quarta-feira, 25 de outubro de 2017
Publicitário esconde que é gay para doar sangue para a tia
Um jovem de 25 anos precisou omitir sua homossexualidade para conseguir doar sangue para a tia internada por causa de uma leucemia.
Isso aconteceu porque uma portaria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) impede homens gays de doarem sangue por até 12 meses após terem relações sexuais. A norma é alvo de uma ação de constitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF).
O publicitário Bruno Diniz contou ao UOL diz que não sabia da restrição até ser impedido de participar de uma campanha realizada dentro da universidade, situação que ele classificou como “constrangedora”.
“Me senti humilhado por saber que estava sendo excluído única e exclusivamente por ser gay”, relatou.
Diniz chegou a prometer que não iria tentar doar novamente, mas acabou cedendo para ajudar a tia.
“Precisava arriscar”, disse ele, que completou: “É algo inadmissível. Até porque há muitos gays que não aparentam o que são e há muitos héteros que aparentam ser gays, mas não são.”
Atualmente, as regras gerais de doação de sangue no país são definidas pela portaria 158/2016, do Ministério da Saúde, e pela resolução 34/2014, da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Na semana passada, o ministro Edson Fachin, do STF, votou por derrubá-las. Em seu voto, ele disse que as normas geram “discriminação injustificada” e ofendem o princípio da dignidade da pessoa humana e da igualdade perante outros doadores.
“Orientação sexual não contamina ninguém. O preconceito, sim”, afirmou o ministro.
No processo, a Anvisa negou que a regra exclua homossexuais e bissexuais, mas apenas exige que eles atendam ao requisito – de não ter tido relação sexual com parceiros nos últimos 12 meses.
O Ministério da Saúde também negou tratamento discriminatório, alegando que a regra é uma dentre outras restrições com objetivo de proteger o receptor do sangue doado contra doenças.
Fachin, relator do processo, foi o primeiro dos 11 ministros a votar. O julgamento depende de uma maioria de 6 votos.
terça-feira, 24 de outubro de 2017
Nova primeira-ministra da Nova Zelândia é agnóstica
Jacinda Ardern (foto), 37, líder do Partido Trabalhista da Nova Zelândia, vai assumir a chefia do Executivo, graças a uma coligação com o NZP, partido nacionalista.
Terceira mulher que assume o cargo em 150 anos de história do país, ela é agnóstica.
Casada com um apresentador de TV, Ardern se desligou de sua religião quando jovem, ao dar conta de que a Igreja Mórmon rejeita os homossexuais.
Disse em entrevista que não perde tempo em descobrir se Deus existe ou não.
“Só acho que as pessoas devem ser livres para ter ou não crenças e não devem ser perseguidas por isso.”
Como governante, ela promete construir casas populares, melhorar a qualidade da água, dar assistência às crianças pobres e descriminalizar o aborto.
Terceira mulher que assume o cargo em 150 anos de história do país, ela é agnóstica.
Casada com um apresentador de TV, Ardern se desligou de sua religião quando jovem, ao dar conta de que a Igreja Mórmon rejeita os homossexuais.
Disse em entrevista que não perde tempo em descobrir se Deus existe ou não.
“Só acho que as pessoas devem ser livres para ter ou não crenças e não devem ser perseguidas por isso.”
Como governante, ela promete construir casas populares, melhorar a qualidade da água, dar assistência às crianças pobres e descriminalizar o aborto.
segunda-feira, 23 de outubro de 2017
Só 19% seguem líder religioso ao votar, diz Datafolha
Pesquisa do instituto Datafolha, divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo nesta segunda-feira, indica que apenas 19% dos brasileiros que têm religião dizem seguir as orientações das lideranças de suas crenças na hora de definir seus votos em eleições. Destes, 4% ainda fazem a ressalva de que só escutam a recomendação se o nome indicado for alguém da sua própria igreja.
A pesquisa ouviu 2.272 pessoas e desconsiderou os 8% entrevistados que disseram não ter religião. Segundo o Datafolha, os evangélicos ouvem mais a opinião política de seus pastores do que a média dos brasileiros em relação a seus líderes religiosos. Entre os pentecostais, são 26% os que seguem em geral e 16% os que já votaram por recomendação religiosa.
