"Meus bisavôs vieram da Alemanha, Áustria e Polônia. Os pais de Priscilla (sua esposa) eram refugiados provenientes da China e Vietnã. Os Estados Unidos é um país de imigrantes, e devemos ter orgulho disso", escreveu Zuckerberg, em seu perfil oficial na rede social.
"Como muitos de vocês, estou preocupado pelo impacto das recentes ordens executivas assinadas pelo presidente Trump", afirmou.
Trump assinou na última quarta-feira duas ordens executivas relativas à segurança nas fronteiras, nas quais destaca "a construção imediata" de um muro na fronteira com o México e a retirada de fundos para as cidades que protejam aos imigrantes ilegais da deportação.
O presidente americano também assinou nesta sexta uma ordem executiva sobre medidas de apuração de pessoas que vêm aos EUA para "proteger ao país da entrada de terroristas estrangeiros".
Trump disse que o objetivo é "manter os terroristas islâmicos radicais fora do país", para garantir que "não se admita no país a mesma ameaça contra os nossos soldados lutam no exterior".
Além disso, suspende a emissão de vistos para pessoas procedentes do Irã, Síria, Iraque, Somália, Sudão, Iêmen e Líbia até que se estabeleçam medidas de "extremo controle" para que não entrem terroristas destas nações, todas de maioria muçulmana.
"Necessitamos que o país seja seguro, mas devemos fazê-lo concentrando-se nas pessoas que realmente representam uma ameaça", disse Zuckerberg, que acredita que expandir esse veto pessoas inocentes "faria com que todos os americanos estejam menos seguros ao desviar recursos" e provocaria que milhões de imigrantes ilegais "vivam com medo de ser deportados".
Além disso, o fundador do Facebook sustentou que os EUA deveriam "manter as portas abertas aos refugiados e a aqueles que necessitam de ajuda".
Por último, em sua carta, Zuckerberg se mostrou esperançoso pelas palavras do presidente sobre os "sonhadores", jovens imigrantes ilegais que chegaram ao país sendo crianças, para os que prometeu trabalhar em uma solução para sua situação.
E enfatizou as palavras do presidente, ressaltando que o país deve continuar se beneficiando de estrangeiros "com grande talento".
"Há alguns anos, dei uma aula em uma escola secundária e alguns de meus melhores alunos eram imigrantes ilegais. Eles são nosso futuro também", concluiu.
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