quinta-feira, 16 de julho de 2015

Terroristas detidos em França planeavam decapitar oficial do Exército



Terroristas detidos em França planeavam decapitar oficial do Exército

Quatro jovens detidos na segunda-feira em diferentes pontos de França planeavam a decapitação de um militar de alta patente do quartel de Port-Vendres, a sul da cidade de Perpignan, revelou hoje a estação de rádio France Info.Segundo a France Info, que cita fontes da investigação, os quatro jihadistas pretendiam gravar o assassínio do militar com uma câmara GoPro para divulgar posteriormente o vídeo na Internet.

A intenção era cometer o homicídio a 7 de Janeiro de 2016, coincidindo com o primeiro aniversário do atentado contra a revista satírica Charlie Hebdo em Paris, confessaram os jovens.
Os planos foram frustrados na segunda-feira, quando as autoridades decidiram prendê-los perante o receio de que colocassem o projeto em execução durante as comemorações da Festa Nacional, na terça-feira.
Um dos quatro detidos, um menor de 16 anos, foi libertado na noite de quarta-feira depois dos outros três o terem ilibado ao longo dos interrogatórios conduzidos pelos serviços secretos.
As autoridades acompanhavam há meses outro dos jovens, de 17 anos, pelo seu activismo em fóruns jihadistas na Internet e por também manter contacto com alegados terroristas, agora detidos.
O jovem chegou a ser interrogado no ano passado pelos serviços secretos franceses. Além disso, a mãe do jovem avisou a polícia em Dezembro que o filho tinha planos para viajar para a Síria e juntar-se aos grupos jihadistas.
As escutas telefónicas permitiram estabelecer que o grupo de jovens - o mais velho tem 23 anos - pretendia cometer um atentado.
O ministro do Interior de França, Bernard Cazeneuve, avançou quarta-feira os primeiros pormenores do plano, depois de o presidente francês, François Hollande, ter indicado que as autoridades frustraram um atentado terrorista no país.
Cazeneuve revelou que um dos detidos tinha servido na Marinha. A France Info avança que este foi declarado como não apto para continuar nas Forças Armadas em Dezembro e agora as autoridades investigam se tinha alguma relação com o quartel de Port-Vendres.
A secção antiterrorista da Procuradoria de Paris abriu uma investigação preliminar sobre o grupo a 23 de Julho. Os três terroristas que continuam presos podem ser interrogados durante 96 horas antes de serem formalmente acusados e apresentados à Justiça.

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