Quando a pesquisa recorta apenas entre os neopentecostais, 31% disseram ouvir em geral e 28% declaram já ter votado no nome indicado pelo pastor da sua igreja. Questionados se já votaram em um candidato evangélico, 21% dos entrevistados, entre pessoas de todas as religiões, disseram que sim. Esse índice cai para 15% quando os ouvidos são apenas os católicos e sobe para 31% quando questão é feita aos próprios evangélicos.
A pesquisa também incluiu cenários concretos para as eleições de 2018 e observou as oscilações em relação à preferência religiosa. No cenário considerado o mais provável pelo Datafolha, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera entre todos os grupos, mas tem resultado 25% maior quando se comparam católicos e evangélicos: entre os que professam sua fé na igreja do papa Francisco, 40% optariam pelo petista, número que é de 32% entre os pentecostais e neopentecostais.
Os possíveis candidatos que teriam mais vantagem entre os evangélicos são o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e a ex-senadora Marina Silva (Rede). Bolsonaro, que tem 16% das intenções de voto entre o público geral, sobe para 21% caso se considere apenas os evangélicos. Já Marina, com 14% entre o público geral, aparece com 17% entre os cristãos não-católicos.
Sem Lula
Se Lula não puder ser candidato, a ex-senadora tem ainda mais força com o público evangélico, são 27% das intenções de voto, contra 23% no público geral. Nesse cenário, Bolsonaro viria em segundo, com 23% e 18%. Situação parecida ocorre quando são analisados os números relativos à rejeição dos candidatos: evangélicos rejeitam mais Lula e menos Bolsonaro e Marina do que a média da população.
Maioria apoia Lava-Jato; 33% temem reação política
A esperança na Lava Jato continua, mas a percepção de que a classe política vai conseguir pôr um ponto final nas investigações cresce a cada dia. É o que mostra a mais recente pesquisa Pulso Brasil, do instituto Ipsos, sobre o futuro da maior operação anticorrupção já deflagrada no País. "A pesquisa mostra que o anseio por justiça continua sendo melhor representado pela Lava Jato, mas, ao mesmo tempo, indica que a população não está indiferente ao poder de reação do mundo político aos seus desdobramentos", disse o diretor da Ipsos Public Affairs, Danilo Cersosimo.
Entre os entrevistados, 94% disseram que "a Lava Jato deveria continuar com as investigações até o fim, custe o que custar". Ao mesmo tempo, de julho para setembro, cresceu de 19% para 33% o índice dos que acreditam que "a classe política vai acabar com a Lava Jato".
Além disso, a pesquisa apontou em setembro que, para 76% dos entrevistados, a operação "vai fortalecer a democracia no Brasil". Embora a crença no poder transformador da Lava Jato ainda seja significativa, ela já foi maior. Em maio, 86% se diziam confiantes na contribuição da operação para o amadurecimento da democracia no País.
Ainda segundo o levantamento, 71% concordam que a Lava Jato pode transformar o Brasil em um País sério. Mais da metade dos entrevistados (56%) acreditam que a operação está investigando todos os partidos - mas 40% já sentem o cheiro de "pizza" saindo do forno.
Para o cientista político Vitor Oliveira, da consultoria política Pulso Público, o desejo quase que unânime de que a operação "continue até o fim, custe o que custar", remonta aos primeiros dias do movimento pró-impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff. "Esse desejo ainda é resquício daquilo que parecia ser um dos poucos consensos na sociedade: a importância da Lava Jato. A operação sempre esteve acima das instituições que ela investigou e investiga. Por isso, ainda guarda esse prestígio entre a população."
Apesar do "prestígio", Oliveira se concentrou no dado que aponta a percepção popular de um contra-ataque político em relação aos desdobramentos das investigações. "A ideia de que a Lava Jato não vai atingir os políticos começa a crescer quando a operação esbarra no foro privilegiado, quando esbarra em nosso próprio sistema e na lentidão dos julgamentos."
"É evidente que a tramitação no Supremo Tribunal Federal é diferente do que acontece em Curitiba, com o juiz Sérgio Moro (que conduz a Lava Jato na primeira instância). Às vezes, isso causa confusão na população, que acaba entendendo que a própria Lava Jato estaria fraquejando na hora de condenar os políticos", afirmou Oliveira.
