Aos conselheiros, a menina disse que estudava, tinha amigos e até conseguia “andar rápido”. No entanto, a mãe a teria colocado “de castigo”. Ela não soube dizer há quanto tempo ficou trancada.
“Lá era muito escuro, ela perdeu a noção do que era dia ou noite. Falava que comia biscoito, às vezes”, ressaltou Cristina. Sobre o suposto tratamento recomendado pela pastora, a criança informou que a mãe não a tratava pelo nome. “Ela me chama de demônio”, disse a criança à conselheira.“Acreditamos que existem outras vítimas. Por isso, a ajuda dos moradores é muito importante. É preciso denunciar. Foi graças a essas informações anônimas que conseguimos resgatar essa criança”, disse a conselheira Cristina Caetana.
“Lá era muito escuro, ela perdeu a noção do que era dia ou noite. Falava que comia biscoito, às vezes”, ressaltou Cristina. Sobre o suposto tratamento recomendado pela pastora, a criança informou que a mãe não a tratava pelo nome. “Ela me chama de demônio”, disse a criança à conselheira.“Acreditamos que existem outras vítimas. Por isso, a ajuda dos moradores é muito importante. É preciso denunciar. Foi graças a essas informações anônimas que conseguimos resgatar essa criança”, disse a conselheira Cristina Caetana.
Um vídeo divulgado pela Polícia Militar mostra o momento em que a menina B. foi encontrada pelos PMs. As imagens revelam a negligência com que a criança era tratada. Estava magra, deitada no chão sem qualquer proteção e totalmente abandonada.
“Foi muito impactante chegar lá e ver essa situação. Sou pai de família e, como policial, temos que aprender a controlar as emoções. Ela me disse que tinha que se rastejar para usar o banheiro. Teve os brinquedos tomados, por isso queremos levar um pouco de alegria para ela hoje”, disse o major Marcio Rogério.
Comovidos com a situação, policiais militares que atuaram na ocorrência se mobilizaram para comprar brinquedos para a garotinha. A entrega será feita neste sábado (6) no hospital em que ela está internada.
Assim que os conselheiros chegaram à residência, a mãe alegou que a filha estava no quarto porque era doente, não andava e tinha dificuldades para falar. “Levei ela no hospital várias vezes, a médica desconfia que ela também tenha gastrite”, disse a mãe. Fraca, a criança não conseguia se levantar do chão. Ela estava trancada em um quarto vazio, sem móveis e no escuro, por ao menos dois meses, suspeita a Polícia Militar.
No hospital
A menina permanece internada no Hospital Regional de Ceilândia (HRC) se recuperando de um quadro de grave desnutrição. Ainda não há previsão de alta. Parentes da garota foram localizados. Suspeita-se que os familiares não sabiam da tortura. Agora, será feira uma análise para confirmar se os tios podem ficar com a guarda da vítima.
A menina permanece internada no Hospital Regional de Ceilândia (HRC) se recuperando de um quadro de grave desnutrição. Ainda não há previsão de alta. Parentes da garota foram localizados. Suspeita-se que os familiares não sabiam da tortura. Agora, será feira uma análise para confirmar se os tios podem ficar com a guarda da vítima.
A criança, que morava apenas com a mãe nos fundos de uma igreja, também receberá acompanhamento de psicólogos. A mãe e a suposta pastora continuam presas. O caso será investigado pela 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia). A dupla foi autuada em flagrante por tortura.
DenuncieQuem souber de outros casos de crianças que sofrem maus-tratos deve denunciar por meio do Disque 100 ou ao Conselho Tutelar da região.
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