"É lindo, e me conforta o coração vê-los tão revoltosos", afirmou em italiano aos cerca de 600 mil jovens reunidos no parque de Blonia.
"É estimulante escutá-los, compartilhar seus sonhos, suas questões e sua vontade de se rebelar contra todos aqueles que dizem que as coisas não podem mudar. As coisas podem mudar, não é?!", disse.
Com em outras ocasiões, o papa se inspirou no célebre discurso de Martin Luther King "Eu tenho um sonho", a favor dos direitos para os negros, para sacudir as consciências dos jovens dos cinco continentes e convidá-los a sonhar.
"Vocês são capazes de sonhar?", improvisou o Pontífice que falou também sobre a dor que sente em encontrar jovens que "se aposentaram antes do tempo", "que jogaram a toalha antes de começar o jogo", que estão "entregues antes de lutar", que estão "entediados e entediam".
Em seu discurso, o papa pediu às novas gerações que escolham "uma vida plena" com Jesus no lugar da "vertigem alienante" e das "falsas ilusões", que "em minha terra natal chamaríamos de 'vendedores de fumo'", explicou sem precisar se o termo se tratava dos traficantes de droga.
"No final, acabam pagando e pagando caro", advertiu.
O Papa chegou à alegre cerimônia de boas vindas a bordo de um bonde elétrico com um grupo de crianças deficientes. Durante seu discurso, o Papa pediu que os jovens que respondessem e de alguma maneira se comprometessem com seus pedidos.
"Um coração misericordioso se anima a sair da comodidade(...), um coração misericordioso se abre para receber ao refugiado e ao migrante", voltou a pedir o Papa, em um país onde as autoridades se negam a receber a cota de refugiados imposta pela União Europeia, o que suscita muitas críticas e tensões no velho continente.
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