Lula
Já para o cientista político e professor do Mackenzie Rodrigo Augusto Prando, a percepção de que o mundo político pode frear a Lava Jato pode ser ilustrada com o caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Veja o caso do ex-presidente. Embora condenado em primeira instância, ele continua livre e fazendo campanha pelo Brasil contra a própria Lava Jato. Isso é muito forte. A Lava Jato colocou empreiteiros na cadeia, mas não conseguiu que Lula se tornasse um indivíduo como outro qualquer e fosse preso."
Prando ainda citou outros fatores para que o receio de que a Lava Jato termine esmagada pela política cresça. "Além do Lula, o excesso de ativismo do Judiciário também trouxe desgastes à operação. Também podemos colocar nesse pacote as ações do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot. A forma como a delação dos irmãos Batista da JBS foi tratada serviu para o desprestígio da investigação", afirmou.
O cientista político Marco Antônio Teixeira, da Fundação Getulio Vargas (FGV), disse que os resultados da pesquisa mostram que a Lava Jato se prolongou demais. "Apesar da duração da operação, a população ainda não viu uma melhora do quadro político - e até alguns apoiadores ferrenhos da Lava Jato já foram pegos em casos de corrupção", afirmou. "Então, começa a arrefecer a sensação de que a Lava Jato pode acabar com os abusos da classe política. Ao contrário, aumenta a sensação de que a classe política é quem vai triunfar."
A pesquisa ouviu 1.200 pessoas entre 1º e 12 de setembro. "É provável que as próximas pesquisas ainda mostrem um crescimento desse receio de que a classe política acabe com a Lava Jato. Fatores como a recusa em aceitar a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer e a vitória do senador Aécio Neves no Senado podem aumentar a desconfiança da população", disse Cersosimo.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Coordenadora conta como conteve atirador: 'segurei o pulso e apontei a arma para sala sem alunos'
- "As crianças estavam correndo, descendo as escadas, dizendo que o aluno tinha ficado louco, estava atirando em todo mundo", relatou a coordenadora da escola
A coordenadora escolar Simone Maulaz Elteto contou neste domingo (22) como acalmou o adolescente de 14 anos responsável pelo ataque que deixou dois mortos e quatro feridos no Colégio Goyazes, em Goiânia, na última sexta-feira (20). Em entrevista ao "Fantástico", da Rede Globo, ela disse que pediu calma ao jovem e foi com ele até a biblioteca até que a polícia chegasse.
"Ele ficou com a arma posicionada no meu abdômen, a mão direita eu coloquei no ombro dele e a mão esquerda eu fui empurrando devagar a arma pro fundo da parede, em direção a uma sala que eu sabia que estava sem alunos", disse.
Simone disse que estava na biblioteca quando ouviu o primeiro disparo e correu para a sala. "As crianças estavam correndo, descendo as escadas, dizendo que o aluno tinha ficado louco, estava atirando em todo mundo", lembra.
Ela retirou uma das alunas feridas que estava no chão da mira do jovem e caminhou até ele. "Coloquei a mão no ombro dele e perguntei: 'o que houve?'. Ele estava um pouco alterado e atirou para a parede."
A coordenadora o acompanhou de volta para a biblioteca, para evitar que ele entrasse em salas com outros alunos, e ficou com uma mão em seu ombro e outra no pulso que segurava a arma até a chegada da polícia.
"Tinha medo que ele atirasse nos policiais, atentasse contra a própria vida ou atirasse em mim", disse, em relato emocionado.
"Deixemos de lado os julgamentos", diz escola
Mais cedo, os diretores da escola particular se manifestaram pela primeira vez. Em nota, os responsáveis pela unidade de ensino dizem se unir ao luto das famílias e pedem que julgamentos não sejam feitos.
"Deixemos de lado os julgamentos e vamos promover uma profunda reflexão na sociedade, nas escolas e nos lares e sobretudo uma reflexão individual perguntando o que podemos fazer para amenizar a dor desse momento e como deveremos agir para evitar futuros fatos assim tristes", diz o texto.
A escola também se coloca à disposição dos pais dos alunos e diz que o calendário do ano letivo será redefinido durante a semana.
Pela manhã, um dos adolescentes feridos no ataque recebeu alta hospitalar. H.M.B., 13, estava internado no Hugo (Hospital de Urgências de Goiânia) desde sexta-feira, quando o jovem de 14 matou dois colegas e deixou outros quatro feridos.
