Mabel explicou que atuava como uma espécie de auxiliar do governo Temer, sem receber salário por isso. Ele também disse que já tinha combinado sua saída desde dezembro do ano passado. Agora, declarou, a cobrança da família pesou na decisão de deixar o governo.
Questionado se a citação dele na delação da Odebrecht na Operação Lava Jato e possíveis implicações em novas delações motivaram seu desligamento, Mabel afirmou que sua decisão não tem ligação com essas questões. "Eu estava no Planalto para ajudar o presidente. Eu sei que quem está na chuva é para se molhar, mas essas coisas não tiveram ligação alguma com minha decisão", afirmou. "Estou voltando para casa", disse Mabel, que é do Estado do Goiás e não tem mais mandato parlamentar.
Sobre a crise pela qual passa Temer em decorrência da delação da JBS, Mabel comentou: "Acho que o presidente vai conseguir superar este momento". E acrescentou: "Quanto a mim, estou me aposentando. Vou sentir saudades do trabalho na política".Ao falar de sua atuação no Planalto, Mabel relatou que foi um colaborador. "Eu estive com o presidente em setembro e pedi para sair. Voltei a pedir em novembro e depois em dezembro. Agora mandei uma carta", disse. "Na conversa de ontem, não teve nenhuma dificuldade, pois estava pedindo para sair fazia tempo e estava lá só para ajudar mesmo. Meu prazo no governo já tinha vencido", concluiu.
Com Mabel, já chega a quatro o número de auxiliares diretos de Temer que deixaram o governo recentemente. Além dele, saíram José Yunes, Rodrigo Rocha Loures e Tadeu Filippelli. Este último foi preso nesta terça pela Polícia Federal por suspeita de desvios de recursos nas obras do Estádio Mané Garrincha para a Copa de 2014 quando ele era vice-governador do Distrito Federal.
Ainda em novembro do ano passado, Temer já havia perdido Geddel Vieira Lima, que era ministro da Secretaria de Governo. Todos eles - Geddel e esses assessores - ajudavam Temer na interlocução com Congresso ou empresariado.
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