Homossexuais de Uganda, na África, esperam que o papa Francisco ajude a comunidade LGBT a ser aceita no país, que deve ser visitado pelo pontífice no dia 29 de novembro.
Uganda revogou, no final de 2014, a legislação que previa pena de prisão perpétua a quem houvesse cometido o “crime” de “homossexualidade agravada” ou “promovesse a homossexualidade”. Apesar disso, uma pessoa ainda pode ser presa no país apenas por ser gay.
"O papa deveria influenciar o governo a deixar as pessoas gays serem livres para fazer o que querem", afirmou à agência Reuters um integrante da comunidade LGBT ugandense chamado Babu. "Deveríamos ter direitos iguais. Se você tem o direito de casar com uma mulher, então eu deveria ter o direito de casar com um homem também – e não uma parte fazer isso abertamente e a outra, no escuro."
"A vinda do papa nos dá uma oportunidade de aparecer e contar nossas histórias, porque precisamos de mudança, encaramos muito estigma. Gostaria que o papa dissesse aos outros fiéis que somos seres humanos como eles, que veneramos o mesmo Deus", disse Hector, que se identifica como uma mulher transgênera.
Em julho, o papa declarou que não se deve "julgar" ninguém por ser gay. "Se uma pessoa é gay e procura Jesus, e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la? O catecismo diz que não se deve marginalizar essas pessoas, devem ser integradas à sociedade, afirmou Francisco.
Apesar de uma posição mais aberta que seus antecessores em relação à homossexualidade, o papa reiterou, durante o último sínodo de bispos, que a família é composta por um homem e uma mulher.
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