O empresário Thiago, pai de H.M.B, disse ao jornal "O Estado de S. Paulo" que o jovem está andando, mas ainda sente um pouco de dor. Ele levou um tiro no tórax, mas o projétil não chegou a perfurar o pulmão. A bala ficou alojada nas costas do estudante e, segundo o pai, os médicos decidiram não remover.
"Ficou a um centímetro para acertar a medula. Foi Deus", conta.
A pedido dos familiares, o Hugo deixou de divulgar informações sobre o estado de saúde das outras duas jovens que estão internadas no local.
Na manhã de ontem (21), foi informado que a menina I.M.S., 14, estava em estado grave na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), respirando com a ajuda de aparelhos. Ela é a vítima em estado mais grave após levar três tiros, que atingiram uma mão, o pescoço, de forma superficial, e o tórax.
Já a jovem M.R.M., 14, tinha estado de saúde estável e havia sido levada para a UTI no sábado para monitoramento, mas não corria risco de morte. Ela teve o pulmão esquerdo perfurado por um tiro.
A quarta vítima foi levada para o Hospital dos Acidentados, que não informa o estado de saúde.
No sábado, os corpos dos adolescentes João Pedro Calembo e João Vítor Gomes, vítimas do atirador, foram enterrados . Eles morreram na hora, dentro de sala de aula, depois de terem sido atingidos por diversos disparos à queima-roupa.
Durante o sepultamento, o pai de João Pedro, Leonardo Calembro, afirmou que, no momento, não se deve julgar o responsável pelo crime, e sim entender o que acontecer e perdoar. "Eu espero que toda a sociedade e os outros pais o perdoem pelo fato acontecido. Não devemos julgá-lo agora. Nós temos de entender e perdoar".
"Nós temos de entender e perdoar", diz pai de aluno morto sobre atirador
- Justiça determina internação provisória de atirador
Também no sábado, a Justiça de Goiás acolheu pedido feito pelo Ministério Público e determinou a internação provisória, por 45 dias, do adolescente que atirou contra os colegas. A decisão é da juíza plantonista Mônica Cezar Moreno Senhorelo.
Em sua decisão, a juíza diz que a internação é uma medida que se impõe para a garantia da ordem pública, considerando a gravidade do ato infracional, "análogo ao crime de homicídio consumado e tentado", visando ainda preservar a integridade física do adolescente. No despacho, a juíza diz ainda que a internação não deverá ultrapassar o prazo máximo de 45 dias, em obediência aos artigos 108 e 174 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).
O jovem deverá se apresentar ao Juizado da Infância e Juventude na segunda-feira (23), que o encaminhará ao Centro de Internação Provisória, conforme solicitado pelo Ministério Público e determinado pela juíza. Desde sexta, o garoto está detido na Depai (Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais).
Segundo o promotor Cássio Sousa Lima, o adolescente disse no depoimento estar arrependido e que planejou a ação como uma forma de retaliação. "O adolescente confirmou que foi motivado pelo bullying que sofria, mas demonstrou arrependimento", disse o promotor.
Ainda de acordo com o promotor, o pai relatou que a arma estava em local seguro e difícil de acessar. A mãe não esteve no depoimento porque foi internada, em choque, após o acontecimento, e ainda não teve alta.
Três são feridos por balas perdidas em frente a shopping no Rio
Dois homens e uma mulher foram atingidos por balas perdidas em um ponto de ônibus em frente ao Norte Shopping, no Cachambi, na zona norte do Rio de Janeiro, na noite deste domingo (23).
Eles foram internados e não correm risco de morte. A Polícia Militar informou que ocorria uma troca de tiros entre criminosos e PMs na região da Avenida Dom Helder Câmara, onde as vítimas foram baleadas.
O grupo de bandidos havia assaltado uma pizzaria na Rua José Bonifácio e, ao tentar fugir em um carro, foi perseguido por uma viatura. Os criminosos acabaram batendo o veículo e seguiram atirando, a pé, em direção aos policiais. Eles conseguiram fugir no momento em que os feridos eram resgatados.
