O movimento islamita Hamas, que governa na Faixa de Gaza, reprovou nesta quarta-feira o fechamento do perfil no Facebook de Izzat al-Rishq, um dos líderes do movimento e muito próximo ao dirigente Khaled Meshaal.
"O Hamas condena a decisão do Facebook e da campanha americana contra a resistência de nosso povo e contra o movimento Hamas. Esta medida ajuda o inimigo sionista a lutar contra nossa gente e é contrária à legislação internacional que considera a resistência de nosso povo uma resistência legal e garantida por todas as leis internacionais", disse à Agência Efe Mushir al-Masri, um dos dirigentes do Hamas na Faixa.
A decisão foi tomada alguns dias depois de familiares de cinco americanos vítimas de ataques de o Hamas apresentarem em Nova York uma processo de US$ 1 bilhão contra o Facebook, argumentando que esta rede se transformou em uma plataforma de incitação à violência.
"Denunciar o Facebook é uma mostra da política americana de lutar contra as liberdades de imprensa e de expressão dos palestinos e de outros no mundo e contradiz os pilares da liberdade, da democracia e dos direitos humanos, assim como os direitos do povo palestino e os princípios da legislação internacional", disse Mushir al-Masri.
O membro do Hamas afirmou que os "Estados Unidos sempre estão do lado do executor e não do da vítima" e questionou "por que o Facebook não fecha as contas dos colonos criminosos que incentivam a morte de árabes e palestinos?".
O governo dos Estados Unidos classificou pela primeira vez o Hamas como "organização terrorista" em janeiro de 1995, depois em outubro 1997 como "Organização Terrorista Estrangeira" e em 2001 foi listada como "Especialmente Designada Terrorista Global".
Por conta dessas classificações, o Hamas - também considerado organização terrorista por Israel e pela União Europeia - é sujeito a rígidas sanções econômicas que proíbem indivíduos e entidades americanas de fornecer qualquer financiamento, bem ou serviço em benefício do movimento islamita.
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