Quando deixou a presidência da Câmara pela porta do subsolo, Cunha trabalhou como pôde para manter no comando da Casa alguém, digamos, afeto às suas orientações. Cunha não admite perder poder nem quando deixa o poder.
Por isso, seus camaradas solicitaram à Chefia Jurídica da Mesa Diretora a resposta à seguinte questão: quem assumisse a presidência para concluir o mandato de Cunha poderia disputar a reeleição em 2017? Os técnicos, peremptoriamente, disseram que não.
Com o parecer em mãos, o Centrão montou a estratégia: Rogério Rosso concorreria ao mandato-tampão e outro fidelíssimo amigo de Cunha, Jovair Arantes, sairia candidato em 2017.
Faltou combinar com Rodrigo Maia. Ele venceu Rosso, assumiu a presidência, pautou o pedido de cassação de Eduardo Cunha e agora, ao mirar a permanência no posto de quem manda acaba por tropeçar no pedaço de papel encomendado pela tropa de Cunha.
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