Denunciados, Padilha e Moreira Franco tentam salvar a própria pele
Atrelar os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência da República) na denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer trouxe mais soluções que problemas para os governistas. Como os ministros estão no mesmo barco do presidente — acusados de obstrução de Justiça e de participação em organização criminosa —, ele se empenharam em ajudar nas negociações em busca de apoio na Câmara dos Deputados. Para enterrar a denúncia, que será votada em plenário na quarta-feira, é necessário ter o apoio de 171 parlamentares.
Pelas contas da oposição, cerca de 260 pessoas, no máximo, devem endossar o relatório do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que rejeita a continuidade das investigações. É o suficiente para impedir a continuidade do processo, mas demonstra enfraquecimento do Planalto. Da primeira vez que Temer foi denunciado, em julho, o presidente fechou a conta com 263 parlamentares. “Hoje ele não vai ter essa deferência, até porque muito do que foi prometido da primeira vez, quando se falava de corrupção passiva, não foi cumprido. O que vai ajudar o Executivo a sair dessa é o apoio dos ministros”, comentou um deputado opositor.
Ao contrário do que fez na primeira denúncia, Temer manteve-se afastado das articulações no período que antecede a nova votação. Passou o sábado no Mato Grosso do Sul e, embora não tenha marcado nenhum encontro oficial para ontem, recebeu políticos no Palácio do Jaburu. “Ministros são assessores do presidente. Desta vez, eles fizeram o dever de casa e entraram nessa história para valer. Especialmente o Eliseu e o Moreira”.
Segundo o vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, deputado Beto Mansur (PRB-SP), “os ministros estão ajudando o governo agora, mas também ajudaram antes”. Além de tentar negociar os votos dos parlamentares, alguns ministros de Estado (oito, no total) pediram exoneração dos cargos que ocupavam para retomar seu assento no plenário e votar a favor do presidente. “A desincompatibilização foi outro sinal de apoio. A oposição pode falar o que quiser, mas, pelas nossas contas, vamos ter uma votação tranquila e poderemos encerrar esse assunto de vez”, acrescentou.
Arquivo
Como o fatiamento da denúncia em três partes (uma para cada um dos denunciados) — proposta do deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) — não foi aprovado na CCJ, os ministros tiveram de se empenhar de maneira que houvesse benefício à coletividade. “O fato de ser apenas uma denúncia em vez das três fez com que Temer garantisse mais engajamento dos ministros”, acredita Antonio Augusto de Queiroz, diretor de documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).
Segundo Toninho,“além do esforço pessoal, o presidente conta com dois operadores-chave na máquina do governo. Eles poderiam estar 30% dispostos a salvar Michel Temer, mas estão 100% dispostos a salvar a própria pele”, explicou. “Ter todo mundo no mesmo pacote facilitou a vida do presidente.” Para garantir o posicionamento favorável ao arquivamento da segunda denúncia, Padilha e Moreira intervieram em outras pastas, lembrou. “Os ministros avançaram em quem não deu resposta rápida e resolveram. Uma coisa que facilita é que a Casa Civil (sob comando de Padilha, um dos denunciados pela PGR) coordena os demais ministérios, pode tomar decisões setoriais”, disse.
A avaliação de Toninho é que, enquanto Temer teria condições de barrar a segunda denúncia mesmo se estivesse sozinho no barco, como da primeira vez, os ministros teriam muito mais dificuldade em angariar os votos necessários. Por isso esse engajamento. O mais vulnerável, nesse cenário, seria Moreira Franco, visto como “arrogante” por alguns congressistas.
Depois do cachorro, as crianças
Parte da campanha “Agora é Avançar”, que deve ser iniciada oficialmente pelo Palácio do Planalto nas próximas semanas, duas postagens do presidente Michel Temer rodeado de crianças no município de Miranda (MS), onde ele esteve no último sábado para resolver questões ambientais, mostram um esforço do peemedebista para tentar diminuir a rejeição à imagem. Em conta no Twitter, o peemedebista escreveu: “Fui recebido com muito carinho pelos filhos de trabalhadores rurais que participam de projeto de educação socioambiental. Na sequência, Temer complementou o texto: “Final de semana gratificante. É isso que me motiva a continuar as transformações que estão colocando o País no rumo certo”. No fim de semana passado, Temer tirou foto ao lado de um cachorro no Palácio do Jaburu.
domingo, 22 de outubro de 2017
sexta-feira, 20 de outubro de 2017
Geddel parece ter assumido posição de líder de organização criminosa, diz Rachel Dodge
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, considerou que o ex-ministro
Geddel Vieira Lima "parece" ter assumido a posição de líder de uma organização criminosa. Para ela, a prisão preventiva do ex-ministro é "imprescindível" para a continuidade das investigações.
