O Estado Islâmico (EI) planeja uma nova série de atentados de grande escala na Europa, alertou ontem Rob Wainwright, diretor do Serviço Europeu de Polícia (Europol). Segundo o órgão, a França atualmente é o principal alvo da milícia. Em novembro do ano passado, ataques organizados pelos extremistas deixaram 130 mortos em Paris.
De acordo com relatório do Europol, o EI “tem disposição e capacidade” para concretizar novos atentados. “Os membros do EI têm liberdade tática para adaptar seus planos a circunstâncias locais, o que dificulta ainda mais sua detecção pelas autoridades (…) Os ataques serão dirigidos a alvos fáceis, para mortes em massa”, afirmou o órgão.
A Europol, porém, disse não haver evidências de que terroristas tenham se infiltrado no fluxo de mais de um milhão de refugiados que chegaram à Europa em 2015. Ainda segundo o órgão, a maioria das células terroristas que hoje planejam atentados na Europa já está no continente.O anúncio foi feito na inauguração do novo centro antiterrorismo da polícia europeia, em Haia (Holanda). Em viagem à Índia, o presidente da França, François Hollande, disse que pretende recrudescer ainda mais as ações do país contra o EI. “Essas provocações aumentam nossa resolução de proteger os franceses e atingir esta organização, que nos ameaça e mata nossos filhos”, declarou.
As negociações de paz sobre a Síria, no entanto, que deveriam ter começado ontem em Genebra, vão começar em 29 de janeiro e durarão seis meses, declarou o emissário especial da ONU para a Síria, Steffan de Mistura.
As negociações devem se concentrar no roteiro estabelecido em dezembro de 2015 pelo Conselho de Segurança da ONU, prevendo um cessar-fogo, um governo de transição em seis meses e eleições num prazo de 18 meses.
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