sábado, 9 de julho de 2016

Sérgio Moro manda soltar presos da 31ª fase da Operação Lava Jato

O juiz Sérgio Moro mandou soltar nesta sexta-feira (8) quatro presos da 31ª fase da Operação Lava Jato. A decisão veio após tanto a Polícia Federal (PF), quanto o Ministério Público Federal (MPF), protocolarem petições afirmando que não julgavam mais necessárias as prisões temporárias a que eles estavam submetidos.
Edson Freire Coutinho, ex-executivo da Schahin Engenharia, e Roberto Ribeiro Capobianco realizaram exame de corpo de delito nesta terça-feira (5) (Foto: Rodrigo Julio/ RPC Curitiba)O prazo para as prisões temporárias de dois dos presos expirava nesta sexta – o ex-executivo da Schahin Engenharia Edison Freire Coutinho e o presidente da Construcap Roberto Ribeiro Capobianco. Além deles, obtiveram a saída da prisão o diretor Comercial da Construbase Genesio Schiavinato Junior e Erasto Messias da Silva Jr., da construtora Ferreira Guedes.
As prisões temporárias destes dois últimos venceriam apenas no sábado (9), mas o juiz decidiu soltá-los nesta sexta, uma vez que eles já haviam prestado os depoimentos na Polícia Federal e não havia pedido para renovação da prisão ou transformação em preventiva. Para permanecerem soltos, os quatro devem comparecer a todos os atos de investigação e processo a que forem chamados.Investigações
A Operação Abismo investiga crimes de organização criminosa, cartel, fraudes licitatórias, corrupção e lavagem de dinheiro por meio de contratos da Petrobras.
O MPF e a PF afirmam que o Consórcio Novo Cenpes pagou R$ 39 milhões em propina para conseguir um contrato na Petrobrasentre 2007 e 2012. A obra licitada era a do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes).

O consórcio era composto pela OAS, Carioca Engenharia, Construbase Engenharia, Schahin Engenharia e Construcap CCPS Engenharia. OAS e Shahin Engenharia já eram investigadas pela Lava Jato.
Os procuradores disseram ainda que o grupo de empreiteiras formou um cartel e acertou o preço da licitação, mas a WTorre decidiu participar da disputa, oferecendo um valor menor pela obra. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), R$ 18 milhões foram pagos para que a WTorre desistisse da licitação.
O MPF declarou ainda que Alexandre Romano, que é ex-vereador da cidade de Americana, confessou ter repassado mais de R$ 1 milhão do Consórcio Nova Cenpes para Ferreira, por meio de contratos simulados. As contas da escola de samba Sociedade Recreativa e Beneficiente do Estado Maior da Restinga, do Rio Grande do Sul, e de um blog, entre outras, foram usadas para os repasses.

A 31ª fase da Lava Jato ainda havia expedido mandado de prisão preventiva contra o ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira, que já estava detido, desde 24 de junho, pela Operação Custo Brasil -  um desdobramento da Lava Jato que investiga fraudes no crédito consignado de servidores públicos.

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