Geddel foi preso em julho por tentativa de obstrução de justiça, mas colocado em prisão domiciliar dias depois. No último dia 8 de setembro, o ex-ministro foi novamente preso preventivamente após a Polícia Federal encontrar o equivalente a R$ 51 milhões atribuídos a ele em um apartamento em Salvador (BA), na operação Tesouro Perdido.
Para Raquel Dodge, Geddel "fez muito em pouco tempo". "A sua defesa não tem razão quando afirma que a apreensão destes quase R$ 52 milhões não é causa suficiente para um novo decreto de prisão. Não há registro histórico no Brasil de apreensão maior de dinheiro e, ao que tudo indica, dinheiro público desviado e ocultado ilicitamente", escreveu Raquel. Segundo ela, o "valor monumental" indica a gravidade do crime.
"A elevada influência desta organização criminosa evidencia-se, aos olhos da nação, em seu poder financeiro: ocultou cinquenta e dois milhões de reais em um apartamento de terceiro, sem qualquer aparato de segurança, em malas que facilitaram seu transporte dissimulado. Este dinheiro seria apenas uma fração de um todo, ainda maior e de paradeiro ainda desconhecido."
Nas palavras da procuradora-geral, está sendo investigada uma "poderosa organização criminosa que teria se infiltrado nos altos escalões da Administração Pública, e que seria integrada, segundo indícios já coligidos, por um ex-ministro de Estado e o ex-presidente da Câmara dos Deputados". A investigação que levou ao dinheiro escondido no apartamento em Salvador apura desvios na Caixa Econômica Federal, com suposta participação de Geddel e do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha.
A manifestação foi encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF) após as defesas de Geddel e do advogado Gustavo Ferraz, suposto aliado do peemedebista, entrarem com pedido de liberdade. Fachin manteve Geddel preso, mas substituiu a preventiva de Ferraz por prisão domiciliar e pagamento de fiança.
A manutenção da prisão de Geddel gera apreensão no Planalto, que teme que o ex-ministro admita a delação premiada como estratégia de defesa e implique a cúpula do PMDB. Geddel foi ministro do presidente Michel Temer e considerado um aliado no Planalto.
A procuradora-geral da República apontou que o Ministério Público Federal e a Polícia Federal chegaram ao apartamento a partir da afirmação do delator Lúcio Funaro de que entregou mais de R$ 11 milhões em espécie a Geddel, "que seriam dinheiro público". "Logo, a soma do dinheiro apreendido é muito superior às entregas de Funaro", escreveu Raquel, que defendeu em manifestação que as investigações sobre o ex-ministro precisam prosseguir.
Para a PGR, em prisão domiciliar Geddel poderia "manter contatos, receber visitas, dar ordens e orientações que podem frustrar os objetivos das medidas cautelares nesta investigação".
Decisão
Fachin também determinou, em sua decisão, a prisão domiciliar para Job Ribeiro Brandão, secretário parlamentar do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão de Geddel. Brandão também ficará afastado da função na Câmara e deverá usar tornozeleira eletrônica.
"A elevada influência desta organização criminosa evidencia-se, aos olhos da nação, em seu poder financeiro: ocultou cinquenta e dois milhões de reais em um apartamento de terceiro, sem qualquer aparato de segurança, em malas que facilitaram seu transporte dissimulado. Este dinheiro seria apenas uma fração de um todo, ainda maior e de paradeiro ainda desconhecido."
Nas palavras da procuradora-geral, está sendo investigada uma "poderosa organização criminosa que teria se infiltrado nos altos escalões da Administração Pública, e que seria integrada, segundo indícios já coligidos, por um ex-ministro de Estado e o ex-presidente da Câmara dos Deputados". A investigação que levou ao dinheiro escondido no apartamento em Salvador apura desvios na Caixa Econômica Federal, com suposta participação de Geddel e do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha.
