Autoridades paquistanesas disseram que o número de mortes no país subiu para 228. Com isso, o número total de mortos no tremor chegou a pelo menos 263. No Afeganistão foram registradas 33 mortes.
A imprensa estatal do Paquistão divulgou que o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, entrou em contato com o primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif, para oferecer ajuda para as vítimas do incidente.
O ministro de Informação do Paquistão, Pervez Rashid, afirmou que o país não irá emitir nenhum apelo de ajuda para a comunidade internacional, pois o Paquistão tem os recursos necessários para lidar com o trabalho de busca e resgate. Ele também agradeceu ao primeiro-ministro da Índia por oferecer apoio.
Rashid declarou que as autoridades civil e militar do Paquistão estão fazendo o seu melhor para ajudar todas as vítimas do terremoto.
"Nós temos recursos suficientes para lidar com a situação. Nossa prioridade máxima é ajudar os necessitados", disse em uma coletiva de imprensa.
O ministro ainda afirmou que Sharif está voltando ao país, após finalizar sua visita aos Estados Unidos.
O ministro provincial paquistanês, Inayatullah Khan, disse que o número de mortos apenas na província de Khyber Pakhtunkhwa atingiu 121. Pelo menos duas pessoas morreram na província do Punjab, no leste paquistanês e na região paquistanesa controlada pela Caxemira. O Serviço Geológico dos Estados Unidos afirmou que o terremoto tinha magnitude preliminar de 7,5 e ocorreu a uma profundidade de 212 quilômetros, em uma área remota do norte afegão.
O epicentro do tremor fica na província pouco povoada de Badakhshan, que faz fronteira com o Paquistão, o Tajiquistão e a Índia. O local fica 73 quilômetros ao sul da capital provincial, Fayzabad.
Na província de Takhar, a oeste de Badakhshan, pelo menos 12 estudantes em uma escola feminina morreram, por causa de um corre-corre que se seguiu ao tremor, disse o porta-voz provincial Sonatullah Taimor. Outras 42 garotas foram hospitalizadas, na capital provincial de Taluqan.
No Paquistão, Abdul Latif Khan, da Autoridade Provincial de Gerenciamento de Desastres, afirmou que 48 pessoas morreram apenas na província de Khyber Pakhtunkhwa, no noroeste do país. Outra autoridade, Mussarrat Khan, disse que 16 pessoas foram mortas nas regiões tribais próximas da fronteira com o Afeganistão.
A província de Badakhshan é pouco povoada, mas o número de mortos deve crescer, conforme chegam notícias de áreas mais remotas. São comuns os tremores na área, mas as vítimas em geral são poucas. A província também sofre com enchentes, nevascas e deslizamentos e, apesar de suas grandes reservas minerais, é uma das mais pobres do Afeganistão. A região tem ainda a presença de insurgentes liderados pelo Taleban, que usam os vales remotos como abrigo.
A energia foi cortada em boa parte da capital afegã, onde foram sentidos tremores por 45 segundos. As telecomunicações foram interrompidas em boa parte do país, segundo autoridades, que advertiram para o risco de tremores secundários.
O chefe do Exército do Paquistão, general Raheel Sharif, determinou que tropas seguissem até as áreas afetadas.
O tremor também foi sentido na capital indiana, Nova Délhi, ainda que não tenha havido registro de estragos. Em Srinagar, principal cidade da parte controlada pela Índia da Caxemira, os tremores duraram pelo menos 40 segundos. Duas mulheres morreram de ataque cardíaco durante os tremores, incluindo uma de 65 anos na cidade de Baramulla, na Caxemira. A outra vítima foi uma senhora de 80 anos, na cidade indiana de Bijbehara, sul do país. Fonte: Associated Press.
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