Identificada como Éri Éri, a frequentadora contou que visitou o centro cultural com sua companheira na sexta-feira, quando um homem, acompanhado de uma funcionária, que seria namorada dele, escreveu insultos num quadro imantado destinado a atividades para o público infantil relacionadas à exposição “Mondrian e o movimento De Stijl”.
“Ok, não foi ela que escreveu, mas a atitude foi bem inadequada pra quem está trabalhando. Quando eles saíram, removemos a frase e continuamos lá. Ficamos sem acreditar que funcionários fariam isso (nessa hora estávamos achando que ele também trabalhava lá). (...) Passamos em frente à sala das crianças e ele estava saindo de lá. Agora o recado era ‘Fora lésbica’”, relatou a internauta.
Segundo Éri, a funcionária trabalharia no balcão de informações. Ao ser convidada por outros dois empregados a registrar reclamação, a visitante enfrentou resistência do homem. “O tempo inteiro que escrevia a reclamação, ele ficou a menos de um metro de mim rasgando os papéis da caixa”.
Em nota, acompanhada de foto em que funcionários posam com a mensagem “CCBB contra homofobia” no mesmo quadro imantado, a instituição afirmou que a empregada era terceirizada e foi afastada. E que “o fato narrado contraria os valores e o trabalho educativo e afirmativo que a instituição vem realizando ao longo da sua história contra a intolerância e a favor da diversidade étnica, sexual, de gênero e religiosa”.
Muitos ativistas não acharam suficiente. Por isso, organizaram o protesto “Lesbianizar o CCBB”, amanhã, às 18h, no hall da instituição. “O CCBB é conhecido por suas exposições, filmes e peças, quase sempre feitos em todas as etapas por nós LGBTs”, diz o convite. “Porém, na hora de reconhecerem nosso afeto e amor, nos expõem ao ridículo e são preconceituosos”.
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