A manifestação foi encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF) após as defesas de Geddel e do advogado Gustavo Ferraz, suposto aliado do peemedebista, entrarem com pedido de liberdade. Fachin manteve Geddel preso, mas substituiu a preventiva de Ferraz por prisão domiciliar e pagamento de fiança.
A manutenção da prisão de Geddel gera apreensão no Planalto, que teme que o ex-ministro admita a delação premiada como estratégia de defesa e implique a cúpula do PMDB. Geddel foi ministro do presidente Michel Temer e considerado um aliado no Planalto.
A procuradora-geral da República apontou que o Ministério Público Federal e a Polícia Federal chegaram ao apartamento a partir da afirmação do delator Lúcio Funaro de que entregou mais de R$ 11 milhões em espécie a Geddel, "que seriam dinheiro público". "Logo, a soma do dinheiro apreendido é muito superior às entregas de Funaro", escreveu Raquel, que defendeu em manifestação que as investigações sobre o ex-ministro precisam prosseguir.
Para a PGR, em prisão domiciliar Geddel poderia "manter contatos, receber visitas, dar ordens e orientações que podem frustrar os objetivos das medidas cautelares nesta investigação".
Decisão
Fachin também determinou, em sua decisão, a prisão domiciliar para Job Ribeiro Brandão, secretário parlamentar do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão de Geddel. Brandão também ficará afastado da função na Câmara e deverá usar tornozeleira eletrônica.
Aluno atira em escola de Goiânia, mata dois estudantes e deixa feridos
Um estudante de 14 anos atirou na tarde desta sexta-feira (20) dentro do Colégio Goyases, escola particular de ensino infantil e fundamental, em Goiânia. De acordo com o Corpo de Bombeiros e Polícia Militar, dois estudantes morreram e outros quatro ficaram feridos na unidade, localizada no Conjunto Riviera, bairro de classe média.
O tiroteio ocorreu por volta do meio-dia, no intervalo das aulas. Os dois estudantes mortos foram identificados como João Vitor Gomes e João Pedro Calembo. Já os quatro feridos são três meninas e um menino, que foram socorridos.
O suspeito pelos disparos cursa o 8º ano do colégio. Ele é filho de militares e está apreendido, segundo confirmou o coronel da Polícia Militar Anésio Barbosa da Cruz. “Informações preliminares dão conta que ele estaria sofrendo bullying, se revoltou contra isso, pegou a arma em casa e efetuou os disparos”, disse.
Feridos
Os baleados foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros e pelo Grupo de Radiopatrulha Aérea (Graer) da Polícia Militar. Três deles estão no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), conforme confirmou a unidade ao G1. Ainda não há detalhes sobre os estados de saúde.
Já o quarto ferido foi levado para um hospital particular da capital e ainda não há informações sobre o estado de saúde dele.
O Instituto Médico Legal (IML) informou que, até as 13h, os corpos dos dois estudantes não tinham sido identificados e seguiam na escola.
Já o suspeito pelos tiros foi levado à sede da Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai) e, em seguida, encaminhado para o IML para os exames de corpo de delito. Posteriormente, deve retornar à delegacia.
Pânico
Outra estudante, que estava dentro do colégio no momento do tiroteio disse, emocionada, o que aconteceu. “Ele saiu dando tiro em todo mundo da sala. Eu segurei na mão da minha amiga e fui até a polícia. Não sabia o que fazer”, relatou à TV Anhanguera.
Por telefone, com o Colégio Goyases e foi informado pela coordenadora que toda a equipe está “consternada” e que a administração da escola não irá se manifestar por enquanto.
quinta-feira, 19 de outubro de 2017
Filha de Nana Caymmi e neta de Dorival denuncia Turma da Mônica por “incutir ideologia de gênero nas crianças”
Filha de Nana Caymmi e neta de Dorival, Stella Caymmi defende a tese de que as histórias em quadrinhos da Mônica e do Cebolinha vêm, há tempos, “incutindo a ideologia de gênero nas nossas crianças”. “As historinhas tentam fazer a cabeça delas, tudo é feito subliminarmente”, diz Stella à coluna. Ela postou no seu Facebook uma história em que Mônica defende para Magali que meninas também poderiam ter “torneirinha” e continuar sendo meninas. “Infâmia!”, revolta-se a jornalista, biógrafa e pesquisadora da música brasileira.
