Patricia disse aos Movimentos Populares e à Ouvidoria da Defensoria Pública do Estado que um dos objetivos da reunião era pensar em “maneiras de reverter de alguma forma o mal que foi feito“.
“Nós não temos como partilhar disso [da operação], sendo quem somos – Secretaria de Direitos Humanos“, afirma Patricia. E continua: “se for um dia para optar por um lado, governo ou minoria, nós temos o nosso lado já escolhido“.
Ela ressalta ainda que não está preocupada se esse posicionamento põe em risco o cargo que ocupa atualmente: “a minha cadeira está a disposição de quem quiser sentar nela“, diz. No entanto, a secretária não nega a preocupação com um possível sucessor. “O que me preocupa na iminência de eu ser tirada dessa Secretaria é quem vai sentar nessa cadeira com o mesmo encargo que eu sento nela hoje”, questiona.
“Estou incomodada tanto quanto vocês. Também acho injusto. (…) Problema complexo, não se resolve dessa maneira. Não se cura um problema denso, como é o problema de dependência química, do dia para a noite. (…) Isso é um problema de saúde pública“, explica Patricia.
Para ela, é necessário que essa situação seja pensada em médio e longo prazo. “Não adianta a gente achar que a Cracolândia acabou, não. Ela só se espalhou pela cidade“, complementa.
João Doria disse que tais ações na região tem o objetivo de revitalizar a área e pediu à Justiça para interditar compulsoriamente os usuários de drogas que ficam na região da Cracolândia. No entanto, a Defensoria Pública de São Paulo obteve uma decisão liminar que proíbe a continuidade das remoções compulsórias e a interdição e demolição de edificações com habitantes pela Prefeitura.
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