelson, da Flórida, acusou os republicanos de impedirem mudanças na venda de armas.
"Para quem diz que essa não é a hora de falar sobre controle de armas porque não devemos politizar uma tragédia, eu pergunto: ‘Quando é a hora certa? Depois do próximo ataque?"
Desde o final de 2012, os Estados Unidos tiveram 239 tiroteios em escolas.
Só em 2018, já foram 18.
Em 1999, dois alunos do ensino médio chocaram o país ao abrir fogo na escola de Columbine, no Colorado. Fizeram 13 vítimas.
O pior massacre deste tipo foi em 2007, quando um atirador matou 32 pessoas na Universidade Virginia Tech.
Em 2012, um ex-aluno invadiu a escola fundamental Sandy Hook, em Connecticut. 26 pessoas morreram - entre elas, 20 crianças, de 6 e 7 anos.
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