Polenguinho é atacada após post sobre Pink Floyd ser confundido com arco-íris LGBT
RIO — Uma postagem da marca Polenguinho em uma rede social está sendo mal interpretada por alguns internautas. A empresa publicou uma montagem do queijo Polenguinho em homenagem à capa do disco da banda de rock Pink Floyd, "The Dark Side of The Moon". Após a publicação, pessoas começaram a atacar a marca dizendo que a empresa estava fazendo "apologia à ideologia de gênero".
"Ate o Polenguinho fazendo ideologias de gênero. Boa empresa põe arco íris, já está incitando o fato. Menos um produto em meu lar e dos meus familiares", diz um dos internautas na postagem da marca.
Por conta do número de comentários, os autores da campanha publicaram uma resposta para explicar o post.
"Nossa equipe criativa teve como inspiração a capa do álbum The Dark Side of The Moon, da banda Pink Floyd, para "brincar" com o conceito de fominha, tão utilizado quando o assunto é Polenguinho. Prezamos pela paz, pelo respeito e pela igualdade em nossa comunidade aqui. Embora não tenhamos feito alusão ao movimento LGBT+, temos máximo respeito pela causa. Contamos com todos que adoram o queijinho mais querido do Brasil desde mil novecentos e bolinha para fomentar uma comunicação afetuosa e fluida por aqui! Obrigado."
Honestidade de menino emociona eletricista que foi cortar luz de casa por falta de pagamento
A honestidade de um menino emocionou um funcionário da Companhia Paranaense de Energia (Copel) que foi até a casa da família para cortar a luz por falta de pagamento, em Santo Antônio da Platina, no norte do Paraná. A criança pediu R$ 1 a João Cândido da Silva Neto, de 57 anos, ganhou R$ 5 para dividir com a irmã e a prima, e esperou o eletricista voltar para devolver R$ 2 de troco.
O caso aconteceu em 9 de outubro e foi postado por Neto nas redes sociais no último sábado (14). A história já havia sido compartilhada por mais de 70 mil pessoas na manhã desta quinta-feira (19).
No texto, acompanhado de uma foto das mãos do menino devolvendo R$ 2, o funcionário relata que foi fazer a “atividade desagradável” de cortar a energia da família de baixa renda, que vive em uma casa torta de madeira. Quando saía, foi abordado pelo menino, que pediu R$ 1.
Como a conta foi paga, o eletricista voltou no fim da tarde para religar a energia e foi recebido pelo menino. “Ainda bem que você veio!”, exclamou a criança, entregando R$ 2 para o eletricista.
“Sem moedas no bolso, abri a carteira e encontro uma solteira nota de 5 reais... Entrego pro menino e ordeno: - É pra você repartir com suas irmãzinhas”, contou Neto.Como a conta foi paga, o eletricista voltou no fim da tarde para religar a energia e foi recebido pelo menino. “Ainda bem que você veio!”, exclamou a criança, entregando R$ 2 para o eletricista.
“Naquele instante, ao me devolver 2 reais "Geninho" [nome fictício] estava me mostrando o maior exemplo de honestidade e responsabilidade que eu já tinha visto na vida”, relatou.
Nova visita
Após a repercussão da história nas redes sociais, muita gente está mandando mensagens para Neto dizendo que quer ajudar a família. Por isso, na manhã desta quinta-feira (19), ele fez uma nova visita e contou que voltou a se emocionar.
Mas, segundo Neto, a situação da família é complicada, já que o casal está desempregado. “Não são só duas contas de luz atrasadas”, explicou. O pai tem problemas cardíacos e não pode fazer muito esforço, e a mãe também está doente, conforme o eletricista.
De acordo com Neto, funcionários da Copel que fazem voluntariado estão verificando uma forma de organizar as doações para que cheguem até a família. “Eu estou muito feliz, estou transbordando de felicidade”, comemorou o eletricista que também faz trabalho voluntário e escreve contos e crônicas de fatos do dia a dia.
No encontro desta quinta, ele disse que conheceu melhor a família e, diferente do que escreveu no Facebook, informou que o casal tem três filhos, uma menina e dois meninos. No dia em que ele foi até lá para cortar a energia, estavam na casa o menino, a irmã e uma prima. Além disso, o nome do menino é fictício, para preservar a família.
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