Em uma curiosa contradição, os Estados Unidos parecem ser, ao mesmo tempo, o país mais conservador e mais libertário do planeta. Se por um lado são capazes de transformar uma figura como Donald Trump, com seu discurso xenófobo e misógino, em potencial presidente do país, por outra superam sua própria homofobia ao escolherem um homossexual assumido para chefiar uma de suas mais importantes e mais simbolicamente masculinas instituições: o exército americano.
Se ainda espanta que a orientação sexual de alguém e o gênero de quem essa pessoa ama sejam sequer uma pauta para se avaliar essa pessoa, a realidade importa mais do que qualquer idealização, e portanto, a nomeação de Fanning é uma conquista simbólica importante – um grande passo, tanto para ele quanto para a humanidade. Talvez na tal contradição já citada resida a essência de uma nação como os EUA. Que seu lado progressista também seja exportado para o mundo todo.

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