A All Out, de defesa dos direitos LGBT, fez uma intervenção urbana em São Paulo que é um tapa daqueles na cara.
Se você ainda não sabe, sangue de homossexuais é recusado todos os dias, sem conversa, em bancos de doações. Um homem gay para doar precisa estar há pelo menos 12 meses (1 ano) sem ter relações sexuais para ser aceito (Portaria 2712, de 12/11/2013). E antes que alguém questione: não, essa regra não é uma regra fixa e válida para o público em geral. Ela só surge a partir do momento que você preenche “homossexual” na ficha de doação.
Sabendo disso, a All Out, colocou nas ruas de São Paulo uma unidade móvel, parte da campanha mundial #WastedBlood (“Sangue Desperdiçado”, em português), cheio de bolsas de sangue representando todo o sangue que é recusado nos bancos e quantas vidas ele poderia estar salvando nesse momento se não fosse o preconceito. Um choque pra quem passa e vê!“A campanha busca mostrar que, ao não reconsiderar essa proibição, o Brasil impede o diálogo, reforça estereótipos e joga fora litros de sangue que poderiam salvar vidas”, diz Leandro Ramos, Diretor de Programas da All Out. “Se uma pessoa não usa drogas, mantém um único parceiro sexual e usa preservativo sempre, ele pode doar sangue. A menos que seja um homem que se relaciona com outro homem. Mas, se todo sangue doados, seja de quem for, passa por uma série de testes, por que homens gays e bissexuais são proibidos de doar? O sangue de um homem gay ou bissexual é tão valioso quanto o de qualquer pessoa”, completa Álvaro Rodrigues, vice presidente de criação da África (agência que criou a ideia).
A campanha também tem um site onde homens gays podem se cadastrar para entrar em uma “fila de doadores” virtual. A ideia é mostra quantos doadores são recusados e quanto sangue é desperdiçado por dia por conta dessa proibição.
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